Afeganistão: famílias vendem filhos para sobreviver

País vive crise acentuada com a chegada do Talibã ao poder

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Milhões de crianças seguem precisando de serviços essenciais, informa Unicef
Milhões de crianças seguem precisando de serviços essenciais, informa Unicef | Foto: Reprodução/Redes sociais

A população do Afeganistão está em sérias dificuldades. Com uma crise econômica que já dura décadas, atingido pela estiagem e com o Talibã de volta ao poder em meados de agosto, o país parece estar longe do fim do túnel.

As dificuldades financeiras têm forçado famílias a venderem seus filhos, com a finalidade de adquirir alimentos e pagar dívidas. À agência de notícias Deutsche Welle, um homem chamado Mohammad Ibrahim narrou seu drama.

Morador da capital afegã, Cabul, ele disse que precisou “se desfazer” da filha de 7 anos para quitar pendências com um milionário. O ricaço vinha ameaçando queimar a casa de Mohammad com a família dentro.

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Aceitei oferecer a minha filha em troca de 65 mil afeganes — cerca de € 620, ou aproximadamente R$ 4 mil”, disse Mohammad à agência. “É difícil oferecer sua filha por dívidas. Não tínhamos mais nada a oferecer.”

Gul Ahmad, pai de uma jovem chamada Najeeba, também afirmou à Deutsche Welle que não vê outra alternativa a não ser vender suas outras filhas para conseguir pagar as contas.

“Não tenho outra opção e, se formos abandonados, serei forçado a vender minhas outras filhas por 50, 30 ou até mesmo 20.000 afeganes”, desabafou, na entrevista.

Relatório da Unicef sobre o Afeganistão

Conforme um relatório publicado pela Unicef, “a pandemia de covid-19, a crise alimentar em curso e o início do inverno agravaram ainda mais a situação das famílias. Em 2020, quase metade da população do Afeganistão era tão pobre que lhes faltavam necessidades como nutrição básica e água limpa”.

A agência internacional vinculada à Organização das Nações Unidas informou ainda que milhões de crianças seguem precisando de serviços essenciais, como cuidados de saúde primários, vacinas contra a poliomielite e o sarampo, nutrição, educação, proteção, abrigo, água e saneamento.

Leia também: “O fiasco de Joe Biden”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 74 da Revista Oeste

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