O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira, 4, o projeto que autoriza uma compensação de R$ 26,9 bilhões da União aos Estados e ao Distrito Federal.
Essa compensação se refere à perda de receita das unidades da Federação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), decorrente da desoneração de combustíveis. A aprovação contou com 63 votos a favor, dois contrários e duas abstenções.
O projeto, relatado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), já havia sido aprovado anteriormente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. No plenário, foi votado em regime de urgência, depois de um acordo costurado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O texto agora segue para a sanção presidencial.
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De acordo com Rêgo, “o projeto apresenta uma proposta bastante substancial, visando a equilibrar as relações financeiras entre a União e os Estados”.
O senador diz ainda que o texto garante “uma compensação justa e necessária para os entes federativos, em face da redução de arrecadação do ICMS, decorrente das alterações legais preconizadas por legislação anterior”.
Senado dá sinal verde para os Estados recuperarem as receitas perdidas com o ICMS
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Além de permitir a compensação, a proposta prevê transferências para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e para o Fundo de Participação dos Estados (FPE), com o intuito de recuperar as perdas de 2023 em relação a 2022.
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O projeto, de iniciativa do Poder Executivo, surgiu como resultado de um acordo entre o governo federal e os Estados, depois de vários deles conseguirem liminares no Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte determinou o pagamento de compensações maiores do que as previstas na Lei Complementar 194, de 2022.
Essa lei considerou combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo como bens e serviços essenciais, proibindo a aplicação de alíquotas superiores à alíquota padrão do ICMS (17% ou 18%).
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