A CPI do MST ouve, nesta terça-feira, 13, o engenheiro-agrônomo Francisco Graziano, ex-presidente do Incra. Mais conhecido como Xico Graziano, o mestre em economia agrária já foi secretário de Agricultura do Estado de São Paulo.
“O Brasil fez a maior reforma agrária do mundo democrático”, disse Graziano. “Fez uma grande distribuição de terras. A maioria da reforma agrária foi feita no Amazonas, em terras muito baratas. A média de gasto no Brasil é R$ 217 mil por reforma agrária.”
Segundo Graziano, a renda da reforma agrária é pouca. O engenheiro ainda recomendou que a regularização fundiária nas invasões do MST fosse feita com urgência.
“Devemos colocar na terra quem tem capacidade de administrar uma terra. A reforma agrária está parada no Brasil”, declarou Graziano. “No governo Bolsonaro, foram entregues os títulos provisórios das terras, pois nem isso estava acontecendo neste país. Minha recomendação é que parem de fazer a reforma agrária, para começarem a arrumar o que já foi feito.”
Graziano destacou que, segundo o senso do IBGE de 2017, 25% da produção de feijão do Brasil vem de agricultores familiares — os demais são obras do agronegócio. Além disso, afirmou que o desmatamento na Amazônia feito pela reforma agrária corresponde a 30%, segundo a ONG Imazon.
O petista Paulão (AL) acusou o ex-presidente do Incra de trazer informações falsas ao colegiado. Graziano, no entanto, explicou que não existe uma informação “agregada” sobre a reforma agrária e que, na verdade, são muitos dados. Ele aproveitou a ocasião para pedir ao IBGE que produza um senso agrário para o Brasil.
Apesar de discordar dos argumentos de Graziano, o petista Dionilso Marcon (RS) parabenizou o ex-presidente do Incra pelo “alto nível” do debate.
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Esse ia para o Twitter falar mal do governo Bolsonaro. Agora fala bem… Inacreditável!!! Censo…
Se tiver bom senso, o IBGE fará um bom censo.
Aliás, conhecer a língua portuguesa não é mais necessário para a profissão de repórter?
Se for o caso, melhor é que o IBGE faça um censo, não?