O ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou, em seu perfil no Twitter/X, um vídeo em defesa do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF).
A investigação acusou o deputado de um suposto monitoramento de autoridades pela Abin, ilegalmente. A publicação foi feita na manhã desta quinta-feira, 25.
Em sua lista de transmissão no WhatsApp, Bolsonaro chamou a operação de “perseguição implacável” contra Ramagem, pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2024.
O vídeo que Bolsonaro compartilhou mostra Ramagem se defendendo das suspeitas que motivaram a busca e a apreensão em seu gabinete na Câmara.
– Deputado Ramagem/RJ. ( @delegadoramagem )
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 25, 2024
– Globo sobre ferramentas da ABIN.
-15/março/2023. pic.twitter.com/wq91bhjwIl
A investigação mostra que Ramagem seria um integrante de uma organização criminosa dentro da agência, na gestão de Jair Bolsonaro. Mas o ex-diretor da Abin argumenta que o sistema de monitoramento existe desde 2018, ou seja, durante o governo Michel Temer. O deputado afirma também que esse dispositivo recebeu o aval da Advocacia-Geral da União (AGU), um “órgão independente”.
Ramagem também explicou que o órgão realizou uma “auditoria em todos os contratos”, além de correições. Trata-se de formas de regularizar as atividades.
Ainda, o deputado federal ressaltou que o “ataque” aos representantes do então governo Bolsonaro se deu em virtude de sua posição na Câmara dos Deputados. Segundo Ramagem, ele faz parte de “comissões que fiscalizarão” o governo petista.
Quem é Alexandre Ramagem, alvo da PF na operação da Abin
Além de correligionários, os deputados federais Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ) têm pelo menos outros dois fatores em comum. Ambos são pré-candidatos a prefeito e foram alvo, no intervalo de uma semana, de operações de busca e apreensão conduzidas pela PF.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
As ações ocorreram em diferentes operações. Enquanto Jordy sofreu, na semana passada, busca e apreensão na esteira da Lesa Pátria, Ramagem foi alvo da Vigilância Aproximada, um desdobramento da Operação Última Milha, de outubro.
Jordy deve pleitear a Prefeitura de Niterói. Por sua vez, Ramagem visa à disputa na capital fluminense. Ou seja, até o momento, ele é o pré-candidato do PL a prefeito do Rio de Janeiro.
Na quinta-feira 18, a PF mirou o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy, em virtude do que seria uma ligação com os protestos do 8 de janeiro de 2023.
Não tenho medo da justiça, mas temo pelo justiçamento. O Brasil não aguenta mais tanto tensionamento de um poder sobre aqueles que pensam diferente. Perseguir a oposição é atacar a democracia. pic.twitter.com/ipIlfDvPab
— Carlos Jordy (@carlosjordy) January 24, 2024
Já nesta quinta-feira, 25, o alvo foi Alexandre Ramagem, em investigação de suposto monitoramento ilegal feito pela Abin, durante o então governo Bolsonaro. Ramagem foi o diretor-geral do órgão de julho de 2019 a abril de 2022.
Nos dois casos, as operações contra Jordy e Ramagem ocorreram com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na quarta-feira 24, os senadores da oposição ao governo Lula se reuniram com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. De acordo com apuração de Oeste, os parlamentares solicitaram o fim dos inquéritos relatados por Moraes.
Anteriormente, o deputado Domingos Sávio (PL-MG) pediu ao partidos de centro a se unirem contra Moraes.
+ Acompanhe a cobertura completa sobre as ações da PF contra Carlos Jordy e Alexandre Ramagem no site da Revista Oeste
“Perseguição implacável”, “absurdo” são expressões óbvias diante das pescas dessa reencarnação do Kojak atrapalhado, Enquanto não aparece um sujeito que o enfrente de igual para igual, estaremos no canto do ringue tomando porrada,