Alexanda Kotey, militante do Estado Islâmico, foi condenado à prisão perpétua por um tribunal nos Estados Unidos. O terrorista recebeu oito acusações relacionadas a sequestro, tortura e decapitação de reféns na Síria. Ele se declarou culpado de todos os crimes.
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Orginalmente do Reino Unido, Kotey participava de uma célula formada por outros dois compatriotas. Por causa do sotaque, eles eram chamados de “Beatles”, uma referência à famosa banda pop inglesa.
As vítimas do terrorista do Estado Islâmico
De acordo com a BBC News, ao menos quatro cidadãos norte-americanos morreram nas mãos deles: dois jornalistas, James Foley e Steven Sotloff, e dois membros de grupos humanitários, Kayla Mueller e Peter Kassig.
Além disso, também foram mortos pelo bando dois jornalistas japoneses, Haruna Yukawa e Kenji Goto, e dois agentes humanitários britânicos, David Haines e Alan Henning.
Os familiares das vítimas do terrorista do Estado Islâmico prestaram depoimento durante julgamento. Thomas Selby Ellis, juiz do caso, classificou as ações dos extremistas como “notórias, violentas e desumanas”.
Dor das famílias
“Eu não tive uma boa noite de sono desde antes de meu pai ser levado”, declarou Bethany, filha de Haines. “Eu acordo durante a noite ouvindo os gritos do meu pai enquanto ele está sendo torturado por esses homens.” Ela disse que a dor a transformou de “uma pessoa popular e animada com muitos amigos” para alguém que se isola do mundo.
A mulher de Haines também desabafou. “Não importa o que você diga, isso não foi sobre religião”, afirmou a viúva. “A única coisa que você pode fazer para ajudar as vítimas seria dar a localização dos restos mortais de nossos entes queridos.”
Michael, irmão da vítima, afirmou que os assassinos causaram um sofrimento que jamais poderia ser expressado com palavras. Porém, ele falou em perdão. “Pela primeira vez, você não tem poder sobre mim e sobre os meus”, disse. “Eu perdoo você.”
Terrorista envia uma carta
Kotey recusou um convite para falar no tribunal, afirmando que não tinha mais nada a acrescentar. No lugar, enviou uma carta ao tribunal antes da sentença.
No manuscrito com 25 páginas, ele escreveu que assume “total a responsabilidade” por suas ações e continua comprometido em se encontrar com as famílias de suas vítimas, acrescentando que está “otimista” sobre qualquer diálogo que possa ter com elas. O juiz Ellis disse que o terrorista do Estado Islâmico “parece ter algum remorso”.
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Detalhe. Não é Prisão Domiciliar.
Deus me perdoe, mas nessa hora que usaria a lei Talião.
Sempre tem um idiota inútil disposto a perdoar que executou seus parentes. Faça-me o favor…. um assassino destes tem que ir pra vala….sem dó nem perdão.