Elisa de Oliveira Flemer, de 17 anos, proibida pela Justiça de cursar faculdade após fazer homeschooling, modalidade de ensino que busca ensinar pessoas fora do regime tradicional, desistiu do processo contra a Universidade de São Paulo (USP). De acordo com a família da jovem, a briga jurídica não vale a pena, apesar da obtenção de liminar na Justiça que autorizou a matrícula temporária da menina.
Em carta de desistência do processo, a mãe de Elisa, Rita de Cássia de Oliveira, argumenta que a batalha judicial pela vaga pode se arrastar demasiadamente, tem resultado imprevisível e, caso seja indeferida, a estudante perderá o direito de ter reconhecido os anos de estudo cursados. “Além do tempo perdido na empreitada, Elisa poderia ser alvo de todo tipo de escárnio público”, escreveu a mãe da menina. “Temo o estrago emocional que essa jovem poderá sofrer com um desfecho negativo.”
A estudante de homeschooling conseguiu quase nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além disso, conquistou o quinto lugar no curso de engenharia civil da Escola Politécnica da USP, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A família da adolescente entrou na Justiça em abril de 2021 para que a jovem fosse matriculada na USP.
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Coisa absolutamente sem nexo, fez a prova e teve o aproveitamento necessário porque não pode cursar?
O Brasil perdeu o rumo. Essa moça deveria ser paparicada pelos seus dons e esforço. Perde a USP.