Comemorar a independência em um país dependente de uma ditadura é prestar homenagem ao carrasco que nos tortura. Foi o que o brasileiro não fez neste 7 de Setembro. Em silêncio todos ficaram em casa. À falta de uma liderança política que orientasse o povo a um esboço de reação, o povo em massa fez o que podia: nada. Ficou em silêncio, sem ter o que comemorar. Prestou homenagem ao nada que pode ser dito sobre a tirania que lhe impuseram os tiranos togados que lhe cortam a língua. Comemorar o que, sair de que casa para que, quando se veem jornalistas, influenciadores, caciques indígenas, lideres evangélicos e até comediantes sendo presos, calados, perseguidos, tendo suas contas bancárias bloqueadas? Quase ninguém saiu às ruas para celebrar o que não existe. Sem liberdade, por óbvio, não há independência. Sem a mais simples liberdade de expressão de um indivíduo, não há liberdade de um povo que depende da opinião de um juiz para referendar sua expressão.
Lula não é o ditador desta democracia sem povo comparecido. Lula é candidato a ditador, haja vista sua boa vontade em receber e financiar ditadores no Brasil. Lula é produto de uma ditadura instalada pelo Supremo, que o retirou da cadeia para se contrapor a alguém que era tido como potencial ditador por este mesmo tribunal. Um discurso vazio de conteúdo que refletiu o vazio do povo para quem lula acenou. Para o nada.
7 de Setembro | “A estridência do silêncio“, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 181 da Revista Oeste
Nada também foi a homenagem que prestou o povo ao Exército. Se a função do Exército é defender a soberania nacional e a integridade de seu povo, não há celebração deste Exército que finge que nada acontece quando este mesmo povo é oprimido pela ditadura que lhe corta a língua. O Exército Brasileiro hoje é conivente com um Estado de perseguição, censura, silenciamento e prisão política. É omisso. Nada faz contra quem oprime o povo. Os valores de pátria foram resgatados nos últimos anos por um governo conservador, que dialogava com estes valores adormecidos na população. Catorze anos de governos lulopetista emparedaram estes valores; 14 anos de corrupção de um governo lulopetista sufocaram qualquer valor que não fosse o dinheiro roubado de uma população patriota. Roubaram o valor da pátria. E agora Lula e Exército querem retomar o valor do patriotismo? Que nada.
Ainda que expressiva, há pouco a comemorar por esta homenagem torta ao nada que prestou à Lula e ao Exército o povo Brasileiro. Nada fazendo, tudo silenciando, deixa o povo a narrativa para a grande mídia, que tudo fez para a consolidação da ditadura brasileira. Foi ela, grande mídia, que criou um golpe antecipado que nunca havia chegado do presidente Bolsonaro, chamando-o de autoritário. Foi ela, grande mídia, que se silenciou sobre os avisos aos berros do próprio Lula de que iria perseguir os procuradores e juízes da Lava Jato, responsáveis pelo combate à corrupção de colarinho branco que colocariam o próprio Lula na cadeia. Foi ela, grande mídia, que não só silenciou, mas justificou todos os abusos do Judiciário quando censurou, prendeu pessoas sem o devido processo legal, simplesmente por crime de opinião. A grande mídia justificou censura prévia, prisão arbitraria, política, inquérito ilegal, baseado em tipificações criminais que não existem no Código Penal, como “discurso de ódio”, “fake news” e “atos antidemocráticos”. Tudo em nome de uma falsa defesa de uma falsa democracia que agora se traduz em ditadura real.
7 de Setembro | “Uma carta de amor ao Brasil”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 181 da Revista Oeste
O monumento ao nada, orquestrado por uma democracia que se traveste de ditadura, foi recebido pelo nada silencioso da população. O povo silenciou diante da grande hipocrisia do discurso da falsa democracia, que é usado para justificar a perseguição antidemocrática. Mas de nada serve fazer alguma coisa a médio ou longo prazo. Ditadores não ligam para o povo. Constroem um aparato repressivo que junta cooptação de parlamentares, cooptação de Exército, cooptação de juízes. No Brasil, ainda há a cooperação da grande mídia. Ela se deixa cooptar sozinha, por razões ideológicas, de afinidade, com o governo.
Então, um povo que não grita enquanto pode gritar vai sendo pouco a pouco dominado pelo medo da repressão, por um aparato repressivo, que vai tomando o poder completamente. Agora mesmo, a Lava Jato está sendo destruída. Lula cumprindo seu desejo de vingança, com a anuência dos juízes que colocou no Supremo. Dias Toffoli, advogado do PT colocado na Suprema Corte, anulou todas as condenações feitas à Odebrecht, empreiteira mãe das propinas do primeiro governo Lula, e anunciou perseguição aos procuradores da Lava Jato. Narrativa do Judiciário. Agora mesmo, fazer piada virou crime. Sob a jurisprudência do medo e da censura imposta pelo Supremo, o humorista Léo Lins teve contas bancárias e redes sociais bloqueadas, tornando-se réu. Nem mesmo o humor escapa.
Agora mesmo a Rede Globo diz que estamos no império da democracia e que a ausência do povo no 7 de Setembro indica uma volta à normalidade. Democracia sem povo é uma normalidade para o Judiciário e para a mídia brasileiros, que proclamam que eles mesmos são a democracia. Povo na rua, clamando por mais democracia e liberdade, seriam golpistas contra o ego de juízes e jornalistas. Narrativas da inversão da realidade. O nada e o silêncio do povo são sufocados pelas narrativas de quem suprime o povo da história e quer reescrever a história. Lula teria sido injustiçado por procuradores da lava jato, Bolsonaro teria sido um ditador, e a democracia seria sido restabelecida pelo Judiciário, que prendeu pessoas sem processo e sem crime previsto em lei. A longo prazo, a história vai sendo reescrita com ajuda do silêncio da população, apavorada pela ditadura que a silenciosa. Resta o que, dirá o leitor. Gritar. Reagir. Enquanto há tempo. Não se morre em silêncio quando o assassino está em seu encalço. Oxalá o silêncio em protesto se converta em voz o mais breve possível. Antes que seja tarde.
como se pode ver no comentário dessa matéria o Povo fez o que tinha que fazer “não fez nada” no 7 de setembro. sem apoio das poderes constituídos e das forças armadas, talvez a Saida fosse uma convocação de uma greve geral no país.
Um dos melhores e mais contundentes artigo contra essa ditadura falsamente legalista imposta ao Brasil
Adrilles irretocável !!! Não temos o que comemorar. Vivemos a ditadura do Consórcio Lula/STF. Tenho fé que o povo voltará as ruas.
Na veia Adrilles, parabéns !!
Somos um povo manco…o que faz a falta de brio na vida ?? Será apenas o esforço do dia a dia ??
Não à toa estamos vendo o que acontece…isso faz com que não tenhamos líderes tb…
E me desculpem, mas Bolsonaro foi um fiasco no papel que lhe cabia…seu papel não era o resgate….seu papel era o confronto..era nosso anteparo, e foi “desarmado” por palavras…de jornais….
Inconcebível se justificar através de ” traições” das FFAA..foram décadas de relacionamento…ou…temos gentinha muito ruuim mesmo…
ninguem que se da o respeito iria ver Lula no 7 de setembro. não temos nada a comemorar com a esquerda no poder. só vamos comemorar quando a Direita voltar. melhor ainda se fosse com bolsonaro.
E o que penso
7 de setembro era nos tempos do Bolsonaro. Atualmente, com boa vontade, dá para chamar de 0,07 de setembro. Teve gente com mais de 900.000 votos no DF, né mesmo? O silêncio é pior do que vaia. Não há a quem acusar de fascista, antidemocrático e o que mais se queira. Como já disseram, foi um silêncio ensurdecedor.
A chave misteriosa das desgraças que nos afligem é esta; e somente esta: A Ignorância! Ela é a mãe da servilidade e da miséria. Se o Brasil tivesse um povo mais educado, o molusco de 9 dedos já teria levado um pontapé no traseiro e em vez de estar residindo em um palácio com todas as mordomias de um Rei, as nossas custas, ele estaria nas ruas mendigando e roubando, pois não tem a capacidade de exercer qualquer profissão honesta e produtiva.
Excelente o texto! No que se refere ao seu conteúdo, irreparável. No entanto, apresenta graves erros de pontuação e de digitação (dá a impressão que foi escrito às pressas).
A questão do silêncio tornar-se protesto é difícil, porque a parcela da sociedade que é honesta e trabalhadora, que acredita ser a democracia o melhor caminho, é, justamente, a parcela que ainda tem muito a perder. Que lutou muito para ter o que tem. Sua casa, seu carro, seu padrão de vida. Não cursou uma universidade entrando pela janela das cotas, mas sim estudando muito. Então, para essa classe ir para as ruas, arriscar-se a enfrentar essa turba de bandidos profissionais, seja os que ora tomaram o poder, seja os que estão a soldo por mortadela ou por cargos, é muito difícil. A situação terá que deteriorar-se muito. Infelizmente. Além do mais, essa corja foi esperta. Eles se utilizaram da máquina, deturpando a lei, usando-a a seu favor, para irem nos triando a liberdade. Agora, como disse o filósofo Olavo de Carvalho, a democracia somente pode ser restaurada por meio de atos anti-democráticos, pois os assassinos da democracia já suprimiram os meios de ação de democráticos, com seus inquéritos dos atos anti-democráticos, inquérito das fake-news e outras baboseiras que os permitiram prender quem quisessem, na hora que quisessem. Qualquer coisa que se tentar fazer agora, será acusado de ser anti-democrático. A meu ver, a única coisa que pode ser feita agora é tirar essa corja toda de onde estão e enfiá-los em uma jaula, pois usurparam a constituição e nossa liberdade. Mas isto é anti-democrático.
E o que querem esses ditadores que se apoderaram do poder…
Eles querem obter o poder absoluto, aquele que corrompe absolutamente.
Eles não estão se dando conta que colocaram 50 milhões de brasileiros de bem na panela de pressão.
Quando ela estourar, vai ser caos.
Não se brinca com fogo.
Meus pais que me falavam. “Meu filho, nunca vivemos uma ditadura.” Eu não entendia, pois achava que vivíamos. Hoje eu posso falar. OS PAIS (DE ANTIGAMENTE) sempre tem razão!
A unica coisa que o Brasileiro que presta tem para comemorar, sera o dia que vier a noticia de que o lula partiu para os quintos dos infernos!
Tomara Deus que seja logo , para o bem da nação . senão o estrago será irreversível