Programa estruturado pelo governo é constantemente associado a versão tupiniquim de programa instituído pelos EUA após a Segunda Guerra. Militares do governo admitem a comparação com o New Deal
Os militares que ouvem o programa Pró-Brasil ser comparado ao Plano Marshall não entendem a associação. Para integrantes oriundos das Forças Armadas no governo, o programa norte-americano mais próximo ao implementado pelo governo federal é o New Deal.
Quem conversa com militares do governo pode acabar sendo advertido se classificar o Pró-Brasil como “Plano Marshall”. Prontamente, um ou outro repreende avisando que se trata de desconhecimento sobre movimentos econômicos fazer tal analogia. “Plano Marshall não se aplica, inclusive porque foi um plano de ajuda externa para a Europa”, destaca um técnico.
O Plano Marshall foi implementado na gestão do presidente norte-americano Harry Truman com o objetivo de reconstruir regiões devastadas após a Segunda Guerra Mundial. Consequentemente, os mais beneficiados foram países europeus, por meio do estabelecimento de critérios per capita.
O Pró-Brasil, iniciativa coordenada pela Casa Civil, propõe uma linha de investimento forte com boa participação inicial de recursos públicos, que, posteriormente, será apoiada pelo setor privado. “É muito mais próximo ao New Deal, estruturado justamente para reconstruir o país após a crise de 1929. O governo investiu massivamente em infraestrutura e no social, de forma que, depois de dez anos, o país entrou na Segunda Guerra como uma potência”, analisa um interlocutor.
Recuperação econômica
O New Deal foi um programa proposto na gestão de Franklin Roosevelt, entre 1933 e 1937. Tinha por objetivo recuperar a economia e auxiliar a população, tão prejudicada pela crise de 1929. Um dos eixos consistia na construção de obras de infraestrutura para a geração de empregos e o consequente incentivo à demanda. O Pró-Brasil vai em linha semelhante.
A iniciativa propõe ações estruturantes e atos normativos para a retomada das atividades econômicas afetadas pela covid-19. Também projeta medidas na área de infraestrutura com foco em obras públicas de responsabilidade da União e parcerias com o setor privado.
Pobres brasileiros, pagarão as contas dos desvios, como sempre, velha política podre!
Houve tempos atrás, não me lembro se foi no governo do famigerado FHC, uma tentativa nesse sentido com a implementação de frentes de serviço para dar emprego na grande massa de desempregados e de pequenos empreiteiros falidos. Muitos se deram bem nisso, porém verificou-se um enorme desvio de dinheiro e o programa foi abandonado. Continuo a dizer, não me lembro bem quando foi isso.
Seria uma opção interessante, porém isso necessitaria um grande investimento do estado; mas o estado está quebrado,
de onde virá o dinheiro. Eis a questão.
O Ministro Paulo Guedes está realizando em trabalho admirável com a nossa economia, apesar dos obstáculos que surgem diariamente. Qualquer Pró-Brasil só com a aquiescência e supervisão do Guedes.