No Senado, Anvisa é cobrada sobre Sputnik V

Em reunião no Senado, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), cobrou nesta sexta-feira, 7, uma definição da Anvisa sobre a Sputnik V, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Rússia. De acordo com ele, 17 Estados da região amazônica e do Nordeste já contrataram milhões de doses e estão em compasso de espera.

Em 26 de abril, a agência negou a importação do imunizante alegando falta de dados básicos e falhas que podem comprometer eficácia, segurança e qualidade do produto. Ainda será feita a avaliação para autorização de uso emergencial, pedido realizado pela representante brasileira União Química.

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Segundo Dias, presidente do Consórcio Nordeste e representante do Fórum dos Governadores, a negativa da Anvisa deixou a situação com os russos “delicada” e foi preciso fazer uma reunião com o embaixador do país no Brasil, Alexey Kazimirovitch, para que o contrato não fosse rescindido. Parte das doses já deveria ter chegado ao país em abril, mas não vieram por falta de autorização para importação.

“Queremos uma solução, pois não é razoável termos pessoas morrendo com as vacinas já contratadas. Saímos dessa reunião com a esperança de que haverá uma mediação e uma solução rápida”, disse o petista após encontro virtual promovido pelo Senado.

A diretora da Anvisa Meiruze Sousa Freitas pontuou que a agência está “sempre aberta ao diálogo” e que a vacina ainda está sob avaliação. Com a entrega de mais informações sobre o imunizante, a agência sinalizou a perspectiva de nova análise em breve.