O deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma visita ao ex-ministro Anderson Torres, que está preso em uma Sala de Estado Maior no 4º Batalhão da Polícia Militar, em Brasília.
Detido há mais de três meses pela suposta conivência com os atos do 8 de janeiro, Torres perdeu 12 quilos, “entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente e mal se alimenta”, segundo sua defesa. A Oeste, Augusto explicou que a motivação da sua visita é apenas “humanitária”.
“Fiquei preocupado com o fato de ele ter perdido 12 quilos, de a mãe dele estar com câncer e de ele estar distante das filhas”, explicou o parlamentar nesta segunda-feira, 24. “Fui presidente da bancada da Segurança Pública durante cinco anos, então, tivemos várias pautas em conjunto na época em que ele era ministro.”
Segundo o deputado, o pedido de visita diz respeito a uma iniciativa individual. “Não conversei com a família ou com os advogados dele”, continuou. A defesa do ex-ministro informou que as visitas a Torres estão restritas apenas à família e aos advogados.
No entanto, a decisão final cabe ao ministro Moraes. Torres escolheu não receber as duas filhas menores, de 9 e 11 anos, na prisão. Ambas deixaram de frequentar a escola após a prisão do pai. As crianças ainda passaram a receber acompanhamento psicológico. A única filha que viu o pai foi a de 13 anos.
Conforme os advogados, a informação de que o ex-ministro teria tentado suicídio na prisão é falsa. No entanto, a defesa ressaltou que Torres não está bem de saúde.
A prisão de Anderson Torres
O local onde Torres está preso, que foi improvisado como cela, tem um beliche, uma pequena mesa, uma televisão, um banheiro e um frigobar.
A prisão do ex-ministro aconteceu depois dos atos de vandalismo do 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes. Torres é investigado por “conveniência” com a invasão. Além disso, durante uma operação da Polícia Federal em sua casa, foi encontrado um documento sobre as eleições.
Trata-se de uma proposta de decreto para instaurar um “Estado de Defesa” na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento, que deveria ser entregue ao ex-presidente Jair Bolsonaro, tinha o intuito de convocar o Congresso para discutir a implantação do Estado de Defesa, após sucessivas medidas que foram encaradas como abuso de autoridade.
O decreto, que pode ter sido feito depois do fim das eleições, deveria apurar o abuso de poder, a suspeição e as medidas ilegais adotadas pela presidência do TSE antes, durante e depois do pleito. O documento cita o restabelecimento imediato da lisura e da correção das eleições de 2022.
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Como pode haver uma pessoa com dois pesos e duas medidas como este Xandão. Quem foi preso do lado do Governo até depois das imagens?? Com isso estão se organizando para combinar argumentos, esconder e apagar provas e etc. Confio na justiça Divina. Força, Anderson! Estamos orando por você, não desanime.