O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, referiu-se à sua participação no Jornal Nacional (JN) na noite de segunda-feira 22, como a “inquisição da Globo”. A manifestação do presidente ocorreu nesta terça-feira, 23, durante a cerimônia de abertura do Congresso Aço Brasil 2022, em São Paulo. O chefe do Executivo falava sobre a diminuição de normas no campo quando fez menção ao programa.
“Não pode abusar da fiscalização. O homem do campo não pode ficar com medo do fiscal. É como ontem na inquisição da Globo“, disse o presidente, que levou a plateia aos risos. “Falou para não queimar. A lei diz que se puder retirar o material, ele não pode ser queimado, se o material chegou lá de helicóptero, a gente não vai gastar um helicóptero para retirar, então taca fogo.”
Durante a sabatina, o presidente da República criticou o que ele chamou de “abusos” realizados por determinados servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) no combate ao desmatamento na região. Bolsonaro se referia ao fato de servidores do órgão destruírem equipamentos utilizados em crimes ambientais.
“Há abusos de certas partes, como o Ibama. O que muitas vezes o pessoal do Ibama faz? Toca fogo. A lei não fala se o local é permitido ou não. A minha orientação é cumprir a lei”, disse ele.
No encontro, Bolsonaro também disse que só existe uma coisa “infraudável” no Brasil. “O pessoal sabe qual é”, explicou. Além disso, afirmou que não possui prazer ao sentar-se na cadeira presidencial. “Não tenho prazer de estar naquela cadeira”, disse. “É um saco. Não posso pescar nem contar piadas, mas entendo isso como uma missão.”
Sabatina no JN
Na segunda-feira 23, Bolsonaro marcou estreia na bancada do JN, sendo entrevistado ao vivo. Os jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos pautaram temas como: aliança com centrão, meio ambiente, pandemia de covid-19, relação com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e segurança das urnas.
Os dois principais âncoras do JN, quando “interrogaram” o Presidente, perderam a maior oportunidade de se mostrarem, cordiais, elegantes, gentis e, acima de tudo PROFISSIONAIS. Não foram nada disto! Foram, sim, ácidos, arrogantes, intransigentes e nada profissionais. Suas feições demonstravam um ar odiento e revanchista, a ponto de não conseguirem disfarçar.
Se, pelo menos, agissem como profissionais gabaritados, estaríamos satisfeitos e o resultado seria melhor para a classe jornalística.
Dessa forma, comprometeu não só a “reputação” deles próprios como também da empresa que representam.
SOFRÍVEL… BONNER e RENATA !
Pela segunda fez a Rede Globo de Televisão ajudará a eleger o Presidente. A diferença desta vez, é que a reeleição se dará no Primeiro Turno. Só temos que agradecer o grande apoio. Thanks Globo
Aquilo não foi uma sabatina, foi uma demonstração de péssimo jornalismo, falta de respeito e educação, mas Bolsonaro se saiu bem.
Somente quem assistiu. O presidente esteve nas mãos de dois carrascos programados não para uma entrevista, mas para uma sessão de acusações.
Já disse e repito, o Presidente cometeu duas falhas.
A primeira foi quando chamado de candidato não respondeu: “pelo menos até 31/12 sou o Presidente da República e por isso, em respeito aos 58 milhões de eleitores que me elegeram gostria que você se dirigissem a mim como Presidente.
A segunda foi quando o pulha Bonner disse que as urnas são “auditáveis”. O Presidente deixou passar achance de dizer: “não é o que a Polícia Federal afirma”.
Essa ‘globociata’ foi mais um passeio memorável do Bolsonaro!