O procurador-geral eleitoral Paulo Gonet, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Procuradoria-Geral da República (PGR), cumpriu, nesta terça-feira, 5, seu terceiro dia de peregrinação no Senado.
Na ocasião, Gonet visitou os senadores Omar Aziz (PSD-BA), Margareth Buzetti (PSD-MT) e Eduardo Gomes (PL-TO).
“A expectativa que está se confirmando é de só ter conversas muito boas, extremamente republicanas”, declarou Gonet a jornalistas. “Sou um privilegiado de conversar com os senadores. Tenho aprendido muito de Brasil, dos problemas de cada Estado, das virtudes do brasileiro em cada Estado. Tem sido uma aula de civismo e de virtudes republicanas.”
Como mostrou Oeste, na semana passada, Gonet se reuniu com o então presidente em exercício da Casa, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Depois, com o líder do PSD, Otto Alencar (BA). O PSD é a maior bancada da Casa.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), é o relator da indicação de Gonet. A sabatina do indicado à PGR está marcada para acontecer em 13 de dezembro, mas pode ser adiantada.
Como mostrou Oeste, há um embate entre o governo e a oposição em torno do ministro da Justiça e de Segurança Pública, Flávio Dino, indicado ao Supremo Tribunal Federal, por outro lado, o nome de Gonet não deve enfrentar tantas dificuldades no Senado.
Ex-sócio do ministro Gilmar Mendes no Instituto Brasileiro de Direito e Pesquisa (IDP), Gonet é visto como um nome que não é ligado diretamente ao PT.
A única pergunta incômoda que Gonet deve ouvir durante a sabatina é em relação ao IDP. Contudo, ele deve se defender dizendo que já vendeu sua parte no negócio antes mesmo de o ex-presidente Jair Bolsonaro ser eleito. Desse modo, há muito tempo, ele seria apenas amigo de Gilmar.
Principal partido de oposição, o PL, por exemplo, deve liberar a bancada na indicação de Gonet. A oposição não teria tanta resistência com o nome do indicado à PGR, diferentemente do que ocorre com Dino.