Pela primeira vez nas eleições, uma profissão se destaca entre as mais comuns pelos candidatos que estão na disputa por uma vaga. Os policiais aparecem entre as seis profissões mais registradas pelos candidatos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao todo, quase 1,7 mil profissionais da área pediram registro em 2022, um aumento de 27%, em comparação às eleições de 2018.
O ranking — elaborado conforme os dados disponibilizados pela Corte Eleitoral — é liderado pelos empresários. Essa categoria está entre as profissões mais frequentes desde o pleito realizado em 2010 e segue assim por quatro eleições consecutivas. Segundo os registros oficiais, país afora são 3,7 mil empresários (32%), dentre 28 mil candidatos.
A maior quantidade de empresários está disputando uma vaga nas Câmaras estaduais. São pouco mais de 2 mil. Já para deputado federal, o país possui 1,3 mil candidaturas.
Na sequência, aparecem os advogados, que já constaram como a principal ocupação nas eleições de 2006 e 2002. Ao todo, 2,1 mil candidatos informaram exercer a atividade.
Vereador e deputado estão entre as profissões mais frequentes dos candidatos, em terceiro e quarto, neste ano. Elas também aparecem como as mais declaradas ao longo dos pleitos desde 1998.
Agentes de segurança na política
Segundo o levantamento feito com base nos dados informados ao TSE, a maior parte dos agentes de segurança é policial militar: 835. Os policiais civis respondem por 186 registros. Entre os militares das Forças Armadas, os da ativa são 63 e os reformados 255. Há ainda 123 bombeiros concorrendo a uma vaga.
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, é o que tem o maior número de candidatos das forças de segurança: 208. O PTB (131) e o Republicanos (125) aparecem logo atrás, que estão na coligação de Bolsonaro. O PSTU tem apenas dois, o menor número.
No ranking dos Estados, o Rio de Janeiro tem o maior número de candidaturas de agentes de segurança, com 241 registros no TSE. São Paulo tem 224 concorrentes a um cargo, Minas Gerais possui 116. Tocantins é o que tem menos agentes, com quatro policiais.
Em 2018, 90% desses profissionais concorreram a cargos eletivos por partidos de centro-direita ou direita, segundo o Fórum de Segurança Pública. Neste ano, este número saltou para 95%.
Segundo a entidade, o crescimento das candidaturas de policiais vêm ocorrendo antes mesmo de 2018, porque há no meio policial uma percepção de que é necessário fazer mudanças na legislação da área de segurança. “Bolsonaro se colocou como porta-voz da categoria, e isso certamente potencializou o interesse dos policiais pela carreira política”, observou Renato Sérgio de Lima.
Partidos de esquerda
Os partidos políticos de esquerda apresentam uma porcentagem menor de empresários entre os seus candidatos neste ano. Se levar em consideração o PT e o Psol, 20% candidatos das legendas se declararam sociólogos.
Entre as profissões menos comuns declaradas à Justiça Eleitoral estão guia de turismo, arqueólogo bailarino, funileiro, lavador de veículos, modelo e salva-vidas, com uma candidatura cada uma.
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Por ser uma eleição por período determinado, os eleitos não deveriam receber salário e outros benefícios, como previdência, etc… conforme a matéria cita os candidatos e depois os eleitos todos tem suas profissões no momento da eleição, portanto os eleitos continuariam a receber seus vencimentos pagos pelas empresas onde estão vinculados e o governo faria o ressarcimento desses pagamentos. Passado o período do mandato os que não se reelegeram retornariam para suas atividades que exerciam antes da eleição.
Mas sem sombra de dúvidas, política brasileira é caso de polícia, e é por isto que precisamos de gente bruta prá desbancar essa adevogadada! que vem destruindo a democracia.
Onde já se viu? Substituir o Congresso por 11 togados que sequer teriam a coragem de se candidatarem a cargo público?
22 – O ano da reeleição de Bolsonaro
22 – O ano da vergonha política no meu país. Cambada de miseráveis.