Informação consta em decisão judicial que determinou prisão de desembargadora, acusada de receber R$ 250 mil em espécie
Um motel na Bahia foi usado para a entrega de 250 mil reais em propina destinada à desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo, presa na manhã desta terça-feira, 24, durante a quinta fase da Operação Faroeste. O pagamento se deu, segundo o Ministério Público Federal (MPF), como recompensa pelo apoio da magistrada em uma ação judicial que envolve o produtor rural Nelson José Vigolo.
A informação consta na manifestação do MPF no pedido de busca e apreensão criminal autorizado pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a manifestação do Ministério Público Federal, o filho da magistrada, Vasco Rusciolelli, recebeu o dinheiro de um intermediário do produtor rural chamado Júlio César, entre 16 e 17 de março deste ano, em um motel em Salvador. Depois de receber a propina, conforme o MPF, Vasco repassou o dinheiro a sua esposa, Jamille, em um estabelecimento de ensino universitário. Após isso, o dinheiro chegou à desembargadora.
“O objetivo da entrega de dinheiro foi a compra do voto da desembargadora SANDRA INÊS no Mandado de Segurança nº 0023332-59.2015.8.05.0000, processo que foi efetivamente levado a votação na sessão do Tribunal Pleno do TJBA, no dia 21 de janeiro de 2020, sagrando-se vencedor o seu entendimento, conforme previamente negociado”, registrou o ministro Og Fernandes no mandado de busca e apreensão.