Raul Araújo pede vista e TSE suspende julgamento que poderia condenar Bolsonaro por associar Lula ao PCC

O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu vista de um processo movida pelo PT contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, por associar Lula ao PCC. Dessa forma, a sessão foi suspensa. A ação pede a condenação de Bolsonaro, por suposta propaganda irregular durante as eleições 2022.

Corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves votou para acolher o pedido do PT. O juiz do TSE determinou a remoção de tuítes e pagamento de multa de R$ 15 mil. Gonçalves, contudo, está de saída do cargo, que será transmitido a Araújo (até o fim de 2024), assim como da cadeira de ministro, a ser ocupada pela magistrada Isabel Gallotti.

Embora deixando o TSE, Gonçalves não vai se aposentar. Isso porque as vagas na Corte são rotativas, em virtude do curto tempo de mandato: dois anos. Portanto, ele continuará no Superior Tribunal de Justiça.

Enquanto corregedor do TSE, Gonçalves votou pela inelegibilidade de Bolsonaro. Na ação sobre a reunião do ex-presidente com embaixadores, o ministro autorizou a inclusão, como prova, da minuta encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres. Afirmou na ocasião que a postura de Bolsonaro “flertava com o golpismo”.

Bolsonaro associa Lula ao PCC

Em uma série de tuítes, o então presidente associou Lula à facção criminosa. Em uma delas, de 16 de outubro, Bolsonaro repostou um vídeo no qual um suposto integrante da organização menciona o PT. Para os autores da ação judicial, o intuito de Bolsonaro era relacionar Lula com o grupo criminoso.

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