A Câmara dos Deputados disponibilizou R$ 11,5 milhões para contratar uma agência de viagens. O serviço terá duração de dois anos.
De acordo com a encomenda, a empresa será responsável pela cotação de preços, por reservas, marcação e remarcação, emissão e cancelamento, reembolso e fornecimento de bilhetes de passagens aéreas nacionais e internacionais, e emissão de seguro para destinos fora do país.
O gasto se soma às demais despesas do Congresso Nacional. Segundo mais caro do mundo, o Parlamento brasileiro custa R$ 14 bilhões por ano, ou cerca de R$ 40 milhões por dia.
Escândalo de passagens aéreas na Câmara dos Deputados e Senado
Em 2017, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça 28 denúncias de peculato contra 72 ex-deputados por envolvimento na chamada “farra das passagens aéreas”, como ficou conhecido o escândalo de viagens irregulares compradas com verba parlamentar em 2009.
Naquele ano, políticos foram pegos usando a cota parlamentar de viagens para emitir bilhetes para amigos e parentes, em alguns casos até com destinos internacionais.
Depois que o caso se tornou público, o então presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), anunciou mudanças no uso das passagens, restringindo viagens internacionais e limitando o benefício a parlamentares e assessores.
Leia também: “Máquina parada”, reportagem publicada na Edição 175 da Revista Oeste
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O brasileiro paga pros políticos as viagens que ele gostaria de fazer com a sua família, porém, não pode.