O que o ator Heath Ledger, o cantor Prince e o lutador Stephan Bonnar têm em comum? Todos tiveram a vida encurtada pelo abuso de opioides. Usados para tratar dores graves, como as causadas por câncer, grandes queimaduras ou traumatismos, esses medicamentos já mataram cerca de 1 milhão de pessoas nas duas últimas décadas nos Estados Unidos. Os opioides são assim chamados por derivarem de uma espécie de papoula, a flor usada para fazer ópio e heroína. Os Estados Unidos estão afundados numa crise sanitária pelo uso abusivo dessas substâncias há pelo menos 20 anos. Calcula-se que, a cada sete minutos, uma pessoa morra por overdose ligada a opioide nos Estados Unidos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) estima que mais de 100 mil pessoas morreram por overdose de drogas no ano passado. Entre essas mortes, cerca de 75 mil foram provocadas por fentanil, um analgésico e anestésico que supera em até 50 vezes a heroína e é cem vezes mais potente que a morfina. Mas, se são assim tão perigosos, como é possível encontrá-los à disposição nas prateleiras de qualquer farmácia?
O fascínio pelas drogas é tão antigo quanto a própria história da humanidade. Dos sumérios aos egípcios, a papoula era conhecida como a “planta da alegria”, usada também para sedação e alívio da dor. Gregos e romanos usavam a substância. Em Odisseia, de Homero, Helena de Troia dá a Telêmaco uma droga chamada nepente, para amainar a dor. Tratava-se de um coquetel de ópio. No século 19, os ingleses viciaram em ópio milhões de chineses. O problema levou a duas guerras entre China e Inglaterra, ambas vencidas pelos britânicos. Por volta do ano 1806, o alemão Friedrich Sertürner conseguiu isolar um ingrediente ativo do ópio e descobriu a morfina — batizada por seu criador de morphium, em homenagem ao deus grego do sono. Na Guerra Civil Americana, em 1861, e mais tarde, nas duas Grandes Guerras, a morfina foi amplamente usada por soldados feridos em combate.
Fábrica de opioides
Com o tempo, a indústria farmacêutica passou a produzir em laboratório uma série de opioides cada vez mais potentes. A oxicodona foi criada em 1917 por cientistas alemães — é um analgésico que possui em sua formulação a tebaína, substância presente no ópio. A tebaína faz parte da composição do medicamento de nome comercial OxyContin, lançado em 1996 pela americana Purdue Pharma, com a promessa de solucionar a dor crônica. A história do remédio que levou à morte mais de 300 mil pessoas só nos Estados Unidos é contada na série O Império da Dor, disponível na Netflix. Cada episódio começa com o relato de uma pessoa que perdeu um familiar por overdose de OxyContin. Em entrevista à revista Veja, o diretor da série, Peter Berg, conta como foi abordar essas famílias. “Foi um pouco assustador, porque anunciamos que estávamos buscando histórias de parentes de vítimas de overdose apenas na área de Los Angeles, sondando pais que perderam filhos para o OxyContin que quisessem nos contar suas histórias”, diz. “Dentro de alguns dias, tivemos mais de 80 famílias nos procurando. Descobrimos que havia algo muito perturbador.”
À época do lançamento, os donos da Purdue Pharma sabiam que estavam diante de uma pílula com alto poder de causar dependência. Mesmo assim, esconderam o fato e investiram pesado em propaganda. As táticas agressivas e antiéticas da empresa para vender o produto milagroso desencadearam uma epidemia de dependência no país. Muitos médicos também foram enganados e prescreviam a medicação sem saber do risco ao qual estavam submetendo seus pacientes. Quando as autoridades de saúde se deram conta da gravidade do caso, o estrago já estava feito. Muitas pessoas se tornaram viciadas e, ao verem sumir o OxyContin das farmácias de uma hora para outra, passaram a usar heroína — uma droga ilícita, sem qualquer controle de qualidade e com alto risco de causar overdose.
Até 2016, o OxyContin havia gerado uma receita de US$ 35 bilhões em vendas. Por divulgar a medicação como um analgésico com baixo risco de vício, a Purdue Pharma faliu, e a família Sackler, dona da empresa, teve de pagar US$ 4,5 bilhões. Mas não foi a única farmacêutica condenada a indenizar a população pelos estragos causados. Em 2021, a Johnson & Johnson e outras três fabricantes de medicamentos firmaram um acordo de US$ 26 bilhões para resolver pendências judiciais.
Prescrição fatal
A recomendação para o uso de opioides no tratamento da dor sofreu uma reviravolta nos anos 1980. Um levantamento realizado pelo médico Hershel Jick, da Universidade de Boston, mostrou que, de quase 12 mil pacientes que haviam sido tratados com opioides em hospitais, quatro se viciaram nesses remédios — ou seja, apenas 0,03%. Só havia um detalhe: o estudo avaliado por Jick foi realizado com pacientes internados em hospital, com uso temporário e controlado da medicação. A indústria farmacêutica ignorou o fato e focou a estatística favorável para vender a imagem de segurança e eficácia desses produtos. Os médicos começaram a receitar remédios que o paciente poderia comprar e levar para casa.
Para quem está em sofrimento, experimentar algumas horas sem dor e ainda sentir o “barato” da droga pode ser uma combinação fatal
Fora da vigilância, a situação degringolou. Afinal, essas substâncias atuam no organismo para bloquear as mensagens de dor para o resto do corpo, promovendo uma sensação de euforia e bem-estar. Um paciente que pediu para não ser identificado contou para Oeste como foi sua experiência com o uso de opioides. Ele sofreu um acidente e fraturou o tálus — um osso localizado no tornozelo, que faz a ligação do pé com a perna. “Cheguei ao hospital com muita dor, a perna inchada”, lembra. “Nunca vou esquecer a sensação de quando me deram morfina. De repente, a dor sumiu.” Para o médico José Oswaldo de Oliveira Junior, neurocirurgião e presidente da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, os opioides apresentam benefícios aos pacientes, mas a prescrição precisa ser racional: “Quando o remédio é mal indicado, o médico apresenta a porta do inferno”, diz.
Com o uso regular, o organismo desenvolve tolerância e há necessidade de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito. Esse aumento gradual pode resultar em dependência. “Quando o paciente toma opioides durante um tempo, as endorfinas, as endomorfinas e as encefalinas, todas essas substâncias que o organismo fabrica naturalmente, são reduzidas em produção”, explica. “Ao interromper o uso da medicação, a pessoa pode ter complicações”. O paciente ouvido por Oeste relata que, depois da morfina, o médico receitou o OxyContin para ser usado em casa no alívio da dor. Em poucos dias, o paciente passou a delirar durante a noite, e apareceram manchas escuras pelo corpo, efeitos da medicação. Ele, então, parou de tomar o remédio. “Passei de dois a três dias suando frio, tive enjoo, passei muito mal. E nunca mais tomei.”
A retirada da medicação deve ser feita com acompanhamento profissional e de modo gradual, para minimizar sintomas de abstinência como agitação, diarreia, cólicas abdominais e calafrios. Para quem está em sofrimento, experimentar algumas horas sem dor e ainda sentir o “barato” da droga pode ser uma combinação fatal. Distinguir o uso médico supervisionado do uso recreativo e compulsivo tornou-se um desafio para as autoridades sanitárias de todo o mundo.
Mercado paralelo de comprimidos
É nesse estágio que estão os Estados Unidos hoje. Por lá, os governantes estão experimentando uma verdadeira “escolha de Sofia”. Médicos, hospitais e farmácias enfrentam pressão para reduzir a prescrição desses medicamentos. Cerca de 8 milhões de norte-americanos dependem dessas substâncias para tornar a dor suportável e lidar com problemas legítimos de saúde. Na outra ponta, as taxas de dependência e de overdose aumentam sem parar. Diante do dilema, o CDC emitiu, em 2016, diretrizes exigindo que os opioides fossem um último recurso e recomendou que a maioria dos pacientes abandonasse esses medicamentos. “Toda a cultura de prescrição de opioides mudou radicalmente em direção à repressão à prescrição”, disse John Kelly, professor de medicina antidependência na Harvard Medical School, em entrevista à revista Newsweek, em agosto de 2023.
Só que a medida resultou em uma nova crise: o mercado paralelo de drogas ilícitas. O fentanil é o opioide mais poderoso e considerado hoje o principal responsável pela onda de mortes nos Estados Unidos, segundo o CDC. Usado originalmente em ambiente hospitalar para sedação e como analgésico, o fentanil é extremamente letal: bastam 2 miligramas para levar a pessoa à morte. Por ter um efeito tão potente, é altamente lucrativo. Os traficantes têm misturado a droga a outras substâncias — como heroína, metanfetamina e cocaína — para ampliar a margem de lucro, tornando-as mais viciantes, mas também mais mortais.
A epidemia de overdoses se agravou ainda mais em razão da prática médica norte-americana: os médicos passaram a prescrever uma quantidade grande de opioides por paciente. O problema é que milhões de comprimidos foram desviados a pessoas que não tinham receita médica. Em 2016, o vice-diretor do Instituto Nacional sobre o Abuso de Drogas estimou que os comprimidos de um em cada cinco pacientes aos quais foram prescritos opioides chegavam às mãos de outras pessoas. Quando a Agência Antidrogas dos Estados Unidos iniciou uma campanha para recuperar opioides prescritos não utilizados em 2010, reuniu mais de 2,4 mil toneladas de comprimidos ao longo de quatro anos. Ou seja, milhões de pessoas foram apresentadas a essas drogas sem recomendação nem acompanhamento médico. “A dependência de opioides tem maior risco de acontecer com um determinado perfil de paciente”, explica a psiquiatra Carolina Hanna Chaim. “Especialmente aqueles que não sabem descrever muito bem suas emoções e pacientes com transtorno de personalidade, como do espectro do narcisismo.”
Um médico bem treinado pode traçar o perfil do paciente e detectar se há alguma inclinação ao vício. “Uma pessoa com dependência de álcool, por exemplo, deve ter cuidado com algumas medicações. Ela pode acabar desenvolvendo uma dependência porque já tem ali um marcador de risco”, diz a psiquiatra. Quando não há esse filtro, pode ser a receita do desastre. Os números deixam isso claro. O uso ilícito de opioides nos Estados Unidos é responsável por quase cinco vezes mais mortes por overdose do que mortes por opioides prescritos, de acordo com o CDC.
Sinais de alerta para o Brasil
O problema de saúde pública nos Estados Unidos já aterrissou no Brasil. Em fevereiro deste ano, a Polícia Federal apreendeu lotes de fentanil nos Estados de São Paulo e do Espírito Santo. Em abril, duas novas cargas foram descobertas no Amazonas. Foi a primeira vez que a polícia brasileira apreendeu amostras desse medicamento. Segundo a investigação, a droga foi fabricada numa indústria farmacêutica localizada no Estado de Minas Gerais. Apesar de poucos dados atualizados para dimensionar o problema no país, um levantamento sobre o uso de drogas no Brasil, publicado em 2019, revela que cerca de 3% dos brasileiros já usaram opioides sem prescrição médica. O estudo mostra, ainda, que as receitas médicas de opioides vendidos em farmácias de 2009 a 2015 aumentaram 465% em apenas seis anos.
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz publicaram, em junho deste ano, um artigo na revista científica The Lancet chamando a atenção para o uso crescente do fentanil no Brasil. Para os especialistas, não há motivo para pânico. Mas é preciso cautela. Eles recomendam investir em pesquisa para acompanhar os padrões de mudança de uso dessas drogas na população brasileira, além de monitorar as apreensões de substâncias. O país também precisa investir na formação médica. “Não temos aumento significativo de prescrição de opioides”, diz Oliveira Junior. “Ao contrário. Convivemos com o subtratamento da dor. A dor no Brasil não é especialidade médica, é uma área de atuação. Ainda estamos formando pessoas”, explica o presidente da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor. No Brasil, quatro em cada dez pessoas sofrem de alguma dor crônica — que persiste por mais de três meses. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tratamento da dor deve respeitar um escalonamento, que inclui analgésicos, anti-inflamatórios, remédios adjuvantes (substâncias que apresentam um efeito analgésico secundário) e opioides (fracos e fortes). Atropelar etapas pode expor o paciente a riscos desnecessários. Além disso, outras terapias, como fisioterapia e acupuntura, podem e devem ser indicadas para alívio da dor, antes de partir para analgésicos potentes.
A situação no Brasil é muito diferente da presente nos Estados Unidos. No entanto, a experiência dos norte-americanos pode evitar que a tragédia se repita aqui. Por lá, motivada pelo fentanil, uma nova onda de leis vem endurecendo as penas para quem é pego com essas substâncias. Em 2022, procuradores-gerais de 18 Estados enviaram carta ao presidente Joe Biden pedindo que o fentanil fosse declarado “arma de destruição em massa”. Só em 2023, 46 dos 50 Estados americanos já implementaram leis para aumentar as penas para crimes relacionados ao fentanil, e algumas preveem até pena de morte para traficantes. No Brasil, o tráfico de drogas ainda se concentra em três produtos: maconha, cocaína e um derivado, a pasta-base — matéria-prima do crack.
Enquanto nos Estados Unidos a prescrição de opioides como analgésico é relativamente comum, no Brasil a regulamentação é muito mais rígida e também mais cautelosa. “São medicamentos que só são liberados com uma notificação amarela, preenchida pelo médico e fornecida pela vigilância sanitária”, explica Danyelle Marini, farmacêutica e diretora tesoureira do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. “A farmácia precisa preencher um relatório mensal e informar as vendas para controle das autoridades de saúde. O controle no Brasil é muito maior, não só na prescrição do produto acabado, como na liberação da matéria-prima para fabricá-lo. E a Anvisa, neste ano, intensificou esse controle da matéria-prima”, afirma a farmacêutica.
Alívio para quem precisa
Toda a discussão em torno da dependência e dos riscos dos opioides é válida, mas seu uso não pode ser demonizado. A desinformação e o preconceito acabam punindo quem realmente precisa desses remédios. Nos Estados Unidos, pacientes com dores intensas estão com dificuldade para adquirir opioides prescritos. “O pêndulo oscilou muito para trás em termos de todos colocarem freios na medicação para dor”, diz John Kelly, de Harvard. Tanto que o CDC revisou, em 2019, as diretrizes recomendadas no ano de 2016, alertando aos profissionais para ter cuidado na redução ou interrupção desses medicamentos em pacientes crônicos. A psiquiatra Carolina Chaim também pede cautela. “Às vezes, o alarde em torno do tema é tão grande que o paciente que está em cuidados paliativos, em sofrimento, tem dificuldade de ter acesso à medicação para ter uma morte assistida menos penosa.”
Só quem convive com a dor entende o desespero e a esperança que brotam ao surgir qualquer promessa para aliviar o sofrimento. Nem todo mundo que toma um opioide vai se viciar. Com indicação adequada e uso controlado, as medicações para atenuar a dor são bem-vindas e até indispensáveis para trazer qualidade de vida aos pacientes. Mas a escalada trágica do uso de opioides nos Estados Unidos acende um alerta. O criador da morfina parecia antever o caos. Alguns anos depois da descoberta, Sertürner resolveu testar a substância em si mesmo. Com base em sua experiência, advertiu: “Considero meu dever chamar a atenção para os efeitos terríveis dessa nova substância a fim de que uma calamidade possa ser evitada”. O caos em alguns países já se instalou.
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Parabéns Paula! Muito importante o seu artigo sobre o risco do opioide. Fica o alerta.
Parabéns pela matéria Paula!Mostrou os riscos do abuso e ressaltou a importância do uso criterioso dos opioides.
Sou médica com formação em Cuidados Paliativos e um dos desafios que enfrentamos é justamente a resistência do paciente e familiares quando a morfina é indicada para alívio de dor.E,sim,no Brasil o controle é bem feito pelos orgãos compententes.
Não sabia que está havendo tráfico de FENTANYL entre nós.Há que se ter uma vigilância e pronta ação no combate a esse tráfico.No meio de uma tragédia já existente causada pelas outras drogas.
Jornalismo de verdade só se vê na Oeste!
Persistam!Alíás sei que vão persistir!Precisamos de vocês.
Abraço a toda essa equipe maravilhosa!
Elizabeth Penido-Belo Horizonte
Este artigo repleto de informações importantes que deveriam ser encontrada com mais facilidade dada sua relevância na prevenção de muitas mortes. No Brasil, com a escalada do mundo das drogas, com certa complacência de muitas famílias , com a benevolência de nossa justiça com relação a estes crimes e com um certo desleixo pela área médica e pelo poder público mais pessoas deveriam conhecer este conteúdo tão bem feito. Acredito que deveria ser jogado nas redes sociais para proliferação deste bem que ela faz. É um texto que deveria ser material didático não só da área de medicina. Mas de todos os cursos a partir do ensino médio. Parabéns pelo conteúdo e pela forma tão didática como foi feito.
Temos que ter cautela ao regular isso. Eu uso opioide prescrito pelo médico com receita, quando necessito. Tenho sempre em casa para emergência. Sou alérgico a dipirona e a paracetamol.
Parabéns Paula Leal pelo artigo e pelas preciosas informações na crise dos opioides. Essa realidade não atinge apenas os EUA, mas também o Canadá. Todos os medicamentos derivados do ópio são viciantes e seu uso deveria estar restrito à ambiente seguro em hospitais sob supervisão médica. Documentários e depoimentos pessoais demonstram.a dura vida de quem abusa dessas substâncias, são extremamente viciantes. As indústrias farmacêuticas nos EUA facilitaram o uso do fetanil e outras substâncias derivadas do ópio em clínicas. Quando os pacientes não tinham mais acesso às receitas partiam para s procura ilícita, daí a epidemia que presenciamos em alguns países. Morfina,heroína e fetanil causa dependência química e psicológica,,assim como outras drogas. No Brasil a epidemia não chegou devido ao alto custo dessas substâncias, o crack é mais acessível. Fiquei feliz em ler sua matéria na Revista Oeste. Fica o aviso.
Parabéns Paula Leal pela matéria e esclarecimento em relação à todos os medicamentos derivados do ópio. São extremamente viciantes e depois da sensação da primeira dose de alívio,a tendência de buscar novamente é grande. Esses remédios descritos por você nesse artigo, deveriam apenas ser administrados em hospitais sob supervisão médica. EUA,não seguiu as regras e as farmacêuticas facilitaram seu uso fora de um ambiente extremamente protegido. No Canadá ocorreu o mesmo,existem relatos reais e muitos documentários sobre o abuso de heroína fetanill e derivados sintéticos, geralmente exportados ilicitamente pela China.Essas drogas não foram ainda disseminadas no Brasil por causa do custo,uma pedra de crack custa dez reais e uma dose de heroína ou fetanil por volta de reais mais de quatrocentas reais. São muito utilizadas nos EUA e Europa. Porquê os anestésicos utilizados para cirurgias em hospitais são restritos,pois contém várias substâncias, entre eles a morfina e outros.
Fico feliz de ler essa reportagem na Revista Oeste, aviso importante.