O segundo turno das eleições ocorre neste domingo, 30, e apenas Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganharam dos eleitores o direito de ter seus nomes colocados na urna neste dia tão importante para a democracia. Aos demais aspirantes à Presidência da República, restou o apoio declarado, em meio a polêmicas, ou o esconderijo do público.
Os que colocaram a cara na campanha precisaram enfrentar polêmicas para defender os novos aliados. Foi o caso de Sérgio Moro (União-PR), senador eleito, e de Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar na disputa pela Presidência no primeiro turno das eleições. Ambos protagonizaram divergências durante todos os dias que antecederam o pleito, mas foram expostos como troféus pelos seus apoiadores.
Sérgio Moro chegou ao lado de Bolsonaro tão logo começou o segundo turno. Sergio Moro foi ministro nos primeiros anos do governo Bolsonaro, mas deixou a administração em 2020, em meio à pandemia de covid-19, alegando suposta interferência do presidente no comando da Polícia Federal (PF). A denúncia do ex-juiz deflagrou investigação do Judiciário, mas, na última semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu arquivamento do processo.
“Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia”, escreveu o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no Twitter. “Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro.”
Desde então, Moro virou conselheiro de Bolsonaro e presença constante em atividades públicas. O ex-juiz ajudou a elaborar perguntas feitas por Bolsonaro nos debates, sobretudo quanto atacavam diretamente Lula, seu inimigo declarado, e esteve ao lado do candidato, em presença articulada pelo coordenador de comunicação da campanha de Bolsonaro, Fábio Wajngarten.
Simone não evitou polêmicas
Enquanto Bolsonaro desfilava ao lado de Moro, Lula investiu na presença de Simone Tebet. A candidata do MDB, que destilou críticas contra Lula no primeiro turno, tentou amenizar as diferenças pousando de puxadora de votos para o petista no segundo turno.
Simone foi a terceira colocada na corrida pela cadeira do chefe do Executivo, com 4% dos votos.
“Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos últimos dias de campanha, quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, depositarei nele o meu voto”, disse Simone. “Porque reconheço seu compromisso com a democracia e a Constituição, o que desconheço no atual presidente”, justificou.
Na última semana, Simone ainda acelerou as divergências. Em uma uma entrevista, ela reconheceu que “mergulhou em um abismo” ao apoiar Lula (PT) na disputa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). “Eu sabia que seria a decisão mais importante e mais arriscada da minha vida política”, disse, em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira, 28
Ciro Gomes (PDT), que ficou em quarto lugar na disputa, declarou voto no petista no segundo turno, mas ficou longe dos holofotes. Diferentemente de Simone, ele não participou da campanha e sua ausência foi motivo de desconfiança em relação a um apoio por completo do PDT. Na eleição de 2018, Ciro terminou em terceiro lugar e não declarou apoio nem a Bolsonaro, que venceu o pleito, nem a Fernando Haddad (PT), que ficou em segundo lugar.
Além de Ciro, João Amoêdo, que representou a terceira via fracassada na eleição de 2018, declarou apoio a Lula (PT), candidato à Presidência. O empresário, que foi um dos fundadores do Novo, foi suspenso da legenda pela Comissão de Ética do Partido Novo. Segundo a legenda, a filiação foi suspensa em virtude de um processo disciplinar contra Amoêdo por “possíveis violações estatutárias”
Moro e Deltan para ministros do STF. Os comunistas que estão lá vão tremer.
…tentou amenizar as diferenças POUSANDO de puxadora de votos…
– Cuidado com a revisão dos textos e me façam o favor de não confundir POUSAR COM POSAR, façam-me o favor! Quem pousa é avião e ou passarinho, pelo que eu saiba a Simone Stepe não é lá nenhum avião para ficar pousando por aí.