O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) compareceu ao ato em defesa da democracia, na Avenida Paulista, neste domingo, 25. Na visão dele, o evento, que contabilizou 750 mil participantes, vai servir para ações futuras em respeito aos direitos de quem não está no Poder.
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“Foi um recado muito forte aos poderosos da nação que querem nos calar, nos perseguir e tirar as nossas liberdades”, disse Ferreira, em conversa a Oeste, diretamente do trio elétrico que foi montado na Avenida Paulista. “Existimos e precisamos ser respeitados.”
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Um dos parlamentares mais jovens da atual legislatura, Ferreira reforçou que, além de tudo, o protesto de hoje vai servir para inspirar diferentes gerações. Ele, de 27 anos, dividiu o palco com políticos mais experientes. Esteve ao lado, por exemplo, do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de 74 anos.
“Cada geração tem um propósito”, disse Ferreira. “A nossa tem o objetivo de fortalecer a próxima, de dar um exemplo de persistência. Para mostrar que o presente é deles, mas o futuro é nosso.”
Ainda na conversa com Oeste, o deputado mineiro afirmou acreditar que o sucesso do ato deste domingo pode despertar a ira de determinados setores e instituições — mas ele não citou nomes nesse sentido. “A perseguição só tende a crescer. Teremos de voltar a viver da bondade dos nossos inimigos.”
Nikolas Ferreira e outras autoridades na Avenida Paulista
Nikolas Ferreira e Caiado não foram as únicas autoridades a discursarem em cima do trio elétrico montado na Avenida Paulista neste domingo. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi uma das primeiras a falar diante da multidão. O senador Magno Malta (PL-ES), o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também empunharam o microfone.
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Um dos organizadores do evento, o pastor Silas Malafaia, da igreja evangélica Assembleia de Deus Vitória em Cristo, também discursou. “Não tenho medo de ser preso”, disse, em sintonia com a possibilidade levantada por Ferreira, de perseguição se deflagrar contra quem compareceu à Avenida Paulista. “Vergonha é se calar.”
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi o último a discursar. Com a palavra, ele fez questão de rechaçar, mais uma vez, a suposta tentativa de romper com o Estado Democrático de Direito, que, segundo investigação da Polícia Federal, teria sido tramada por aliados dele em 2022, depois do resultado do segundo turno da disputa presidencial. “Golpe é tanque na rua, arma, conspiração”, declarou. “Nada disso foi feito no Brasil.”
Assista à íntegra da transmissão do ato pela democracia:
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Foi um bom começo.
Foi o “esquenta”, pro pé na bunda.
Deus te ouça. E o chute será grande.