José Mauro Ferreira Coelho, secretário do Ministério de Minas e Energia, disse nesta segunda-feira, 4, que o aumento do preço dos combustíveis acontece em todos os países, não apenas no Brasil. “Na Índia, por exemplo, o preço atingiu o nível mais alto de sua história”, observou, em entrevista concedida ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan. “Na Espanha, os preços atingiram o patamar mais alto desde 2014.”
Segundo Ferreira Coelho, o governo federal está adotando medidas para minimizar o impacto do preço dos combustíveis no bolso do consumidor. “Ainda neste ano, um decreto do presidente Jair Bolsonaro reduziu a zero, durante 60 dias, a alíquota do PIS/Cofins do diesel”, explicou, ao ressaltar a importância da remoção do tributo. “Também zeramos, de forma definitiva, o PIS/Cofins do gás de cozinha.”
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O secretário argumenta que o preço dos combustíveis tem relação com o preço do petróleo. “No início deste ano, em janeiro, o preço do barril do petróleo era de US$ 50; atualmente, está próximo de US$ 80 — aumento acima de 55%”, disse. Conforme noticiou Oeste, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou que o Congresso discutirá alternativas para “evitar que o consumidor seja penalizado” pelo preço da gasolina.
De acordo com Ferreira Coelho, as ações do governo federal buscarão conter a alta dos preços do gás de cozinha. “O preço médio do gás de botijão é de R$ 98, e entendemos que isso afeta principalmente a população mais vulnerável”, afirmou. “Trata-se das pessoas que deixam de cozinhar com botijão para cozinhar com lenha. Por isso, o governo trabalha para fornecer possíveis subsídios para a população mais vulnerável.”
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Dessa reportagem podemos constatar que de um evento, o aumento do preço do barril de petróleo no mundo todo, uma de suas consequências mais elementares, que é a de que o consumidor é que deverá arcar com esse delta, se contrapõe ao paradoxo propalado pelo Presidente da Câmara, Arthur Lira, que disse =>”… que o Congresso discutirá alternativas para “evitar que o consumidor seja penalizado” pelo preço da gasolina.”<=.
Ora Senhor político, se não for os consumidores, em toda e qualquer hipótese, que bancarão com os custos do que consomem, quem será? Os alienígenas?
Lira, como a maioria dos mal preparados, se faz ou é um hipócrita, para fazer dos consumidores de uma ordem geral vítimas do que ocorre no mundo real, seja lá por que motivos for e que não possa ser imputado especificamente a alguma entidade.
Nesse caso, prezado Deputado, o mais sensato deveria ser redistribuir o peso do custo dos derivados, para os consumidores menos vulneráveis, tão somente isso; mas todos pagando suas contas!