A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) solicitou ao seu gabinete um reforço de segurança nesta segunda-feira, 17. A ação ocorre depois que o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi surpreendido por um tiroteio enquanto visitava o Polo Universitário de Paraisópolis, na zona oeste de SP.
“A partir de agora, em cada compromisso de campanha, a deputada vai usar um veículo blindado para a sua locomoção”, informou a equipe da parlamentar. “Além disso, também vai contar com reforço da equipe de segurança que acompanha a deputada em seus compromissos.”
Sobre o ocorrido com a visita de Freitas, Zambelli comparou o ocorrido com a passeata do candidato à Presidência Lula (PT) Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. “O Lula consegue entrar sem problemas em lugares tomados pelo tráfico, enquanto a direita sofre dificuldade de entrar em algumas comunidades”, explicou.
Entenda o tiroteio
O ex-ministro visitou a favela nesta manhã, para cumprir compromissos de campanha, quando foi surpreendido com uma troca de tiros entre 50 e 100 metros de distância, conforme a polícia. Os responsáveis pela segurança de Tarcísio entraram no local e encontraram uma saída relativamente segura. Ele e sua equipe entraram em uma van e foram embora.
No momento em que o candidato estava visitando o projeto social, quatro homens em duas motos circularam pelo local. Eles fotografaram os responsáveis pela segurança de Tarcísio e perguntaram aos presentes se havia policiais na região. Depois disso, segundo o ex-ministro, essas pessoas saíram do local, buscaram armas e voltaram. Nesse momento, houve troca de tiros.
“Foi um ato de intimidação”, disse o candidato em coletiva de imprensa. “Foi um recado claro do crime organizado, dizendo o seguinte: ‘Vocês não são bem-vindos aqui. Não queremos vocês aqui dentro’. Para mim, é uma questão territorial, não política.”
Hoje, o governador de SP, Rodrigo Garcia (PSDB), determinou uma investigação imediata sobre o ocorrido. A Segurança Pública do Estado ainda realizou uma coletiva de imprensa nesta tarde com o secretário da Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos.
“Temos informações completamente preliminares”, esclareceu. “Buscamos imagens da imprensa ou das câmeras corporais. Temos imagens do tiroteio apenas. Nenhuma hipótese é afastada, mas, com base nos dados, houve um desconforto com a presença policial na área.”
Ninguém da equipe ou algum jornalista ficou ferido. No entanto, Felipe Silva de Lima, que andava de moto no local, foi baleado pela Polícia Militar e morreu. “O primeiro confronto ocorreu com os policiais da região e o primeiro óbito foi de Felipe Silva de Lima, uma pessoa fichada pela polícia por roubo”, explicou Campos. A polícia ainda investiga o tiroteio.