A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ter um novo líder na Câmara dos Deputados a partir de abril. O atual representante, Carlos Jordy (PL-RJ), vai deixar o cargo para que Filipe Barros (PL-RR) assuma os trabalhos nos primeiros dias do próximo mês.
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A mudança estava prevista para ocorrer no início do ano. Porém, depois que Jordy foi alvo da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), os deputados decidiram mantê-lo no cargo como protesto contra a ofensiva da corporação e do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação da PF ocorreu em janeiro, com o objetivo de identificar pessoas que teriam planejado, financiado e incitado os atos de 8 de janeiro de 2023.
Alega-se que Jordy trocava mensagens com um grupo de manifestantes do Rio de Janeiro, de maneira a orientá-los sobre os protestos.
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O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) explicou a manutenção de Jordy na liderança da oposição, em janeiro.
“Ainda que tivesse um processo de transição acontecendo para uma nova liderança do deputado Filipe Barros, o deputado Carlos Jordy permanecerá como líder da oposição”, disse Van Hattem, na ocasião. “Ele conta com toda a nossa confiança.”
Líderes da oposição serão pré-candidatos a prefeituras
O deputado Carlos Jordy lançou sua pré-candidatura para a Prefeitura de Niterói (RJ). Ele teria deixado a liderança do oposição para se dedicar ao pleito municipal, depois que pesquisas internas do partido mostraram resultados positivos. A ideia inicial seria que ele saísse da liderança no fim do semestre.
O novo líder da oposição é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Filipe Barros está em seu segundo mandato como deputado federal e atuou como relator do Projeto de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso.
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Pré-candidato à Prefeitura de Londrina (PR), Barros foi acusado pelo governo Lula de espalhar desinformação sobre a instalação de banheiros unissex em escolas. Em abril de 2023, a Advocacia-Geral da União foi acionada para acusar o parlamentar.