Governo propõe colocar autônomos sob a luz do Estado. Carteira será acessada por meio de um aplicativo de celular da Caixa, que vai calibrar o novo regime trabalhista a programas sociais
A esquerda se aproveitou da narrativa da paralisação dos motoboys para defender a mão do Estado sobre os aplicativos de entrega. A oposição ao governo sustenta que esses autônomos tenham direitos e garantias resguardadas por lei. O Congresso tem autonomia e independência para debater e propor algo a respeito do assunto, mas o governo federal pensa diferente.
O debate acerca dos autônomos está sobre a mesa do ministro da Economia, Paulo Guedes. A ideia, contudo, não é propor intervenções do Estado na relação entre empresas e trabalhadores que atuam por conta própria. O objetivo é colocar o chamado “bico” sob os holofotes da legalidade, de modo a permitir uma rampa de acesso ao regime celetista.
É o que propõe a chamada carteira de trabalho “verde e amarela”, um novo regime trabalhista paralelo à CLT. O trabalhador vai ter uma carteira digital, acessada por um aplicativo da Caixa Econômica Federal, que possibilitará, consequentemente, formalizar a conexão dos trabalhadores com o Estado.
Calibragem
O trabalhador contratado pelo empregador por meio da carteira verde e amarela vai receber por hora trabalhada, como nos Estados Unidos. Com a vinculação do contrato junto à Caixa, o governo vai saber quanto ele recebe até para calibrar os programas sociais. O empregado vai estar sob a luz do Estado e a Caixa vai ter, então, ideia de quem ele é e quanto ganha.
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A ideia, assim, não é propor uma reformulação do Estado, mas criar um modelo em que a iniciativa prevaleça. “Em vez de tentarmos lutar contra o sistema, vamos criar um sistema paralelo para empregar e formalizar as pessoas”, explica o deputado federal Alexis Fonteyne (Novo-SP).
Formalização
O deputado ouviu do próprio Guedes as explicações sobre a proposta, em reunião na última segunda-feira, 29. A carteira não vai extinguir a CLT, pelo contrário. “É uma rampa de acesso à CLT. Enquanto ainda estiver na fase de aprendiz, no início, o trabalhador ficará como uma carteira verde e amarela. Se estiver ganhando mais, eventualmente poderá ir para a CLT, ou não. Poderá querer continuar no bico pela possibilidade de trabalhar com mais liberdade”, explica Fonteyne.
Ao formalizar a conexão entre empregado e a Caixa pela carteira verde e amarela, o governo poderá saber quais trabalhadores estão em situação de vulnerabilidade. Assim, poderá propor políticas públicas com foco em diferentes grupos. “Essas pessoas vão poder ser atendidas por algum programa assistencial adequado”, contextualiza o deputado Paulo Ganime (Novo-RJ).
Invisíveis
O esboço da proposta não é novo. O governo propôs a criação de um regime trabalhista em moldes semelhantes por meio da Medida Provisória (MP) 905/19. Contudo, o texto era voltado para a contratação de uma mão de obra que nunca trabalhou formalmente. A matéria foi aprovada na Câmara, mas, sem acordo nem tempo hábil para a votação no Senado, perdeu a validade.
A condicionante de ser um regime trabalhista voltado para um grupo específico de trabalhadores desagradava a Fonteyne. Diferentemente da proposta atual, em gestação. “Essa de agora é muito boa, eu a vejo positivamente”, destaca. Em audiência no Congresso na terça-feira passada, Guedes defendeu a ideia de que o programa é voltado para os “invisíveis” do mercado de trabalho. “[Queremos] dar dignidade a essas pessoas que lutam e estão completamente desassistidas pelo Estado”, disse.
Tomara o véio aqui exista até 2026. Votaria de olhos fechados em Paulo Guedes para suceder o CAPITÃO DO BRASIL na presidência deste violentado Brasilzão, vítima do confesso estuprador de cabritas, e condenado pelo assalto mastodôntico às burras do povão, juntamente com a caterva do dito cujo. ,
A idéia parece boa. Mas devem cuidar na calibragem da interferência do estado, para não acontecer o desastre que foi feito com as empregadas domésticas.
? Essa proposta não pode contemplar apenas os carteiras brancas com idade de até 29 anos, pois, pensemos o seguinte: aquele individuo que só fez bicos e ainda perdeu tempo de juventude por reclusão, ou seja, que pegou uns 5 anos de jaula, então já estaria condenado a nunca mais ser CLT, com sorte ainda poderá ser autonomo com cnpj (MEI).
Outro exemplo, alguém que já tem algum registro, mas que não se adequa mais ao formato CLT, pois agora tem filhos ou familiares incapazes, debilitados que necessitam de constante vigilância, ou seja, a pessoa não mais poderá ser CLT, cujo contrato a obriga a ser sudita, tendo de dedicar a vida a servir com exclusividade e em tempo integral ao seu empregador.
Ah ta esperar pelo Senado e pela Camara e melhor pegar uma cadeira e sentar esses dois presidente da camara e senado nao tao nem ai para fazer algo para o povo eles so querem boicotar ok o governo federal tenta implementar em baneficio ao cidadao brasileiro
Fantastico
Excelente iniciativa do Governo Federal, por intermédio do Ministério da Economia.
Mas o Congresso Nacional tem que fazer sua parte, em especial dos presidentes Maia e Alcolumbre.
O Brasil tem pressa.
Excelente. Preocupar-se com um grupo de trabalhadores que sempre estiveram escondidos e poderem ter os mesmos direitos que os outros.