A última ofensiva da CPI do MST

Prevista para terminar na quinta-feira 14, a CPI do MST pode surpreender o governo Lula e ser prorrogada. Conforme apurou a coluna, o presidente da comissão, deputado Zucco (Republicanos-RS), está em contato com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), desde a terça-feira 12 para costurar a continuação das investigações.

“Estou em contato com o presidente Lira para [fazer] ajustes”, disse Zucco a Oeste.

Até o momento, Lira não decidiu os rumos da CPI do MST — nem o das outras três CPIs que acontecem na Casa, como a da Americanas, das Apostas e das Pirâmides Financeiras.

O deputado alagoano aguarda o posicionamento dos líderes da Câmara para deliberar sobre o assunto. Ontem, Lira recebeu os líderes na Residência Oficial da Câmara, mas o encontro não foi suficiente para chegar a um consenso.

A ala governista já enxerga a CPI do MST como algo vencido. Depois da “dança das cadeiras” — promovida pelo centrão — que ajudou o governo, a oposição perdeu a maioria no colegiado, portanto, não conseguia mais aprovar os requerimentos considerados importantes.

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Caso Lira aprove a prorrogação, ele próprio deverá definir o prazo final das investigações. À coluna, o relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP), disse que o critério de a oposição voltar a ter maioria não é necessariamente algo a ser pedido ao presidente da Câmara.

Desse modo, a prorrogação serviria para concluir algumas diligências e realizar as oitivas que já foram aprovadas.

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