Em apenas uma semana, a CPMI do 8 de Janeiro já acumulou mais de 600 requerimentos. A maioria dos documentos, contudo, se refere a convocações para depoimentos.
Só o general Dias, ex-GSI do presidente Lula, é alvo de 15 pedidos. Dias deve ser um dos nomes mais afetados do governo petista. Na quarta-feira 31, o jornal O Globo revelou que o ex-ministro falsificou um relatório de inteligência fornecido à Câmara dos Deputados.
O documento se refere aos atos de vandalismo que aconteceram na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro. O ministro da Justiça, Flávio Dino — alvo da oposição desde o início do ano legislativo —, recebeu 13 solicitações.
Já o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu quatro requerimentos. Os documentos se referem a: convite para prestar esclarecimentos sobre o 8 de janeiro; dados do celular do ex-presidente que foram obtidos pela Polícia Federal; transferência de sigilo bancário por 12 dias; e transferência do sigilo telefônico por 12 dias. Os dois últimos pedidos se referem ao período entre 30 de dezembro de 2022 e 10 de janeiro de 2023.
A transferência de sigilo pode acontecer sem a permissão judicial. Caso os requerimentos sejam aprovados pelos parlamentares, apenas eles teriam acesso aos documentos — sendo ilegal divulgar qualquer informação com o inteiro teor do material.
Conforme noticiou Oeste, a segunda sessão da CPMI do 8 de Janeiro, que deveria ter acontecido na manhã desta quinta-feira, 1°, foi adiada devido à votação da medida provisória dos ministérios. Desse modo, o colegiado vai se reunir na terça-feira 6.
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