Fernando Haddad (PT), candidato ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, reafirmou nesta quinta-feira, 27, a intenção de desapropriar “terras improdutivas” no Estado. Durante debate promovido pela TV Globo, o ex-prefeito disse que a legislação brasileira permite tal medida.
“Há uma lei no país que diz que terras improdutivas tem de ser destinadas à produção de alimentos”, afirmou o petista, no debate com o ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos). A declaração é semelhante à proferida pelo próprio Haddad na semana passada, quando, durante ato de campanha em Presidente Prudente, disse que “a maior parte das terras não cumpre a função social”. No mesmo ato, o ex-prefeito salientou que as desapropriações dos locais ocorreriam mesmo sem a ocupação de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Não precisa ocupar, é só me mandar uma carta dizendo onde é a terra que não cumpre a função social”, advertiu. “Iremos lá e desapropriamos.”
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Durante o debate, Haddad criticou a produção agrícola brasileira e reclamou da alta dos preços dos alimentos no país. “Quando você vai ao supermercado, percebe que os preços estão subindo”, observou. “Temos de aumentar a produção de alimentos em São Paulo e no Brasil. A produção per capita de arroz, feijão e mandioca está caindo.”
Reportagem publicada em Oeste mostra que o Ministério da Agricultura registrou mais um recorde para o agronegócio brasileiro. Através do setor, o país faturou quase US$ 123 bilhões com as exportações realizadas entre janeiro e setembro deste ano. Para chegar nesse montante, 200 países receberam alimentos e itens diversos com origem em matérias-primas do campo.
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