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Foto: Shutterstock
Edição 155

Dicas para devastar uma economia

Controles de preços, por exemplo, nunca deram bons resultados e jamais poderão funcionar, mas parece muito difícil aprender isso

Ubiratan Jorge Iorio

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A experiência é um processo cumulativo de aprendizagem, em que se sucedem tentativas, acertos, falhas, avanços, recuos, observações e descobertas, que nos capacitam a identificar e reconhecer erros — nossos e dos outros — e impedir que reincidamos neles. Em qualquer campo do conhecimento, o estoque de experiência é formado pelo ajuntamento dos resultados de ações praticadas no passado, tanto as que deram certo, quanto as que se mostraram equivocadas. É como o volume de uma caixa d’água em incessante alteração, em que novas experiências entram continuamente e tentativas frustradas vazam pelo ladrão. Cabe à inteligência, à sensatez, ao amor à verdade e à humildade separar umas das outras e, obviamente, abandonar as que fracassaram.

Na economia não é diferente: os indivíduos (para o próprio bem), assim como as pessoas que integram os governos (supostamente, para o bem comum), precisam discernir entre o verdadeiro e o falso e escoimar o que não funciona, para só então agir com possibilidade de êxito. Há, porém, economistas que, por insensatez, apego a alguma ideologia, desapego à verdade, formação incompleta ou, simplesmente, por orgulho, se recusam a reconhecer os erros — próprios e alheios — e passam a vida martelando, insistindo, reincidindo e persistindo neles, com o artifício retórico de que “dessa vez será diferente”.

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