Mourão sugeriu a discussão da possibilidade de impeachment de ministros do STF. “Temos até a questão de crimes de responsabilidade, que são deveres do Senado Federal de julgar”, observou o vice-presidente. “Há uma ampla gama de assuntos a serem tratados e que não podemos nos omitir. Temos que debater.”

“Não é só uma questão de aumentar o número de cadeiras da Suprema Corte”, disse Mourão. “Precisa-se trabalhar sobre decisões monocráticas e mandato para os ministros. Não pode ser algo até os 75 anos. Ou 10 ou 12 anos tem de ser discutido para os juízes. E outra discussão é a quantidade de magistrados.”

Dos 27 novos senadores eleitos, metade é formada por apoiadores declarados do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). O número acendeu sinal de alerta, sobretudo no STF, cuja manutenção de sua composição depende dessa Casa Legislativa. As urnas mostram que o Senado, agora, avança em mudanças que refletem o pensamento da população para além de acordos políticos. A nova bancada é a prova de que o eleitor clama por ações em relação à política e também à Corte, que retrocede em direitos já adquiridos.

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