Fernando Haddad (PT) e Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), candidatos ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, analisaram de maneiras distintas o tiroteio ocorrido em 17 de outubro em Paraisópolis. Na ocasião, a visita do ex-ministro da Infraestrutura à favela paulista foi interrompida por disparos.
O petista confrontou o ex-ministro e perguntou o motivo pelo qual a equipe de segurança de Tarcísio teria pedido a um cinegrafista que apagasse as imagens que mostravam o tiroteio em Paraisópolis. “Lamento que você faça sensacionalismo com uma coisa séria”, respondeu o aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Tarcísio disse ter levado os jornalistas presentes no momento do tiroteio para o escritório de sua campanha, localizado na Vila Mariana. “Lá, uma pessoa da minha equipe pediu ao cinegrafista para apagar o material”, revelou. “Sabe por quê? Preocupação com as pessoas. Havia equipe de produção e de comunicação no local. Outros profissionais estavam em Paraisópolis.”
Segundo Haddad, a postura do ex-ministro dificulta as investigações da polícia. “Se você tem uma imagem que você acha que pode pôr em risco a vida de alguém, você apaga ou leva para as autoridades policiais?”, perguntou o petista. “São as autoridades policiais que decidem manter ou não o sigilo das imagens. Isso é um absurdo. Esse procedimento gera suspeição.”