Em entrevista ao programa Opinião no Ar, da RedeTV!, nesta sexta-feira, 3, o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO) afirmou que a pauta central das manifestações programadas para o dia 7 de Setembro pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro é “a defesa da liberdade”, e não ataques direcionados a instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Quando os Poderes não se contêm dentro de suas prerrogativas, a gente vive esse desequilíbrio”, disse o parlamentar. “É a defesa da nossa liberdade: de expressão, de culto, de ir e vir. É por isso que nós vamos às ruas. Não é contra nenhuma instituição em particular. Não haverá risco para ninguém.”
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Segundo Vitor Hugo, as pessoas irão às ruas “para contestar decisões dentro daquilo que a Constituição permite, que é o fato de todos poderem se manifestar pacificamente”.
“A gente vê uma parte da imprensa e da oposição querendo esvaziar o movimento. Sabemos que haverá milhões de pessoas em todo o Brasil”, afirmou o deputado.
Apesar de dizer que o STF não é a principal pauta das manifestações, Vitor Hugo fez críticas a recentes decisões da Corte — ele citou as prisões do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) e do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB. “A maioria da população brasileira não se identifica com as decisões do STF”, afirma.
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Participação de policiais
Na entrevista, Vitor Hugo defendeu o direito de policiais participarem das manifestações favoráveis ao governo, desde que não estejam fardados, trabalhando.
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Como informou Oeste, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou o afastamento do chefe do Comando de Policiamento do Interior-7 da Polícia Militar, coronel Aleksander Lacerda por indisciplina. Lacerda é apoiador de Bolsonaro e convocou pessoas para irem à manifestação programada por simpatizantes do governo federal no dia 7 na Avenida Paulista.
“Nenhum policial fardado vai se envolver em manifestações dessa natureza. Se estiver fardado, estará em serviço para garantir a segurança de todos que estarão lá”, disse o deputado. “Se ele quiser participar à paisana, estando fora do serviço, tem todo o direito.”
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