Na semana passada, o policial aposentado e ex-assessor parlamentar foi preso num imóvel que pertence ao advogado criminalista
O advogado criminalista Frederick Wassef deixou ontem a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Trata-se, portanto, do caso do suposto esquema de “rachadinha” da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A informação foi publicada pelo próprio parlamentar no Twitter: “A lealdade e a competência do advogado Frederick Wassef são ímpares e insubstituíveis. Contudo, por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao Presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado.”
Na semana passada, o policial aposentado Fabrício Queiroz foi preso num imóvel que pertence a Wassef, em Atibaia (SP), conforme noticiou Oeste. O ex-PM é acusado de servir de operador financeiro de Flávio no esquema na Alerj que teria desviado recursos públicos. Há outros envolvidos, como um parlamentar do PT. Além disso, ontem, Wassef afirmou à CNN Brasil que se retiraria do caso. Em síntese, estariam usando a sua imagem para atacar o presidente, de quem também é advogado no caso Adélio Bispo — o ex-garçom tentou assassinar o então candidato a presidente durante a campanha de 2018.
Em nota, a assessoria de Flávio Bolsonaro informa que o advogado Rodrigo Roca vai defender o senador. Ele trabalhará com a advogada Luciana Pires. Depois da saída de Wassef, ambos passam a atender o parlamentar.
Colaborou Rodolfo Costa, de Brasília
Rachadinha é imoral, mas não é desvio de dinheiro público, pois já estava na conta dos assessores. É dinheiro particular dos assessores, que muito provavelmente sabiam que assim seria, quando aceitaram o cargo. Vergonhoso, sim, mas infelizmente é assim no Brasil