O presidente da Comissão de Segurança Pública, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), disse que vai convocar, nesta quarta-feira, 12, uma reunião para conversar com os integrantes do colegiado. O motivo do encontro será a atuação dos parlamentares na sessão da terça-feira 11, em que o ministro da Justiça, Flávio Dino, prestou alguns esclarecimentos.
Na ocasião, a sessão foi marcada por bate-boca e quase duas agressões físicas. Dino praticamente não respondeu nenhuma pergunta, pois era interrompido a todo o momento. A sessão foi encerrada por Sanderson, devido aos acontecimentos. Em maio, o ministro deve retornar à comissão.
“Sem civilização não há como fazer uma convocação”, explicou Sanderson. “Direita e esquerda não contribuíram para que a comissão tivesse um resultado positivo. Fiz de tudo para tentar manter a ordem, mas não tenho como tirar ninguém à força do plenário. Metade das perguntas não foi feita devido à balbúrdia em que se transformou a comissão.”
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Sanderson deseja deixar claro aos membros do colegiado que eles não estão lá para “brincadeiras”. Além disso, vai cobrar a entrega de resultados à sociedade. “Foram deputados antigos no Congresso que promoveram essa discussão”, continuou o presidente da comissão. “Não cabe à presidência da comissão tomar providências. Os ofendidos que devem representar no Conselho de Ética.”
Conforme o deputado da oposição, houve uma estratégia do governo Lula para tumultuar a comissão. “Desde o início, o deputado Duarte Júnior (PSB-MA) estava com o propósito de interromper, atropelar e embaraçar o bom andamento do colegiado”, explicou Sanderson. “Os deputados da oposição não compreenderam que era uma estratégia e morderam a isca.”
Ao lado da deputada Carla Zambelli (PL-SP), Duarte protagonizou o primeiro desentendimento na sessão, antes mesmo de a presidência liberar o início das perguntas ao ministro.
Tudo começou quando alguns parlamentares da oposição destacaram que Ricardo Cappelli, secretário-executivo da Justiça, não deveria ficar “debochando” durante a sessão, como ele havia feito na Comissão de Constituição e Justiça. Então, os deputados governistas não gostaram do que a oposição argumentou e o tumulto foi instaurado.
Nesse momento, Carla ligou seu microfone e perguntou: “Quer dizer que o seu liderado [se referindo a Cappelli]…”, mas não conseguiu continuar o raciocínio, pois foi interrompida por Duarte, que disse que a deputada falou sem citar algum artigo que a permitisse tomar tempo de fala. “Tem que ter ordem”, continuou o parlamentar do PSB. Carla então respondeu: “Vai tomar no c*”. A parlamentar nega o ocorrido.
Comissão ouve o ministro dos Direitos Humanos
Hoje, o colegiado deve ouvir os esclarecimentos do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Trata-se de dois requerimentos que foram aprovados na comissão. Um pedido se refere à legalização de drogas no governo petista. Já o outro requer explicações de Almeida acerca do resguardo dos direitos humanos dos presos do 8 de janeiro.
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Já estou imaginando como será essa CPMI do dia 08/01. Se seguirem a estratégia desse rotundo dinossauro, a esquerda conseguirá tumultuar todas as sessões e nada será investigado. Esses deputados do centrão, digo da direita talvez, não tem preparo nenhum para um embate com esses esquerdistas que ganham deles de lavada, só na base da malandragem. Alguém tem que tirar essa deputada polémica, essa tal de Carla Zambelli que, para mim, não passa de uma agente da esquerda plantada no meio bolsonarista só com o intuito de causar confusão. Essa mulher não tem um pingo de classe, uma escrota total. Essa sessão foi um fracasso total, graças a esses incompetentes.