A Transparência Internacional criticou a J&F pelos argumentos usados pela empresa no recurso julgado esta semana pelo juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), Antonio Dias Toffoli. O ministro suspendeu o pagamento da multa de R$ 10,3 bilhões do grupo J&F, fechada no acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF) em 2017.
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“A Transparência Internacional rejeita categoricamente e condena as acusações infundadas e o assédio judicial por parte da empresa brasileira J&F no seu recurso”, declarou a instituição, que, segundo afirma em seu portal, é um movimento global que trabalha em mais de cem países para acabar com a injustiça da corrupção.
A entidade, criada em 1993, repudiou acusações feitas pela J&F contra ela na petição em que a empresa pede a suspensão do pagamento da multa.
“Tendo como pano de fundo os golpes sistêmicos aos esforços anticorrupção ocorridos durante o governo Bolsonaro”, prosseguiu a Transparência, que completou com a afirmação de que “a J&F tem usado a lamentável tática de disseminar desinformação sobre o trabalho da Transparência Internacional e dos agentes responsáveis pela aplicação da lei, para escapar de sanções criminais e administrativas por grandes esquemas de corrupção que confessou tanto no Brasil quanto nos EUA.”
No início de novembro último, a J&F pediu ao STF a suspensão do pagamento do acordo de leniência definido com o MPF em 2017. Também solicitou o acesso a todo o acervo das conversas da chamada Operação Spoofing. Dias Toffoli, na decisão do último dia 20, acatou o pedido.
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Um dos argumentos da J&F teve relação com a venda da Eldorado Celulose, ainda sob o seu controle, para a Paper Excellence, por meio de contrato assinado em 2017, época em que a J&F buscava se capitalizar. Os proprietários do grupo, Joesley e Wesley Batista, estavam envolvidos em denúncias de corrupção.
A J&F se recusou a dar prosseguimento ao negócio. O argumento da J&F, que no fim de 2018, na Califórnia, solicitou um aumento no valor de R$ 15 bilhões pela venda, é o de que a Paper Excellence não cumpriu as condições previstas no contrato para o pagamento da segunda metade da compra.
O imbróglio foi parar na Justiça, depois de a J&F ser derrotada no tribunal arbitral internacional. Em duas instâncias, até o momento, pareceres do Tribunal de Justiça de São Paulo também foram favoráveis à Paper.
A Paper, no entanto, nega a afirmação e para tanto rebate com a informação de que já está depositado em juízo um valor ainda maior para garantir a conclusão do negócio.
A J&F afirma agora que a venda da Eldorado foi fruto de pressão do MPF, que teria sido, segundo o grupo, feita por um procurador do órgão, do qual participou um executivo que estaria ligado à Paper. Segundo a J&F, o executivo também era representante da Transparência Internacional no Brasil.
Suspensão da multa
Em sua resposta, a Transparência Internacional acusou a J&F de prosseguir em um caminho de irregularidades, por meio de divulgação de informações falsas. E criticou a decisão do STF de suspender o pagamento da multa.
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“Apesar de se comprometer publicamente e perante as autoridades judiciais no Brasil e nos EUA a descontinuar suas atividades criminosas e a adotar elevados padrões éticos, a J&F continua a apresentar informações falsas ao Supremo Tribunal Federal do Brasil.”
Para a instituição internacional, a multa não deveria ser suspensa.
“É desconcertante que a decisão do Supremo, que suspendeu uma multa de US$ 2,01 bilhões à J&F, com base em tais informações, tenha sido emitida por um único juiz num processo sigiloso.” Procurada por Oeste, a J&F não retornou até a conclusão dessa reportagem.
Concordando com o Mauro C F Balbino aí abaixo ( 22/12 às 13:48) totalmente em sua manifestação, acrescento o dado no valor do tal fundo que seria gerido independente e exclusivamente pelos procuradores da 13 Vara de Curitiba : “Só 2,5 bilhões de reais !”.
Devemos observar também o recente comportamento do ex juiz/senador na apreciação do nome do Dino maranhense para o STF.
Juntemos neste balaio de provocações aos que produzem honestamente neste Brasil infeliz, as atitudes do sr. Gilmar Português, Mané Barroso, Alex de Amorais, etc. etc e tome etc!
Da forma que vai indo esta procissão do descalabro, não podemos esperar uma nação decente que surja até no meio século avante.
A transparência Internacional parte da prémissa que os juizes brasileiros são honestos e estão acima de qualquer corrupção, podridão, perversão, quando na realidade é exatamente o contrário. O Antonio dias Toffoli é um vendedor de influências e o dinheiro sempre fala mais alto. A J&F sabe disso e fez uso do Quid Pro Quo.
Vai dar em nada. A propósito e pra que se saliente, o responsável pela Transparência Internacional no Brasil é cúmplice do Deltan em arranjos para elogio, recomendação e sugestão da Força Tarefa como gestora do fundo.
A verdade, triste e infelizmente, é que não há santos na república cleptocrata de Terra Brasilis. Apenas simples inocentes úteis mártires como nós contribuintes brasileiros.
Os amigos do rei estão de volta.
Advogada da J&S , esposa do Toffoki , receberá cerca de R$ 500 milhões e o Moro é que foi parcial.
Tem que avisar pra Transparência Internacional que corrupção no Brasil é endêmica. Aqui é só fogo pra acabar com ela.
Vocês acreditam que essa gigante mundial é mesmo desses dois patetas que até se auto gravam? No meu entendimento são testa de ferro de um sujeito muito conhecido que até ano passado era conhecido como o maior ladrão do mundo.
Bingo!
Ouvi em 2016 que o”duende megalomaníaco” tinha suas 9 digitais na JBL. Não acreditei.
A esperança é que o GamaGT do fígado liquide a fatura em muito breve.
*J&F