A Polícia Federal (PF) reforçou o esquema de segurança dos candidatos à Presidência da República nas eleições de 2 de outubro. A principal preocupação é o ambiente tenso que vai se consolidando entre partidários do presidente Jair Bolsonaro (PL), atingido com uma facada na disputa de 2018, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
A PF vai analisar cada campanha, para identificar possíveis riscos, e definir tipo e tamanho da equipe a ser acionada, num nível de risco de 1 a 5. Mais de 300 policiais deverão participar.
PF avisada com antecedência
Os candidatos terão de informar suas agendas com 48 horas de antecedência. Uma instrução normativa da PF determina que os presidenciáveis apresentarão um “relato circunstanciado de eventuais situações críticas ou relacionadas à campanha eleitoral que ensejam um maior risco”. Se enxergar algum problema, a PF poderá desaconselhar a ida a um compromisso.
“Sendo verificado risco de ameaças concretas e contemporâneas ao período em que a proteção estiver sendo prestada, o candidato que se expuser espontaneamente aos riscos assumirá a responsabilidade dos fatos decorrentes.” O fato de as redes sociais aumentarem a mobilização de apoiadores e adversários é vista como sinal da necessidade de mais atenção à segurança. A PF recebeu mais de 70 carros blindados para essas ações de segurança dos candidatos.
Os presidenciáveis têm direito à proteção desde que a candidatura é oficializada em convenção partidária, em julho e agosto. Eles também podem montar esquema privado. A coordenação das equipes da PF ficará com delegados experientes nesse tipo de atividade. Nesta segunda-feira (2), a PF iniciará um curso básico de proteção à pessoa, formando mais 80 policiais para o trabalho no processo eleitoral.
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