A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) cancelou a sessão marcada para esta terça-feira, 26, destinada a discutir e votar o parecer do relator, Ricardo Salles (PL-SP).
Parlamentares encaminharam ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um pedido de prorrogação da comissão até a próxima quinta-feira, 28. O adiamento de dois dias se fez necessário para que se cumpra o prazo regulamentar de duas sessões, em virtude do pedido de vista solicitado na última sessão, em 21 de setembro.
+ 8 de janeiro: Força de Segurança Nacional alertou para possibilidade de violência
Os trabalhos da comissão se encerram nesta terça-feira. Caso Lira não conceda a extensão, o colegiado encerrará os trabalhos sem nenhum desfecho. Na semana passada, Salles apresentou o relatório e fez a leitura do documento.
O que apresentou o relator da CPI do MST
No texto, Salles apresenta o indiciameno de 11 pessoas. Entre elas, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias e do líder da Frente Nacional de Lutas (FNL), José Rainha. Além deles, o nome do diretor-superintendente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iterra-AL), Jaime Messias Silva, aparece como pedido de indiciamento.
+ O pacote ‘anti-invasão’ da CPI do MST a Lira
O relatório também aponta o Incra como “o maior latifundiário improdutivo do país”. O material de Salles relaciona os acampamentos do instituto com trabalho análogo a escravidão. O deputado acusa, por fim, o MST de “intensa doutrinação ideológica marxista sobre adultos e crianças”.
O parecer é um compilado de informações de quatro meses de trabalho da comissão, instalada em maio para apurar as invasões do MST.
Leia também: “Deputado protocola notícia-crime contra assessora de Anielle Franco”