O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o ex-deputado Roberto Jefferson siga com tratamento médico em um hospital particular no Rio de Janeiro, onde está internado desde o início de junho. O documento foi emitido na quarta-feira 23.
A determinação vem em resposta a uma petição da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ) que informava não ter condições de tratar adequadamente Jefferson dentro do sistema prisional fluminense. O documento da Seap-RJ relata que a situação médica do ex-deputado é “extremamente frágil” e que ele se encontra com “quadro depressivo” e com “incapacidade de se nutrir”.
Em julho, Moraes havia pedido uma série de exames para avaliar seu quadro físico e mental de Jefferson. Isso serviria para o ministro decidir onde o político receberia tratamento médico.
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Para o ministro do STF, os relatórios e laudos médicos sobre o estado de saúde de Jefferson “demonstram que, desde a sua transferência para tratamento em hospital particular, a condição do paciente/custodiado apresentou melhora”. Moraes autorizou as visitas da filha e da mãe do ex-deputado federal, desde que encaminhem previamente os horários e as datas.
Em manifestação à emissora CNN Brasil, a defesa de Roberto Jefferson afirma que ele precisa de tratamento intensivo “clínico, psiquiátrico, neurológico, nutricional e fisioterápico”. Os advogados dele ainda alegam que o sistema prisional fluminense “não possui estrutura necessária para fornecer o atendimento médico adequado”.
Prisão de Roberto Jefferson
Jefferson está preso desde outubro de 2022, depois de ter disparado contra policiais federais que cumpriam mandados de busca e apreensão na casa dele, no município de Comendador Levy Gasparian (RJ). A ordem de prisão foi emitida por Alexandre de Moraes.
Na primeira internação, o documento ressaltava que Roberto tinha uma série de tumores pelo corpo, além de diabetes, hipertensão, depressão e ansiedade.
Em junho, Moraes autorizou a transferência de Jefferson do presídio de Bangu 8 para o Hospital Samaritano Botafogo. Na época, o ministro havia proibido visitas sem autorização prévia (com exceção da mulher e dos advogados). Além disso, Moraes também proibiu o ex-deputado de acessar redes sociais, conceder entrevistas e usar diversos objetos eletrônicos.
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A pena de prisão perpétua (ou de morte) já está instalada no Brasil de forma sorrateira. Mandar um velho doente para prisão é prisão perpétua ou de morte. Essa decisão deve ter sido com muita dor por não poder mandar o apenado cumprir toda a sentença até o fim da vida.
Se Jeferson morrer, já temos o nome do assassino.