Nos dez últimos dias da campanha, as multidões de eleitores de Lula que transbordam das pesquisas de intenção de voto não deram as caras nas ruas. Enquanto partidários de Jair Bolsonaro ocupavam tais espaços, para saudarem a passagem do candidato à reeleição, o favorito das lojinhas de porcentagem gastava a voz crescentemente rouca em entrevistas a emissoras de TV, reuniões com aliados ou empresários, uma aparição na quadra da Portela e duas discurseiras para plateias amestradas. O bisonho desempenho do ex-presidente confirma que, no fim das contas, faz sentido deixá-lo mais tempo em casa do que em público.
Em 22 de setembro, por exemplo, incorporou mais vogais e consoantes ao abarrotado baú de declarações desastradas. Irritado com a evocação de uma crítica feita pelo maior adversário, qualificou-a de “uma estupidez de alguém que é um pouco ignorante, é o que ele é, mesmo, um pouco ignorante”. Poderia ter parado por aí, mas o Lula modelo 2022 sempre vai em frente. “É aquele jeitão bruto dele, de capiau lá do interior de São Paulo, aquele capiau de Registro, bem duro assim, bem ignorante”. (Errou a cidade: Bolsonaro nasceu em Glicério.) Engatou a terceira marcha e completou o insulto a milhões de paulistas do interior.
“Tem gente que acha que ser ignorante é bonito, e não é”, ensinou o setentão que vive espancando o idioma português e as boas maneiras. “O que é bonito é você ser educado, ser um cara refinado como eu”, gabou-se. Dois dias depois, com medo de reprisar o fiasco na Band, escapuliu do debate no SBT para protagonizar em São Luís do Maranhão a colisão frontal entre o Lula real e o refinado imaginário. Zanzando no palco, o orador que vive lastimando a ausência de coisas que poderia ter materializado nos seus oito anos de governo ressuscitou um exotismo inverossímil: a varanda de 2 metros quadrados que tanta falta faz às moradias populares financiadas pela Caixa Econômica Federal.
“Todo mundo sabe como sou e como ajo no governo”, recitou sempre que alguém lhe cobrava a plataforma mantida em segredo
Na capital maranhense, Lula pareceu definitivamente convencido de que nenhum vivente destes trêfegos trópicos será feliz sem esse espaço tão diminuto quanto indispensável. “Eu até falei pro cara da Caixa: vamos fazer a sacadinha do pum!”, declamou o orador no clímax do falatório que agitaria a internet nos dias seguintes. “O sujeito não está bem da barriga, ele não tem que ficar incomodando a mulher dele, vai pra varandinha fazer as suas coisas”, detalhou. Logo atrás, sua mulher, Janja, desmanchou-se no sorriso de aprovação, imediatamente reproduzido por um bando também risonho. Refinamento é isso aí.
Nada disso ameaçou a liderança do ex-presidiário no Datafolha, no Ibope que mudou de nome e em outros institutos engajados na luta para devolver o poder ao grupo que fez do governo federal uma gazua de dimensões siderais. Nada disso pareceu inquietar jornalistas que passam o dia jurando que Lula vencerá no primeiro turno, mas atravessam a noite rezando pelo sucesso do golpe do “voto útil”, que garantiria a presença do chefe no segundo turno. Quem vê as coisas como as coisas são enxerga com nitidez um populista que, a poucas horas dos 77 anos, está claramente fora de forma. O tom de voz sempre feroz está em descompasso com o conteúdo do discurso — tão pouco profundo que, na imagem de Nelson Rodrigues, uma formiga pode atravessá-lo com água pelas canelas. É difícil imaginar o Lula dos velhos tempos perdendo a calma com o Padre Kelmon durante o debate na Globo, um dos momentos mais patéticos registrados desde o primeiro bate-boca entre homens das cavernas.
HILÁRIO! Padre Kelmon resgata passado corrupto dos governos petistas e o Lula deu CHILIQUE. O debate precisou ser interrompido. pic.twitter.com/NjMznPnKUC
— Vinicius Carrion (@viniciuscfp82) September 30, 2022
Lula atravessou a campanha combatendo em duas frentes. Numa, tentou inutilmente reescrever o passado, que inclui a temporada na cadeia imposta por nove juízes de três instâncias ao criminoso enredado em casos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os dois debates aos quais compareceu demonstraram o malogro dos truques concebidos para transformar bandido em xerife e mocinho em vilão, terceirizar a roubalheira e reiterar que, no faroeste à brasileira, é o fora da lei quem vence no fim. Acuado pelas descobertas da Operação Lava Jato, desprovido de álibis suficientemente criativos para resgatá-lo dos becos sem saída, Lula viu rasgada a fantasia que o tornava portador da alma viva mais pura do Brasil, talvez do mundo. Na segunda frente, aberta para que o candidato chegasse ao duelo de 2 de outubro sem apresentar um programa de governo, a seita que tem num caso de polícia seu único deus foi bem-sucedida.
A rigor, Lula só está comprometido com a exumação do Bolsa Família e a implantação da sacadinha do pum — projeto anunciado na metade de 2010, seu último ano no Palácio do Planalto, e reiterado em dezembro de 2021. “Todo mundo sabe como sou e como ajo no governo”, recitou sempre que alguém lhe cobrava a plataforma mantida em segredo. “O programa sou eu”, poderia ter simplificado. Seja qual for a formulação, eis aí uma informação perturbadora. Em 2003, ele vestiu a faixa presidencial num Brasil libertado do dragão inflacionário e num mundo que seria contemplado com dez anos de bonança na economia. O país e o planeta mudaram. Se Lula continua o mesmo, e pretende agir como agiu, ao eventual regresso ao Planalto se seguiriam crises de proporções sísmicas, como as desencadeadas pelos escândalos do Mensalão e do Petrolão.
A falta de multidões lulistas a fotografar induziu a imprensa camarada a festejar com pompas e fitas a adesão de políticos sem público e artistas sem voto. Colunistas de segundos cadernos têm louvado a bravura da cantora Maria Gadu, no momento em guerra para receber integralmente o cachê reduzido pelo contratante ao saber que a contratada afirmara no palco, aos berros, que Lula é a solução para os problemas do Brasil. Aos olhos de um analista da Folha de S.Paulo, por exemplo, o candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin demonstrou seu poder de persuasão ao incorporar à tribo lulista o ex-deputado federal Fábio Feldmann e três ex-prefeitos paulistas desgarrados do PSDB. Além de Alckmin, renderam-se ao pajé do PT alguns parteiros do Plano Real, que o PT amaldiçoou, Celso de Mello, o ministro do Supremo Tribunal Federal que viu no Mensalão a prova definitiva de que o bando lulista se orientava por um “projeto criminoso de poder”, e o também ex-juiz do STF Joaquim Barbosa, relator do caso. Os dois juízes aposentados talvez tenham encontrado evidências robustas de que o bordel dedetizado em 2012 se tenha transformado no templo das últimas vestais.
O alistamento de ministros enfiados em pijamas pode inflamar o ânimo combatente dos ativistas de toga aquartelados no Supremo e no Tribunal Superior Eleitoral, esse agora onipresente puxadinho do Pretório Excelso. Também por isso Lula pôde dispensar-se de comícios, exonerar outros instrumentos de caça ao voto e reduzir-se a candidato sem programa. Com um antigo campeão de votos emudecido em casa, lutam por ele institutos de pesquisa, meios de comunicação que agonizam urrando e o alto comando da Justiça Eleitoral. Alexandre de Moraes, presidente do TSE e governador geral do inquérito do fim do mundo, escalou Benedito Gonçalves, ministro do Superior Tribunal de Justiça em missão na Justiça Eleitoral, para o papel de capitão do mato concentrado na perseguição de um inimigo comum. Em dias de festa, Lula afaga Benedito com tapinhas na face. Benedito retribui as carícias do padrinho hostilizando Bolsonaro em dias de festa, dias úteis, sábados, domingos e feriados.
Atendendo a um pedido do PT, o corregedor da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, proibiu Bolsonaro de usar imagens do 7 de Setembro em campanhas. Na posse de Moraes no TSE, Lula e Gonçalves, indicado pelo petista ao STJ, se encontraram: pic.twitter.com/2esb55edRR
— Clayton Ubinha (@clayton_ubinha) September 12, 2022
Os sucessivos surtos de arrogância e insolência protagonizados pela dupla erguem um monumento ao abuso por dia. O presidente da República está proibido, por exemplo, de fazer gravações para o horário eleitoral no Palácio da Alvorada. Se o presidente é Jair Bolsonaro, ocupar uma sala do lugar onde mora é uso indevido de patrimônio público. Imagens da visita a Londres para o funeral de Elizabeth II? De jeito nenhum: mais respeito com a falecida. Fotos de Bolsonaro discursando na sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU? Nem pensar: no exterior, o chefe de Estado deve esquecer que a eleição vem aí. A última do Alexandre é coisa de delinquente: ao ordenar aos delegados e agentes da Polícia Federal transformados em guarda particular que grampeassem o telefone do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, o ministro do STF estuprou a privacidade do chefe do Executivo, que usa frequentemente o mesmo celular.
Solto por uma obscena chicana do ministro Edson Fachin, absolvido pelo capinha William Bonner com o aval de Gilmar Mendes, Lula sonha sem vigilância com a censura à imprensa, o restabelecimento da política externa da canalhice e a imediata retomada da parceria promíscua com a Venezuela, a Nicarágua, a Bolívia, Cuba e ditaduras africanas de estimação, a volta das mesadas que engordam o MST, a reestatização dos cofres de estatais hoje em mãos da iniciativa privada, a ladroagem institucionalizada, a derrota política, econômica e moral do Brasil que pensa e presta. O problema é que ainda não foi revogado o artigo 1° da Constituição, e ali fica claro de onde emana todo o poder. As multidões atraídas por Bolsonaro, que apresentou seu plano de governo, podem ser vistas a olho nu e são tangíveis. A campanha eleitoral atestou que Lula esconde o passado, tenta ocultar o futuro e virou um líder sem povo.
Leia também “A pandemia de intolerância”
Augusto Nunes brilhante como sempre.
Como disse Saulo Ramos em seu livro”és um juiz de merda”ao falar sobre Celso de Melo , quem havia indicado ao supremo .De lá para cá , só aprimorou.
Como Augusto Nunes está lúcido e se tornou excelente escritor com com a clareza e objetividade de jornalista
O Augusto Nunes, Fiúza, Ana Paula, Guzzo entre outros, dão sustentação a chama que não ousa apagar, do verdadeiro jornalismo, que informa o fato, relata a verdade sem maquiagem e “fere” quem deve ser ferido. Este jornalismo é o jornalismo respeitado, que dá medo ao pilantra engravatado e satisfaz o bom cidadão.
O Mestre Augusto Nunes nos brinda com mais um dos seus impagáveis artigos repletos de ácidas verdades polvilhadas com homeopáticas e certeiras doses de sarcasmo. De fato, o candidato que não sai as ruas inovou mais uma vez, ao lançar a campanha política virtual, onde tudo se resolve com um simples apertar de botão. Ele sabe que seu menino de recados é o portador da chave que acessa os botões que ele precisa, para “convencer os eleitores” a mudarem seu voto.
Contribuição PARA O SEGUNDO TURNO:
O fenômeno Bolsonaro
Quando na maioria dos países do mundo, a população apenas vai às ruas para reclamar do governante, no Brasil, a população comparece em massa para prestigiar o seu presidente. O que está provocando esse fenómeno, sem precedente na história recente da humanidade?
Ver resposta em https://segundasfilosoficas.org/o-fenomeno-bolsonaro/
Eu gosto de comentar resultados de eleições por 3 motivos: (1) são pesquisas feitas com 100% e não com 2% dos eleitores; (2) têm 100% de confiabilidade e não 95%; (3) e 0% de margem de erro.
Quando me ausentei pela primeira vez para fora do Nordeste (1900 e volts) constatei que o povo das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste tinha como certo que as regiões Norte e Nordeste eram as mais atrasadas, culturalmente.
Como Lula ganhou nessas duas regiões e perdeu nas outras três, ficou a impressão de que ele não vai querer desenvolver a educação nessas áreas, pois, se o fizer, o PT passará a perder em todas as regiões.
Talvez a tática continue sendo oferecer bolsas, mas não de estudos e sim de cacau – exatamente para manter o status quo que o elege.
Estamos aguardando a manifestação do ministério da defesa sobre a integridade das eleições, principalmente, presidenciais. Teremos que ser derrotados no segundo turno para qualquer reação oficial dentro das quatro linhas?
Alerta do UOL de hoje, tentando engajar cada vez mais os militantes do Supremo na campanha de Lula:
Toledo: Se Bolsonaro vence, Senado tem força para derrubar ministros do STF.
A campanha já começou rs
Que tortura,esse roubo eleitoral estava marcado desde que Lula foi descondenado pelo STF.Com apoio integral da câmara , senado e STE.Nossas eleições e nossa liberdade foram tolhidas por ladrões.
Um líder sem povo , mas com HACKER E COM AS URNAS em 1 hora virou votos NORDESTE e o que fez com MINAS!?!? A TÁ
Excelente texto! Parabens por captar tao bem os inumeros deslizes do descondenado que ate um padre de festa junina pos ele no seu devido lugar: Um ex-presidiario!
Excelente artigo, como de costume. Parabéns Augusto.
Augusto, o literato de sempre. Frase magistral: ‘um líder sem povo’ – o que equivale a dizer, ‘um líder fake’. A ‘gangue’ planejou todo o golpe, mas esqueceu de computar um povo pensante nessa equação bandida.
Desde os anos 90 o Lula é candidato. já ganhou duas vezes e deveria ter ficado por aí, no entanto, nossa legislação, extremamente falha, permite eternos anos e anos na presidência da república, basta ter folego e idade para isso. É só se candidatar quantas vezes quiser. Assim como o ex-presidiário envelheceu, a esquerda brasileira também envelheceu, pois “LULA, PT e ESQUERDA” formam um corpo. Um corpo gigante, mofo, velho, cego, cansado e ultrapassado, que não sabe nem que rumo dar ao Brasil “se ganhar as eleições”. Pelo menos não apresentou nada de novo até agora. Este corpo envelhecido está milionário, quiçá até bilionário. Não pertence mais a classe trabalhadora, mora numa mansão muito longe dos seus súditos. Aliás, os súditos não melhoraram de vida, mas ele e seus asseclas sim e muito, apesar de terem passados alguns bocados e serem presos, praticamente todos estão livres leves e soltos, graças as leis e a “justiça” inexistente no Brasil. Hoje, este dito corpo velho está mais para Ipanema/Leblon do que o ABC paulista. Está mais para as pautas originárias de Antônio Gramsci, deixando de lado a classe trabalhadora, bem como os nordestinos, que aliás foram esquecidos, pois o corpo “Lula/PT/Esquerda” deixou obras inacabadas e, incrivelmente, para piorar, não terminou a transposição do Rio São Francisco. incrível, que coisa feia! Precisou aparecer o Bolsonaro, para terminar inúmeras obras no Nordeste, e até no Norte do país, obras estas que consumiram verbas enormes e que agravaram a corrupção desenfreada. Resumo da ópera: Lula foi um sindicalista e nunca foi um intelectual, o que parece querer ser agora. E a meu ver, está mais nesta disputa para os outros grandes interessados (empresas, empreiteiros, banqueiros, artistas, e por aí vai…) do que pra ele mesmo. É milionário, de casamento novo, e muito, muito mais…Foi empurrado a participar desta eleição de 2022.
O descondenado é um ser desmoralizado
Texto para ser repassado na web e distribuído nesta madrugada nas casas de cada brasileiro:
para reforçar o ânimo dos que estão com o voto decidido, clarear a mente dos indecisos e mudar os que estão equivocados.
Parabéns, Augusto Nunes!!! Simplesmente irretocável o texto do senhor.
Vemos uma série de atos e atitudes vindas desta esquerda, apoiadas pelo “judiciário”, que beiram o ridículo ou, muitas vezes, o crime…
As imagens dos ministros (que não fazem por merecer o cargo que ocupam) do sTF (o “s” minúsculo é por minha conta) levando tapas na cara de um ladrão, me deixa a certeza de que estes exercem a pior profissão hoje existente… literalmente se prostituem…
Aliás, uma prostituta que, por circunstâncias da vida, necessita vender seu corpo e, por vezes, se depara com clientes inconvenientes e mal-educados, até mesmo com tapinha na bunda, merece muito mais respeito do que estes seus pares de toga.
Augusto, magnífico o seu artigo! Viralizei nas minhas redes
Ao mestre Augusto Nunes, você é fantástico.
Realmente o Lula é o reflexo dele mesmo. nada.
Brilhante texto. Bom saber que ainda temos uma parte( muito pequena, infelizmente) decente no jornalismo brasileiro.Parabéns!
Augusto: texto simplesmente brilhante.Eu não consigo entender onde estão os eleitores do nine.
Tirando grande parte dos funcionários públicos , administradores de universidades e seus docentes, consórcio de imprensa, artistas fracassados e jovens doutrinados onde está o resto? O Presidente tem mais seguidores nas redes sociais do que esse universo acima . Por isso creio na vitória no primeiro turno.
Não esqueçam. O presidente tem 50 milhões de seguidores nas redes. Esse pessoal vai deixar de votar nele?
Parabéns pelo artigo. Espero que seja lido por.muitos e estes multipliquem esta mensagem Amanhã será a volta pra casa para muitos políticos.
Amem, Augusto. Amanhã veremos, se Deus quiser.
Salutar artigo Augusto Nunes. É preciso manter a lembrança dos males causados pelos políticos inescrupulosos. Não só do PT mas de todos os partidos cujos políticos somente almejam locupletar-se com dinheiro público.
Parte ou tudo, quem sabe, virá à tona ao final do dia 2 de outubro. É só aguardar mais 48 horas!
Ler um texto de Augusto Nunes tem-se a sensação do frio cortante de uma “tramontina” rente à pupila. Para falar de um canalha confesso, de um ser feito de ódio, parte lavrada pela infância cruel, parte por uma boçalidade de um sujeito que rouba até um crucifixo datado do Século XVI ou XVII e pede para sua amante, nomeada Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República em São Paulo, esconder a relíquia numa sala-cofre do Banco do Brasil no andar térreo do mesmo edifício onde reinava Rosemary. Foi só uma amostra do que ele surrupiou da Presidência da República embalados em 11 caminhões-bau da Granero, um dos quais com 37 caixas do melhor vinho que a realeza europeia degusta ao longo dos séculos. Esse deleite que só um “refinado” meliante pode desfrutar, claro, foi abrigado em prateleiras de imbuia farquejadas à mão, ocupando espaço nobre no sítio que “nunca foi seu” em Atibaia. O mestre redator dispensou até reproduzir parte do depoimento de Palloci na Lava Jato em Curitiba. R$ 300 milhões não se manda por motoqueiro. Era o seu ministro, cabia-lhe pegar o pacote de Marcelo Odebrecht e entregar pessoalmente ao Chefe.
Parabéns mestre.
O Biden também não tinha povo do lado dele mas venceu as eleições sem ninguém entender como. Meses depois o Youtube precisou remover a opção de vermos os “negativos” dos vídeos porque o presidente mais votado da história daquele país não tinha sequer apoiadores o suficiente para clicarem em “like” nos discursos dele, pelo contrário, cada vídeo novo relacionado ao governo dele havia uma proporção obscena de “negativos” em relação a “positivos”, um desequilíbrio tão grande que começou a fazer até os mais céticos começarem a pensar se o resultado das eleições realmente retrataram a vontade do povo. Tenho a impressão que vamos ver a mesma coisa no Brasil. Um político sem apoio do povo vai vencer as eleições. Qualquer coisa que despertar a desconfiança do povo depois vai ser censurada com a ajuda amiga da imprensa e da big tech.
Eu estou viajando fora de órbita, eu só não todo povo brasileiro. Importaram essa justiça brasileira de onde, Cuba ou Venezuela?
Perfeito. Esse é retrato do candidato do PT, mas também expressa a decadência moral de uma elite urbana, encastelada na cidade do Rio de Janeiro (jornalistas, artistas globais e cantores da MPB) e em São Paulo (jornalistas, banqueiros e industriais), que menospreza o povo brasileiro.
Concordo com tudo no texto mas preocupa-me o fato de que talvez o psicopata não precise de público: quem tem urnas amigas tem tudo afinal…
PERFEITO!!!!
Sempre excelente e combatendo com ironia e fatos
Nada há a ser acrescentado diante de mais essa aula do ms. Augusto Nunes, que com a maestria que lhe é costumeira resumiu a trajetória do ex-presidiário até aqui e o apoio desvairado dos Ditadores da Toga, que tem a sua quase totalidade colocada lá pela gangue petista cuja retribuição pela “confiança” está sendo obtida agora de modo totalmente inconstitucional, porém, como estão no topo da cadeia alimentar, quem ousa questionar é desmonetizado, desqualificado, invadido e preso. Ditadura é isso, viu sr. baderneiro Caetano Veloso e adjacentes.
Uma correção: O Presidente nasceu em GLICÉRIO, também no interior de São Paulo próximo a Penápolis. E depois se mudou para Eldorado no Vale do Ribeira.
Há uns dois anos, o ex-ministro Delfim Neto declarou pro Roberto d´Avila (se não me engano de entrevistador) que “Lula precisa ser derrotado nas urnas”. Precisa mesmo ministro. Chegou a vez de ele e seus acólitos lamberem feridas eleitoreiras. Só assim teremos a certeza de que o país continuará crescendo e que o Brasil não virará cabine de emprego de petistas. Bravíssimo pelo seu texto, Augusto.
Em algum dos seus livros, Frei Beto teria recomendado a Lula que não se tornasse um Lech Walessa. Nada a ver com a atividade sindical, mas com a quantidade de álcool que permitisse fazer um psicopata sobreviver num vácuo da classe privilegiada de anômalos. Sindicalista e dedo-duro do Dops, famoso como “Barba”, que combinava a greve com a direção da Anfavea, depois fazia um relatório sobre os ânimos dos piqueteiros ao delegado Romeu Tuma. Por essa distorção de caráter (ou a falta de um) Lula fortaleceu seu ressentimento, vítima de foi de um pai alcoólatra e violento. Mas foi o vitimismo que ajudou a criar uma legião de crentes-militantes. A figura do nordestino sofrido o escalou para aquilo que o cientista político Wilfred Reilly em estudos sobre “crimes de ódio” falsos. Sem surpresa, os fraudadores sempre tinham uma mão forte no Pôquer da Vitimologia. A cura para este tipo de psicopatia é só possível quando o falsário moral for confrontado com seu próprio fracasso. Delfim Neto, discípulo que foi do General Golbery, é um expert neste tipo de gente. Por isso temos a chance de curar Lula da sua própria malignidade, dando-lhe uma derrota, acachapante, humilhante.
E uma pensa que o Bolsonaro não perguntou ao Lula se Rosi Noronha era sua amante ou não e como está o processo super sigiloso no STF.
Eu tinha um parente que dizia que o segundo lugar é o PRIMEIRO DOS DERROTADOS. O lugar de Lula, portanto, pelos institutos de pesquisa já está confirmado. Está em Primeiro dos derrotados
Muito boa, Júlio. Gostei.
Excelente.