Vice-presidente brasileiro afirmou que pandemia trouxe de volta o protecionismo nos países com “todas as suas nuances”
Uma “desculpa pobre”. Foi assim que o vice-presidente Hamilton Mourão definiu a possível retirada de apoio da Alemanha ao acordo comercial entre União Europeia e Mercosul por causa do desmatamento na Amazônia.
De acordo com o porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, ela pôs em dúvida, na última sexta-feira, 21, a implementação do acordo de livre-comércio, informa a agência estatal de notícias do país, a Deutsche Welle.
“O que tem o desmatamento a ver com o acordo do Mercosul com a União Europeia? Nada a ver […], usam a desculpa naquela situação de que ‘o Brasil tá desmatando e com isso aumentou sua produção agropecuária'”, lamentou Mourão.
O vice-presidente também disse que é preciso esperar o fim das discussões e que elas acontecem durante a pandemia, quando o protecionismo voltou com “todas as suas nuances” em todos os países.
Um possível acordo entre os dois blocos econômicos foi anunciado em julho de 2019 e precisa ser ratificado por todos os países dos grupos para entrar em vigor. Questões ambientais, porém, vêm sendo colocadas como trava para que seja posto em prática. Holanda e Áustria, por exemplo, já se posicionaram contra.
Aparentemente, o mito da Amazônia em chamas tem de ser desfeito em muitos países. E o cuidado ambiental precisa ser melhorado na Europa.
Acho o seguinte: não querem comprar nossos produtos e serviços? Muito bem, que não comprem. Mas quando estiverem passando fome, vai ser um pouquinho mais caro. Se sobrar.