Dezenas de milhares de carros abandonados. Enferrujados. Suas pinturas perdendo a tonalidade. Cercados por ervas daninhas. Carcaças que se tornaram refúgio de animais silvestres. E, para piorar, baterias de lítio — com seus componentes altamente tóxicos — em fase de decomposição.
Esse espetáculo sombrio é visto atualmente em um cemitério de automóveis elétricos localizado em um terreno baldio na cidade de Hangzhou, perto de Xangai, na China. O local é ponto de descarte para um enorme número de veículos produzidos por montadoras chinesas.
As necrópoles de carros movidos a eletricidade começaram a aparecer em fotos e vídeos na internet. Algumas foram desocupadas pelas autoridades locais para evitar a imagem negativa desse tipo de veículo. Mas continuam sendo uma representação impressionante dos excessos de um setor que cresceu graças a generosos subsídios públicos e criou uma gigantesca bolha de oferta de produtos que, num curto período de tempo, se revelaram obsoletos. Aquilo que deveria ser a vanguarda do “transporte limpo” se tornou um macabro monumento ao desperdício.
Grande parte desses carros elétricos foi abandonada depois de poucos meses de uso. Por causa da falência das fabricantes, ou à medida que as montadoras lançavam veículos mais modernos e com maior autonomia de condução, os antigos foram sendo substituídos. Como era praticamente impossível vendê-los como usados — justamente por causa da falta de peças ou da baixa autonomia —, acabaram criando enormes lixões de ferro e lítio a céu aberto.
Agora os veículos elétricos estão prestes a desembarcar no Brasil em peso. A chinesa BYD, maior produtora de veículos a bateria do mundo, anunciou a construção de uma fábrica em Camaçari (BA), na antiga planta da Ford, abandonada pelos norte-americanos em 2021.
Além da euforia do mercado com a novidade, muitos analistas se questionam se os carros elétricos são a melhor solução para a mobilidade individual no Brasil. Ou se os custos — inclusive ambientais — continuarão muito superiores aos ganhos. Fazendo desses veículos apenas instrumentos de propaganda ambientalista e de estratégia geopolítica.
Negócio da China
A indústria dos carros elétricos mundial surgiu e sobrevive única e exclusivamente na base de subsídios públicos cavalares. Diferentemente da indústria automotiva tradicional, sem dinheiro do governo ela não se sustenta.
Entre 2016 e 2022, o governo chinês gastou mais de US$ 57 bilhões para estimular o surgimento de uma indústria local de carros elétricos. Um valor cerca de cinco vezes maior do que o governo dos Estados Unidos gastou no mesmo período com o setor, e que não inclui incentivos dos governos provinciais e locais.
Os recursos colossais permitiram a abertura de centenas de fabricantes de automóveis eletrificados no país. Alguns se tornaram players de mercado. Outros não passaram de meras startups que se lançaram na aventura, não obtiveram o sucesso esperado e contribuíram para criar os enormes cemitérios de veículos a bateria.
Com tanto dinheiro na mesa, a China se tornou líder mundial no setor. Em 2022, produziu cerca de 6 milhões de veículos elétricos e híbridos. A previsão para 2023 é de cerca de 9 milhões de unidades. Existem aproximadamente cem montadoras do tipo no país asiático. E um em cada três carros novos vendidos no mercado local é elétrico. Com isso, a China concentra hoje 60% de toda a frota elétrica do planeta.
“Há cerca de uma década, a China fez uma escolha clara: optou pelo elétrico para tentar criar uma indústria automotiva própria”, explica Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). “Diferentemente dos japoneses ou dos coreanos, que passaram décadas tentando imitar os carros a combustão europeus ou americanos, os chineses simplesmente decidiram pular essa fase e foram direto para o carro movido a bateria. Com isso, atingiram um nível de sofisticação e excelência superior aos concorrentes.”
O problema é que a China tem hoje uma capacidade produtiva muito maior que a demanda interna. Por isso, as montadoras chinesas estão de olho em outros mercados para escoar a produção. Um dos principais é o Brasil.
A chegada do dragão
A chegada da BYD ao Brasil marcou a primeira abertura de uma planta da empresa chinesa no exterior.
“A BYD vai produzir exclusivamente veículos elétricos, sem combustão de nenhum tipo”, afirma Alexandre Baldy, ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades do governo Jair Bolsonaro, agora presidente do conselho da BYD no Brasil. “Queremos transformar o Brasil em um hub de exportação para a América do Sul e outras regiões do mundo.”
A BYD disputa com a norte-americana Tesla a liderança mundial dos veículos elétricos. A empresa quer fabricar no Brasil 150 mil exemplares por ano em 2025, podendo chegar a 300 mil em um curto período de tempo.
O mercado brasileiro, contudo, é muito menor do que o chinês. Para se ter uma ideia, em cada um dos cemitérios de carros elétricos da China são abandonados mais veículos do que a totalidade das vendas dessa categoria no Brasil durante um ano inteiro.
Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em 2022 foram vendidos no Brasil 8.440 veículos elétricos, ante cerca de 2 milhões de modelos tradicionais — ou 0,4% do total. De janeiro a agosto deste ano, foram comercializados menos de 6 mil carros elétricos, ante cerca de 1,5 milhão de automóveis tradicionais. Mesmo com um crescimento de mais de 100% ao ano, será necessária mais de uma década para absorver toda a produção prevista pela BYD. Sem contar a concorrência de outros fabricantes.
Mas para a BYD é apenas uma questão de tempo. Segundo a fabricante, o pátio automotivo brasileiro vai se eletrificar rapidamente. “Estamos abrindo o mercado”, acredita Baldy. “Criando uma rede de concessionárias expressiva e robusta para dar suporte para as compras. Não temos dúvida de que o futuro do Brasil serão os carros elétricos.”
Apesar do otimismo, existe uma série de questões que podem colocar em xeque a previsão. E o preço elevado é só uma delas.
Revolução para ricos
Os carros elétricos são muito mais caros do que os carros tradicionais. Hoje, o modelo mais barato da BYD chega a custar quase R$ 150 mil. Mesmo se a montadora trouxer para as estradas brasileiras um modelo mais econômico, dificilmente conseguirá baixar o preço para menos de R$ 100 mil.
Num país como o Brasil, onde a renda média é de cerca de R$ 1,5 mil, comprar um veículo desse valor é praticamente impossível para o cidadão comum. Não só pelo preço de compra, mas pelos custos adicionais, como IPVA, manutenção e seguro, que acabam se tornando mais caros, pois são proporcionais ao valor do veículo.
Esse é um problema comum a muitos outros países. Não por acaso, o CEO da Renault, Luca de Meo, chegou a declarar que “os carros elétricos são uma revolução para os ricos. São necessárias fontes críveis que expliquem suas vantagens e seus limites”.
“No Brasil, do ponto de vista econômico, não faz muito sentido comprar um carro elétrico hoje”, observa o executivo de uma grande montadora europeia que preferiu não se identificar. “Se colocar os custos e os benefícios na ponta do lápis, é evidente que a conta não fecha. Essa é uma tendência para moradores de grandes cidades, com poder aquisitivo elevado e consciência ambiental. Ou que querem parecer descolados.”
Os carros elétricos precisam de uma rede de infraestrutura gigantesca. A principal demanda são pontos de carregamento espalhados pelas rodovias. A pergunta é: quem vai pagar a conta?
A mesma realidade pode ser vista na Europa, onde o preço dos carros elétricos é bastante elevado, e as vendas só ocorrem graças a generosos incentivos fiscais. Dessa forma, os governos europeus acabam realizando políticas economicamente regressivas, favorecendo os mais ricos.
Os carros serão para poucos
Aparentemente, o verdadeiro objetivo dessa “revolução dos ricos” não é mudar o paradigma do setor automotivo, mas limitar a mobilidade particular. “Já que o problema do aquecimento global nunca poderá ser resolvido substituindo o motor endotérmico com aquele elétrico, a única solução é reduzir o número de carros particulares em 75%, pelo menos nas grandes cidades”, concluiu um relatório recente do Fórum Econômico Mundial de Davos.
Ou seja, a cada quatro carros, três deverão desaparecer. O automóvel voltará a ser um artigo de luxo só acessível para poucos privilegiados. E isso já está acontecendo em várias cidades europeias, onde uma série de restrições cada vez mais duras estão sendo impostas à população. Entre elas, a proibição de ingressar nos centros urbanos com carros poluentes. Ou a limitação da velocidade permitida a 30 quilômetros por hora.
Tensões entre montadoras
No Brasil começam a surgir tensões entre as montadoras tradicionais. Principalmente contra a chegada de carros elétricos chineses.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) está pressionando o governo para que acabe com a isenção de impostos sobre a importação de veículos elétricos. Márcio Leite, presidente da entidade, criticou a “invasão de produtos asiáticos, principalmente da China” na América Latina.
“Investem para montar 100 mil veículos, mas vão trazer 500 mil”, afirma Leite, salientando que nenhuma montadora no Brasil vende tantos veículos por ano. A BYD já é líder de vendas no Brasil, com mais de 50% do total de carros elétricos comercializados no país. Todos importados da China.
A União Europeia (UE) anunciou medidas contra os fabricantes chineses de carros elétricos, acusando Pequim de dumping (comercialização de produtos a preços abaixo dos custos de produção com o objetivo de eliminar a concorrência). “Os mercados globais estão inundados com carros chineses a preços mantidos artificialmente baixos por subsídios públicos maciços”, acusa Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. “Isso distorce a concorrência no nosso mercado.”
Quem pagará a infraestrutura?
Além disso, os carros elétricos precisam de uma rede de infraestrutura gigantesca. A principal demanda são pontos de carregamento espalhados pelas rodovias. A pergunta é: quem vai pagar a conta?
Na Europa, os governos estão gastando bilhões para construir uma rede de carregadores elétricos espalhados em todo o território nacional. Com uma área de pouco mais de 350 mil quilômetros quadrados, a Alemanha tem cerca de 60 mil pontos de carregamento. No Brasil, são apenas 3,2 mil para atender a um país continental com mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Para que os carros elétricos se tornem um meio de transporte viável, seriam necessários no mínimo 150 mil eletropostos de recarga espalhados por todo o território brasileiro. Um custo de R$ 14 bilhões que alguém vai ter que pagar.
A autonomia dos carros elétricos, de cerca de 300 quilômetros, permite atravessar de ponta a ponta quase todas as nações do Velho Continente. No Brasil, isso é impossível.
Sem contar que existe o risco de o sistema elétrico nacional não comportar uma demanda tão grande de energia elétrica. A Agência Federal das Redes Elétricas alemã (Bundesnetzagentur) já avisou que o entusiasmo com os carros elétricos pode deixar bairros inteiros de grandes cidades na escuridão. Por causa do excesso de recargas, a maioria realizada durante o período noturno, a operadora elétrica da Alemanha do sul, TransnetBW, pediu oficialmente para os cidadãos reduzirem o consumo energético durante a noite e não excluiu um racionamento a partir de janeiro de 2024.
Problemas ignorados
Além disso, começam a surgir denúncias sobre defeitos e problemas apresentados por carros elétricos. A Reuters revelou a existência na Tesla de uma equipe especializada em “cancelar qualquer reclamação por parte dos clientes”. A empresa de Elon Musk teria divulgado nos Estados Unidos dados mais otimistas do que a realidade em relação à autonomia das baterias, que teria sido muito menor — até mesmo a metade — do que a declarada. A Tesla teria criado algoritmos no painel de seus veículos para alterar as informações apresentadas para seus clientes.
Os usuários já estão sentindo na pele os efeitos da situação. Na Noruega, a insatisfação de proprietários de veículos da Tesla os levou a iniciar uma greve de fome para chamar atenção sobre os problemas dos carros elétricos e a falta de atenção da montadora norte-americana. Várias celebridades aderiram, como o ator e escritor Erlend Mørch. A resposta de Musk veio pelo Twitter, sarcástica: “Aconselhado por um bom amigo, faço jejum periodicamente. Me sinto muito melhor”.
Não é surpreendente que na Holanda, um dos centros da transição verde, uma pesquisa da VZR tenha mostrado que 25% dos proprietários de carros elétricos querem voltar para os motores térmicos. Na França, cerca de 50% da população também não quer um carro elétrico. Ceticismo similar na Alemanha e na Noruega. As razões para esse descontentamento são as mesmas em todos os países: longo tempo de recarga e preocupação com a autonomia.
Teoricamente, as baterias dos carros elétricos duram cerca de 35 anos e, depois disso, o plano é usá-las como geradores de emergência para edifícios comerciais e residenciais. Acontece que isso nunca foi feito, já que os carros elétricos não atingiram nem a maioridade. Na prática, ainda não se tem a menor ideia do que será feito com todo esse lixo de lítio, níquel e cobalto.
Por que não o híbrido flex?
Muitos especialistas do setor automotivo começam a questionar se, pelo menos para o Brasil, a melhor solução para uma mobilidade sustentável não seria o híbrido flex, ou seja, movido a etanol e a eletricidade — e não o carro 100% elétrico.
Um recente estudo feito pela Stellantis, dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, mostrou que carros movidos a etanol no Brasil poluem menos do que os modelos elétricos. Isso vale especialmente na Europa, onde a matriz energética é em grande parte baseada no carvão, gás ou petróleo. Ou seja, para recarregar o carro elétrico, o europeu acaba produzindo mais poluição na fonte.
Não por acaso, o CEO da Stellantis, o português Carlos Tavares, chegou a declarar que “o brasileiro não precisa de carro elétrico”. Sem contar que há uma questão de domínio tecnológico nesse âmbito, uma vez que as fabricantes chinesas não sabem produzir carros híbridos flex.
“Cada empresa oferece os carros que sabe produzir”, explica um executivo do setor automotivo. “Os chineses não detêm a tecnologia de híbrido flex, por isso insistem em um carro exclusivamente elétrico. Mas eles querem aprender a fazer isso. Esse é um dos motivos pelos quais vão construir um centro de pesquisa e desenvolvimento em Salvador. Quem sabe até para exportar essa tecnologia híbrido flex, junto com o etanol, para outros países.”
Faltarão baterias
Por último, o mercado se prepara para uma possível escassez de lítio, fundamental para a produção de baterias de automóveis elétricos. Cada uma requer cerca de 8 quilos (17 libras) de lítio, além de cobalto, níquel e outros metais. No ano passado, a produção global de lítio foi de cerca de 143 mil toneladas. Isso significa que o mundo consegue produzir, no máximo, cerca de 16 milhões de baterias de carros elétricos por ano. Em 2022, contudo, foram comercializados quase 70 milhões de automóveis.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIEA), um carro elétrico requer seis vezes mais materiais raros do que um carro tradicional. E 70% desses minerais vêm da China e do Congo. A eletrificação maciça dos veículos deixaria o mundo dependente de um regime comunista e de um país africano cronicamente instável desde sua independência, em 1960. Isso tudo terá uma única consequência: custo maior para o consumidor. Além de não resolver problemas ambientais.
Leia também “Bomba fiscal no horizonte”
Em resumo: o ser humano é muito imbecil mesmo.
A China quer despejar o seu lixo no Brasil. É evidente sob qualquer ponto de vista, que o Brasil não precisa de carros elétricos. O Brasil planta combustível, o etanol, que é fonte renovável. Não terá eletricidade para carros elétricos, não terá mercado para pagar o preço. A matéria é bem escrita e mostra todos os pontos negativos.
Se você comparar a poluição gerada por 1 litro de gasolina com a gerada por 1 litro de álcool. Realmente o álcool “polui” quase a metade. A pegadinha é que teu carro percorre quilômetros não litros. E o alcool rende bem menos que a gasolina. Exemplo digamos que teu carro faça 20km por litro de gasolina(sim estou sendo otimista) o carro à álcool talvez faça 16km por litro. Num percurso de 100km vc gastaria 5 litros de gasolina ou 7 litros de álcool. A situação só piora com os motores “flex”
Mas o alcool poluimuito menos
A única qualidade dos carros elétricos é que eles fazem os carros à alcool parecerem menos ruins.
Perfeita abordagem. Como engenheira tremo até na alma só em escutar sobre o assunto.
Isenção de impostos para produtos chineses e aumento de impostos para os produtos brasileiros. Esse é o globalismo do governo atual?
Toda nova tecnologia tende a ter um custo elevado no começo. Depois costumar cair consideravelmente. Agora gostaria de entender como uma casa com painéis solares que recarregam tranquilamente a bateria de um carro elétrico e com uma bateria com 8 anos de garantia (BYD) vai poluir mais do que um carro a combustão????
Pesquise como a energia é produzida, por exemplo, na Europa.
Excelente reportagem, esclarecedora, bastante assertiva e além disso, mostrou claramente que a China aparentemente deu um tiro no pé.
Muito blá, blá sem conhecimento técnico científico. Desses que são contra os carros elétricos, perguntem a eles qual é a eficiência de um motor a combustão interna e um elétrico, o primeiro na ordem de 34% e o segundo da ordem de 98%, olha só a gigantesca diferença. Problemas de descarte de bateria, sim vai ter, mas para isso existe tecnologia, foi assim na criação da humanidade, no último dia em que Deus criou o universo se deparou que o homem, criado a sua imagem , urinava e defecava, portanto altamente poluidor. Como Deus resolveu isso? , dando inteligência ao homem , que através da tecnologia desenvolveu as ETE ( Estação de Tratamento de Esgoto). Simples assim!!!!!
Impossível ler os comentários. Este siteprecisa de muitas melhorias
Está ficando evidente que o carro elétrico não é a solução para melhorar as condições climáticas. Os problemas já começam na fabricação das baterias, com a exploração das fontes de matérias-primas para as baterias, segue com as fontes de produção de energia elétrica, que usam carvão, diesel, fontes altamente poluidoras, descarte de baterias e veículos usados. Enquanto que, veículos que usam o etanol como fonte de propulsão, usam combustível de fonte renovável, que ainda contribui com o meio ambiente, ao retirar carbono da atmosfera. Simples assim. É hora de por o freio nessa neurose e repensar essas políticas.
A única coisa errada com carro elétrico no Brasil é a ORCRIM e a relação Lula-China. Carros “populares” a combustão com as onerosas exigências ambientais e de segurança ditadas no 1º mundo, gerando motores caros, ABS, airbag etc., já ficaram fora de alcance dos miseráveis salários brasileiros há muito, estão elitizados, “quem paga a conta” destes térmicos atuais? E mais, os atuais “baratinhos” usados não permitem retífica nos motores, que para atenderem as exigências evoluíram para um estado crítico: qualquer problema estrutural por sobreaquecimento ou óleo errado, viram sucata! Ou seja, quem só tem grana para usados ainda cai em armadilhas! Uma bateria de sódio em desenvolvimento muda toda a lógica do artigo no quesito poluição e metais raros. Com esse sol de rachar o Brasil deveria ser líder nessas pesquisas. O mesmo nosso sol abundante que faz a cana crescer pode energizar fazendas de placas solares de baixo custo que o Brasil nunca colocou no mercado! Estamos sempre atrasados com nossas universidades ideológicas descoladas de nossas necessidades e governos cleptocratas segundo Gilmar Mendes. Bolsonaro/Guedes foi um ponto fora da curva, um sonho, mas deixamos os neandertais voltarem e trazendo a China junto.
Ótima matéria, super esclarecedora ! Mais pessoas deviam ler, antes de falar bobagens
Dificil ler os comentários porque a cada nova postagem some o que vc estava lendo
A conta não fecha. Esse texto só reafirma o que penso a muito tempo, não é viável fazer a bateria, nem recarregá-la e muito menos descartá-la. Essa empolgação com carro elétrico tem mais a ver com narrativa do que com sustentabilidade e natureza. Vou continuar com meu carro a combustão enquanto eu puder já que como estão indo as coisas por aí, em breve estaremos sendo obrigados a sermos “ecológicos”.
É um assunto complexo. Tenho bons olhos para carros elétricos, especialmente da Tesla, e ao mesmo tempo compactuo com o uso massivo de etanol.
Já essa BYD, tô fora, ainda mais agora que chegou aqui para desembarcar uma fábrica em conluio com o governo comunista da Bahia.
Uma ideia de “jerico”…acabo de voltar de uma viagem de 22 dias pela Itália…meu carro é à gasolina…não conseguiria fazer a mesma viagem se fosse elétrico. Não tem ponto de recarga no interiorzão da Itália em todo lugar. 30% da matriz energética européia é carvão. Então que energia limpa é essa que move o carro? A energia elétrica que move o carro é a mesma do meu fogão e do aquecimento. Mais carros elétricos e vai faltar energia, ou subir o preço. Ou seja, vou pagar mais para cozinhar para sustentar carros. E que não me venham com essa bobagem de aquecimento global de origem antropogênica para justificar (aí seria outro post). E por favor, façam as contas antes de falar dessa outra porcaria chamada etanol. O preço da gasolina no Brasil é mais caro do que seria se não fosse por esses abusivos 27% de etanol na mistura. Aqui na Europa é só 5%.
Um carro hibrido/bicombustível seria perfeito.
Tenho um eletrico e estou muito satisfeito. Acho que isso é papo de quem sabe que vai perder mercado, e fica querendo se justificar.
Você faz parte da ala dos ricos, conforme a reportagem citou.
Muito interessante essa reportagem!!!
Essa matéria foi escrita pela Única, aquela associação dos produtores de açúcar e álcool? Só vi o lado negativo nessa história e nenhuma perspectiva futura positiva para o carro elétrico. O fato é q o carro elétrico não gera nenhum tipo de emissão e o híbrido a etanol gera e essa emissão é prejudicial à saúde. A ainda um longo caminho para o aperfeiçoamento das baterias q logo serão de estado sólido e utilizarão menos materiais nobres. A questão da fonte de eletricidade, q é sempre colocada, também está em evolução em todos os países desenvolvidos. Além das fontes renováveis de energia, q continuam crescendo, leiam sobre o retorno da fissão nuclear e o começo da geração de eletricidade por fusão nuclear. Sobre as baterias, há inúmeros vídeos na internet sobre o uso das baterias de carros usadas em residências. Combinado com geração residencial solar, isso pode dar numa combinação e payback muito bom. Comparar o preço desses carros à renda média do Brasileiro é desonesto, já q os carros a combustão tb são caros e inacessíveis ao povão. O problema aí não está no custo do automóvel, mas na renda do país q insiste em se manter pobre. O mundo inteiro está indo na direção do carro elétrico e o Brasil vai ficar muito para trás se não embarcar nessa também. Sim há subsídios no início, mas isso até q a indústria atinja escala de custos e comece a baixar preços como a Tesla fez no início deste ano. Ficou evidente q a matéria fez propaganda de um tipo obsoleto de tecnologia.
perfeito. lobby a vista, matéria patrocinada.
Parabéns por ampliar ainda mais nossos conhecimentos. Aqui na Europa 🇦🇹 este tema tem causado também muitas polêmicas.
Estou pensado nos primeiros donos de charretes reclamando dos primeiros automóveis a combustão . A mudança da matriz energética faz parte da evolução . Estamos no combustível fóssil há mais de 100 anos . De todas as reclamações que li , achei a melhor a solução a dos transportes coletivos em detrimento dos individuais , como hoje já ocorre com os Aviões e em 100% com o transporte ferroviário . Claro que o transporte individual será limitado , pir uma série de motivos , mas essa matéria é tendenciosa.
Os Comunas primeiro vão sentir é na mão de obra baiana que é deplorável e depois na fama desses produtos chinesas porcarias, vão precisar de muito subsídio e ajuda dos Petralhas.
Nunca consegui entender por que o mundo não aderiu ao etanol, já que está tão preocupado com o ambiente.
O Brasil não precisa de carros elétricos, estamos na Vanguarda do combustível em relação ao etanol
fico aqui pensando no que está por traz de tudo isso.
Fico pensando no que está por trás de tudo isso.
Bota Paulo Guedes pra resolver essa parada só ele entende de economia e desenvolvimento
A energia elétrica é sem dúvida a que produz o melhor motor. Isto é o que nos mostra a Física com muita clareza. Todavia este tipo de energia só é possível ser armazenado através de baterias e estas até o momento são um desastre, inclusive para meio ambiente, tanto na mineração de componentes como no descarte. Então enquanto a tecnologia não descobrir outra maneira de armazenar eletricidade o carro elétrico será um MICO. Os antigos bondes, ônibus elétricos eram muito superiores a qualquer veículo movido a combustão no quesito MOTOR, mas a energia elétrica chegava neles através de fios – um limitador brutal. Idem para o trem elétrico. Em suma: motor elétrico é disparado o melhor, mas bateria é coisa que precisa evoluir muitas décadas ou quem sabe inventarão algo bom e eficaz. Quem gosta de MICO é zoologista, ecologista, ambientalista e coisas desta ordem.
Reportagem excelente
PARABÉNS PELA MATÉRIA, MAS MUITOD ESCONDEM A VERDADE E O CARTEL DO PETRÓLEO E DO ETANOL TAMBÉM NÃO GOSTAM DA INICIATIVA. OS CHINESES QUEREM O PODER PARA DOMINAR O PLANETA
Falar de mobilidade sustentável e citar somente carros, ainda que movidos por etanol, é um discurso pobre para dizer o mínimo. Para se falar em mobilidade sustentável tem que se adicionar a discussão o investimento e uso racional do transporte coletivo, do transporte de massa, isso sem falar na mobilidade ativa, ou seja, a pé que melhora a saúde e a qualidade de vida da população. Onde está a discussão sobre o uso de bicicletas? Ou ainda melhor, o uso intermodal ou misto de transportes, que hoje se mostra como uma excelente solução em cidades inteligentes. Vamos ampliar o debate.
Transporte coletivo, superlotado, as pessoas se esfregando uma na outra, pois não tem espaço. “Boa solução”.
Sou fã do etanol desde a década de 1970. Carro elétrico aqui no Brasil? só para “aparecer”.
Nas matérias como essa, sobre o carro elétrico, nunca se aprofunda sobre a bateria, ou seja, quanto ela dura, como funciona uma bateria, qual o custo de sua substituição por uma nova, o que acontece com ela no processo de descarregar, carregar, o que fazer quando ela encerrar seu ciclo de vida. Parece que o depósito de carros mostrado no vídeo é de veículos com bateria vencida e o custo para substitui-la é maior que o valor do carro, que então vai para o lixo.
NAO FIQUEM PREOCUPADOS, A SOLUÇAO JA ESTA SENDO APLICADA.
CONTINUEM VIVENDO NOS TEMPOS DAS UTOPIAS E MENTIRAS.
JA FOI DESENVOLVIDO UM SISTEMA DE CREMAÇAO MAIS RAPIDO E EFICAZ.
A mensagem das Pedras-Guia da Geórgia
1. Manter a humanidade abaixo dos 500 milhões em equilíbrio perfeito com a natureza.
2. Controlar sabiamente a reprodução – melhorando a aptidão e a diversidade.
3. Unir a humanidade com uma nova língua actual.
4. Controlar a paixão – a fé – a tradição e todas as coisas com uma razão moderada.
5. Proteger as pessoas e as nações com leis justas e tribunais justos.
6. Permitir que todas as nações governem internamente, resolvendo as disputas internacionais num único tribunal mundial.
7. Evitar leis insignificantes e governantes desnecessários.
8. Equilibrar os direitos pessoais com os deveres sociais.
9. Valorizar a verdade – a beleza – o amor buscando a harmonia com o infinito.
10. Não ser o cancro da Terra – Deixar espaço para a natureza .
Marco temporal, aborto… e essa é a capa da semana?!
Uma reportagem tendeciosa destinada a combater veiculos elétricos. Os custos de fabricação eram altos no início mas vem caindo substancialmente. O custo de energia e seu uso caem bastante durante a noite e está sendo usado para recarregamento das baterias. Estas estão em pleno desenvolvimento ficando melhores e mais baratas. Mais fácil criticar os motores a combustão e suas dezenas de componentes…
Apostar tudo numa ficha só. Não existem opções ??. Vamos pensar um pouquinho ??
Desapontado com essa matéria. Parece discurso de lobista das montadoras com fábricas no Brasil (que não querem investir em eletrificação e quer proteção de mercado) e usineiros (que querem mais é vender etanol).
Quem decide no fundo é o consumidor e quanto mais opções, mais competição e melhor. E muita gente prefere (ou irá preferir) o carro elétrico em comparação com o veículo a combustão ou o híbrido!
Eu quero um motor exclusivamente a etanol!
Parabéns Cauti. Artigo muito esclarecedor e, como tudo o que vem da China nâo será bom para os brasileiros
Mais uma agenda comunosociopatoambientalista dos safados de sempre. Igual ao pseudo aquecimento global que todos que tem dois neurônios ativos sabe que é mentira. As estações climatológicas do mundo desmentem isso. É outro golpe comi o do gás que afeta a camada de ozônio. Pura invencionice para atender a sanha dos esquerdopatas. O mesmo de sempre, em resumo.
Um ponto que acho importantíssimo, e que a reportagem não abordou, é que a extração de todos esses minerais necessários para fazer as baterias são extremamente nocivas ao meio ambiente. A mineração, mesmo sendo realizada seguindo todos os pressupostos ambientais, é uma atividade de grande impacto ambiental.
Assim, a pergunta que deve ser respondida é até que ponto essa agenda verde é verdadeira. Os carros elétricos não emitem gases na atmosfera mas a sua produção degrada severamente o meio ambiente.
De qualquer maneira, como mostrou a reportagem, o carro elétrico não é uma solução a curto prazo.
Desde que comecou essa onda eu tenho tentado entender quanto desse litio e de fato reciclado e qual a relacao do passivo ambiental em dez anos contra a ficticia compensacao climatica que o “carro a pilha” proporcionaria.
Nao e verdade! Nao se sustenta e nao vai gerar o efeito que se divulga.
Meu carro e a diesel e nao quero outro.
Na dúvida fiquei com um híbrido
Somos dois, Pimenta.
Eu jamais compraria um carro elétrico, especificamente os exportados pela China. A tecnologia é inferior e o desempenho também de qualquer carro movido aos combustíveis tradicionais. A recarga é lenta e a energia elétrica é cara.Nao adianta querer reinventar a roda,a tecnologia disponível não é satisfatória. Importar carros elétricos da China é uma piada de país comunista,nem aspiradores de pó conseguem fabricar corretamente.
Permita-me corrigi-la, senhora Teresa, em dois pontos. A energia para recarregar as baterias é muito barata e o desempenho de um carro quando movido a motor elétrico é absolutamente insuperável. Eu tenho um chinês híbrido e posso afirmar.