Em entrevista ao programa Opinião no Ar, exibido nesta terça-feira, 27, pela RedeTV!, o deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC-PR) defendeu que o presidente Jair Bolsonaro vete o aumento do fundo eleitoral destinado aos partidos políticos nas eleições de 2022. O valor aprovado pelo Congresso Nacional foi de R$ 5,7 bilhões (ante R$ 2 bilhões do último pleito).
“Essa situação do fundo eleitoral é horrível tanto para a sociedade quanto para o Parlamento”, afirmou Martins. “O presidente acabou ficando numa situação muito difícil. Se foi aprovado por maioria no Congresso, é claro que há um desgaste para ele também, caso ele vete. Mas ele tem de vetar. Defendo que ele vete completamente o fundo, para deixar claro esse recado político sobre a posição dele. E o Parlamento que arque com as consequências de retaliar o presidente”, completou o parlamentar.
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Segundo o deputado do PSC, “a população quer que vete”. “Acho que ele [Bolsonaro] tem de estar com a população neste caso”, disse Martins. “O fundo eleitoral é um erro conceitual. Não é questão de valor. Já está claro que a sociedade não suporta isso. Isso foi uma invenção do Supremo Tribunal Federal [STF]. Ele não existia, e o STF, em 2015, inventou que o financiamento de pessoa jurídica era inconstitucional. E o Parlamento foi buscar uma saída”, relembrou.
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Centrão no Planalto
Durante a entrevista, Paulo Eduardo Martins também falou sobre a entrada do senador Ciro Nogueira (PP-PI) no governo, assumindo a chefia da Casa Civil. O novo ministro é presidente nacional do PP e um dos principais líderes do Centrão no Congresso.
“Você tem uma interlocução muito mais próxima [entre Executivo e Legislativo]. Não necessariamente tem que agradar o Centrão por causa da ida do Ciro. Mas são pessoas que estão agora dentro do palácio, na antessala do presidente, e isso cria um clima e contamina o ambiente para a tomada de decisões”, analisou o deputado.
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Martins não escondeu a contrariedade com a indicação de Nogueira ao ministério. “Eu aceito um Ciro Nogueira, mas ele tem que apoiar privatização, voto impresso, o porte de arma pela população de bem… Se não for assim, se for simplesmente para dar ao Ciro Nogueira, aí não. Aí o governo perde sua razão de ser”, afirmou.
Voto verificável
Em relação às manifestações convocadas para o próximo domingo em defesa do voto verificável nas eleições do ano que vem, Martins classificou os atos como “muito importantes”. “Brasília é uma bolha e foi construída para isso, para ser inalcançável. E a percepção de quem vive na bolha de Brasília é distorcida. Só com manifestações muito grandes Brasília consegue enxergar o Brasil”, disse o deputado.
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“Quando o povo toma as ruas e essa tomada das ruas se torna manchete de todos os jornais, Brasília consegue enxergar. Essas manifestações são importantes para legitimar a verdadeira demanda da população. Que elas sejam pacíficas e ordeiras, como sempre foram. As manifestações violentas são vermelhas, elas têm a foice e o martelo”, finalizou.
Fundo Eleitoral. A Riqueza da Nação não pode ser repartida por 33 privilegiados – sejam quais forem os motivos. Esta verba, este dinheiro tem dono. Pertence ao povo brasileiro. Não pode ser desviado para outras finalidades, que não seja o atendimento a este povo, para beneficiá-lo com obras de infra-estrutura, alimentação, saúde e educação.
Tenho dúvidas!
Acredito que tudo estava orquestrado. Sou eleitor do Bolsonaro ( ou fui ) mas não sou idiota! Colocaram “um bode na sala” e vamos todos engoli-lo. Como? Pediram 6 bilhões, Bolsonaro deixa nos 4 bilhões – afinal 4 bilhões- agrada o congresso, pois é o dobro, e o povo fica feliz porque o mito fez o que pode em prol da governabilidade. Pronto! Vamos trabalhar para pagarmos mais impostos? Ah! Alguém viu a entrevista do Flavio Bolsonaro dizendo que votou no fundão mas não sabia do que se tratava? Que a responsabilidade era dele? Ter o Presidente ao lado do Ciro Nogueira é bom para o Brasil? De qual maneira? Quais as vantagens tiraremos dessa promiscuidade????
O melhor entendimento p a nossa emenda do voto impresso é , o voto nominal contável e com à contagem dos votos válidos revista Oeste simples assim , deputado Felipe Barros escudeiro do PSDB .