O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a manutenção de medidas econômicas que garantam a responsabilidade fiscal. Mesmo que, para isso, seja necessário redesenhar o teto de gastos.
“A partir da manutenção de um Congresso liberal, penso que temos de focar que não há como trabalhar com o Orçamento vinculado e indexado, com 96% congelados em despesas obrigatórias”, afirmou o parlamentar, nesta quinta-feira, 18, durante um evento promovido pelo BTG Pactual.
E continuou. “Sou extremamente otimista com o país”, disse Lira. “Sabemos conviver com crises e solavancos. Se precisarmos redesenhar o teto de gastos, isso deve ser feito de forma que se ratifique a responsabilidade fiscal.”
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Segundo o presidente da Câmara, qualquer candidato à Presidência sabe que terá de dialogar com o Congresso Nacional. Ele também destacou as microrreformas aprovadas durante o atual governo, como a independência do Banco Central, a Lei do Gás e o novo licenciamento ambiental. “A Câmara teve coragem de enfrentar essas pautas”, ressaltou.
Para Lira, a partir da próxima legislatura, com o fim das coligações nas eleições proporcionais, os partidos ficarão com uma atuação mais forte no Parlamento. O presidente da Câmara destacou que, com um Legislativo mais independente e forte, um sistema de semipresidencialismo poderá garantir mais governabilidade e mais previsibilidade política ao país.
“O semipresidencialismo é uma pauta que precisa ser amadurecida”, observou o deputado. “A gente pode estabelecer prazos, acordos, sem açodamento, mas o Brasil precisa se redesenhar.”
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