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Foto: Shutterstock
Edição 120

Carta ao Leitor — Edição 120

A guerra movida pela imprensa contra a liberdade de expressão e as ligações criminosas do PT com o PCC estão entre os destaques desta edição

Redação Oeste
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Na edição 117 de Oeste, a reportagem de capa mostrou como o ódio obsessivo a Jair Bolsonaro transformou as redações em comitês político-eleitorais. Pior: em comitês empenhados em recolocar no poder um ex-presidente condenado por nove juízes. Três semanas depois, J.R. Guzzo retorna ao tema ao afirmar que “entre os maiores inimigos da expressão livre neste país estão os jornalistas e os donos dos veículos de comunicação”. A lógica informa que não é possível ser a favor da imprensa livre e apoiar um candidato que defende abertamente o controle social da mídia — é o codinome da vez da velha censura.

“Como um cidadão que exerce o ofício de comunicador, no qual a liberdade de expressão é essencial para as coisas terem um mínimo de cabimento, pode ficar contra os seus próprios direitos?”, pergunta Guzzo. Ele mesmo responde: “Hoje o que está em jogo, mais que qualquer princípio, é algo muito simples, e vital para veículos e jornalistas: o dinheiro”. Guzzo apresenta números perturbadores sobre a gastança com publicidade oficial nos últimos governos. Jair Bolsonaro desembolsou, em três anos de mandato, 30 vezes menos que Lula em oito anos — e 35 vezes menos do que Dilma Rousseff torrou em seis. Seria este o real motivo da guerra travada contra o governo e o direito de livre expressão?

O PT também teve de lidar nesta semana com a exumação de outra assombração recorrente. Em delação premiada, o lobista Marcos Valério, operador do Mensalão, revelou detalhes do assassinato de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, e da relação do partido com o Primeiro Comando da Capital, o PCC. Nesta edição de Oeste, Silvio Navarro esmiúça esse e outros episódios que escancaram os vínculos criminosos entre as duas organizações.

Num diálogo interceptado pela Polícia Federal, por exemplo, Alexsandro Pereira, conhecido como “Elias” ou “Véio”, indignou-se com a remoção de militantes do PCC que estavam alojados em Presidente Venceslau: “Esse Moro aí, esse cara é um fdp*, mano. Ele veio pra atrasar. Ele começou a atrasar quando foi pra cima do PT. Pra você ver, o PT com nois tinha diálogo. O PT tinha diálogo com nois cabuloso, mano, porque… Situação que nem dá pra nois ficar conversado a caminhada aqui pelo telefone, mano”.

Até hoje, Sergio Moro foi provavelmente o único ministro que ousou mexer no vespeiro. Os demais, da mesma forma que governadores, prefeitos ou autoridades policiais, optaram pela omissão descarada. Fora de um acordo com a criminalidade não há como explicar a paz artificial que reina nas favelas dominadas pelo tráfico, dentro dos presídios ou mesmo nas ruas das grandes cidades brasileiras. Em 2006, quando decidiu mostrar quem controlava o Estado de São Paulo, o PCC assumiu a hegemonia sem muitas dificuldades. Dezesseis anos depois, o Partido do Crime se tornou tão dominante que engoliu outros grupos, ultrapassou as barreiras estaduais e estendeu seus braços por outros países.

A segurança pública é uma das pouquíssimas áreas que em hipótese alguma pode ser privatizada. É um problema, portanto, que cumpre ao governo — e só ao governo — resolver. Como? Está mais que na hora de criar e consolidar a política nacional de segurança pública que no Brasil nunca existiu.

 

Boa leitura.

Branca Nunes

Diretora de Redação

 

Capa da Revista Oeste, edição 120
7 comentários
  1. Santilho
    Santilho

    No Brasil deste século 21 estamos passando por momentos de absoluta valorizaçao da mediocridade e das perversões. Entre elas, a de ordem sexual. Vivemos um mimimi diário que é insuportável. A lavagem cerebral se transformou em mercadoria de corruptos, ladrões e pervertidos. Temos até um ladrão e ex presidiário como candidato a presidente da república.

  2. Assinaturas Oeste
    Assinaturas Oeste

    Prezado Tony, boa tarde. Agradecemos pela mensagem. Verificamos a irregularidade e já estornamos o valor em fatura de cartão de crédito. Passaremos mais detalhes via e-mail. Att, Revista Oeste

  3. Paulo jacomo negro
    Paulo jacomo negro

    Perder a Liberdade é perder a vida .

  4. Gláucio dos Santos Costa
    Gláucio dos Santos Costa

    Sou egresso da Velha emissora Gazeta, cursando publicidade e Comunicação na Casper Libero. Ficava estarrecido como quase todos ali eram “comun-ista” quase sempre também eram docentes da USP pertencentes a ECA. Que bicho picou estes docentes em pleno Século da Era Digital?

  5. Marcio Antonio Curi
    Marcio Antonio Curi

    A maioria da mídia (imprensa, radio e televisão) está controlada por tão somente absorvedores de recursos públicos. Alguns exemplos: uma certa TV, licenciada de norte-americanos, é controlada por um construtor de casas populares, em governos anteriores; uma outra tem participação chinesa; uma outra, cujos proprietários já entregaram a emissora para ser vendida; a imprensa velha está com a tiragem mais baixa de todos os tempos e por aí vai…e a verdade está transparecendo em uma unica emissora de rádio e televisão, com programas de maior audiencia. A razão é básica: apresentam fatos verdadeiros, reportagens e comentaristas de alto nível e verdadeiros. Portanto, não há futuro para a velha mídia sanguessuga de recursos públicos e mentirosa por excelencia. O povo brasileiro acordou para a realidade e verdade dos fatos, mesmo com um tribunal superior tendencioso, perverso “libertador” de formação de quadrilhas, lavador de dinheiro, falso e fazendo de CEP’s a sua CF.

  6. Luzia Helena Lacetda Nunes Da Silva
    Luzia Helena Lacetda Nunes Da Silva

    A imprensa cafajeste
    O caso (ou filme de terror) Celso Daniel
    A conhecida ligação íntima entre PT e PCC
    NÃO DÁ PRA NÃO LER OESTE

  7. Benjamin Gonzalez Martin
    Benjamin Gonzalez Martin

    Muita gente perdeu a mamata: TV´s, bancos, campeões nacionais via bndes, etc etc Sem falar nos funcionários públicos que não são chegados ao trabalho duro. E principalmente os picaretas de plantão.

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