A Comissão Europeia vai propor um projeto de lei para regulamentar o uso e a distribuição dos microchips na União Europeia (UE). A informação foi divulgada por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão, durante videoconferência do Fórum Econômico Mundial nesta quinta-feira, 20.
A proposta, intitulada de European Chips Act Ato Europeu de Chips, na tradução livre), visa a aumentar as regras para auxiliar as empresas estatais e os produtores de microchips da UE, e assim evitar uma nova onda de escassez dos produtos. Em 2020, faltaram microprocessadores para produzir notebooks, smartphones, automóveis e tablets no mundo.
“A maior parte da oferta de microchips vem de um punhado de produtores fora da Europa. Esta é uma dependência e incerteza que simplesmente não podemos arcar”, disse a presidente da Comissão Europeia durante o Fórum Econômico Mundial.
Von der Leyen prevê que essa lei ajude a Europa a liderar 20% da produção mundial de microchips até 2030. O Brasil, que também não produz muitos semicondutores, precisa importar 90% deles para uso na indústria nacional. Atualmente, a Ásia é líder no setor.
A tendência é que a procura por microchips só aumente na União Europeia. Segundo a presidente da Comissão Europeia, os pedidos pelos semicondutores devem dobrar nos próximos dez anos.