De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no domingo 30, o índice de abstenção ficou em 20,59%, menor do que o registrado no primeiro turno, em 2 de outubro, quando 20,79% dos 156 milhões eleitores deixaram de votar.
É a primeira vez em que o número de votantes é maior no segundo turno do que no primeiro. A abstenção do último domingo também foi a menor registrada em um segundo turno desde 2006.
Naquele pleito, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (à época, filiado ao PSDB e adversário de Lula), se enfrentaram, 19% dos eleitores deixaram de votar.
A maior abstenção em segundo turno havia sido registrada em 2010, quando 21,5% dos eleitores não votaram. Desde então, as abstenções se mantiveram constantes, em torno dos 21%.
Em 2002, a abstenção foi de 17,7% e 20,5% no primeiro e segundo turnos, respectivamente; em 2006, de 16,7% e 19%; em 2010, de 18,1% e 21,5%; em 2014, 19,3% e 21%; em 2018, 20,2% e 21,2%.
As abstenções costumam crescer no segundo turno porque alguns eleitores não se veem representados com as duas opções restantes. Neste segundo turno, porém, além do acirramento da eleição, também houve concessão de gratuidade no transporte em mais de 300 cidades do país, incluindo as capitais.
Em entrevista coletiva, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, disse que também diminuiu, neste segundo turno, o número de votos brancos e nulos. Segundo ele, 75,86% dos eleitores votaram em Lula ou Bolsonaro. “Além da menor abstenção, houve uma diminuição dos votos em branco e nulo. O maior número de votos apurados na história republicana desde a redemocratização do Brasil”, declarou.