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Edição 11

A derrota dos prefeitos

Como a inépcia aumenta o custo da pandemia

J. R. Guzzo

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O Brasil está tendo de encarar um plus a mais, em matéria de desgraça explícita, com a combinação desse vírus mortal que nos atormenta com a inépcia desvairada por parte dos “gestores” a quem, para infelicidade geral da nação, o destino entregou a tarefa de administrar a nossa vida durante estes tempos difíceis. A covid-19 já é um horror mais do que suficiente para qualquer um. Mas no caso do Brasil o preço a pagar está sendo o dobro (mais, talvez?) do que poderia ser, pois as “administrações regionais”, a quem o Supremo Tribunal Federal deu poderes de AI-5 para decidir tudo sobre a epidemia,  mostraram até agora uma inépcia sem limites para executar a tarefa que lhes foi entregue.

Nada fora do padrão, é claro: o Brasil sofre a doença crônica do “mau governo” desde o governador-geral Tomé de Souza. Em condições normais de temperatura e pressão, os brasileiros se acostumaram, bem ou mal, a conviver com a incompetência sem limites dos governantes; aguenta-se a roubalheira diária, a produção permanente de dificuldades para quem trabalha, os impostos pagos e jogados no lixo, a incapacidade de ter ideias decentes, a estupidez da burocracia e por aí afora. Mas quando chega um momento como o atual, em que dificuldades fora do comum exigiriam a presença nos governos de pessoas capazes de fazer alguma coisa mais inteligente do que se faz na média, o que se vê é a qualidade miserável, tanto do ponto de vista mental como do ponto de vista profissional, dos que são pagos para tomar decisões.

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