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Ilustração: Shutterstock
Edição 184

A legalização da barbárie

No aborto, uma vida inocente é ceifada sem o direito de nascer, mas outra, a da mulher, é igualmente maltratada pela brutal agressão ao corpo e à alma

Ana Paula Henkel
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Sessenta e cinco milhões de bebês mortos — 65 milhões de vidas ceifadas.

Esse é o número do genocídio cometido nos Estados Unidos contra inocentes que não tiveram o direito mais sagrado respeitado — o direito à vida. Desde 1974, depois da manobra ativista da Suprema Corte Americana de inventar um “direito ao aborto” (Roe vs. Wade) que nunca existiu na Constituição Americana, esse é o número de pequenas almas que foram condenadas à pena de morte sem terem cometido crime algum.

Diante de uma movimentação similar em nossa Suprema Corte, com a ADPF 442, que estabelece a legalização do aborto no Brasil sem a anuência da sociedade por meio de legislações discutidas no Congresso, resolvi abordar esse tema mais uma vez esta semana, dada a imensa importância do assunto. Precisamos ser as vozes de quem não pode falar. Para qualquer pessoa com um mínimo de moralidade e justiça, assim como para qualquer um que se diz cristão, embora essa verdade vá muito além da premissa religiosa, não há outra pauta mais importante no momento. Vamos brincar de ser Deus agora? Posso abortar com 12 semanas — 3 meses! —, mas não com 13? Com 12 semanas é um “amontoado de células”, mas com 13 é vida humana?

Na edição da semana passada aqui em Oeste, abordei o roubo descarado do Supremo Tribunal Federal de uma prerrogativa do legislativo em, vejam só, legislar. Juristas respeitadíssimos, como o doutor Ives Gandra Martins, já demonstraram enorme preocupação com esse insistente sequestro que vem sendo cometido pela Corte em querer fazer leis. Hoje, no entanto, gostaria de falar sobre o que se tornou a Califórnia, estado americano onde resido, depois que a porta da legalização do aborto foi aberta sob o manto de “saúde pública da mulher”.

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O jurista Ives Gandra Martins | Foto: Divulgação

E esse é o primeiro ponto. A saúde da mulher.

Como mencionei, hoje moro em um dos estados mais abortistas dos Estados Unidos da América. A legalização do aborto aqui também começou com meras “discussões” sobre o tema. Logo ali na frente, ele passou a ser autorizado com oito semanas… depois 12… e hoje a lei diz que a matança de bebês no ventre da mãe é autorizada até a “viabilidade do feto de viver fora do útero materno”. Quem decide essa “viabilidade”, as semanas? Os mesmos médicos abortistas. Mas a barbárie não para por aí. No aborto, uma vida inocente é ceifada sem o direito de nascer, mas outra, a da mulher, é igualmente maltratada pela brutal agressão ao corpo e à alma.

Logo que me mudei para Los Angeles, conheci uma amiga que fazia parte de uma ONG que defende a vida desde 1976, ajudando mulheres grávidas em diferentes situações de vulnerabilidade. Sabendo como foi a minha gravidez, não planejada e no meio de um ciclo olímpico, ela me convidou para ser voluntária nessa ONG para tentar ajudar outras mulheres a enxergar alguma esperança diante de situações complicadas. A ONG também oferece toda a ajuda médica, psicológica e financeira por meio de profissionais, médicos, enfermeiras e toda uma grande equipe de voluntários que se uniu para auxiliar essas mulheres. Minha amiga achava que, de alguma forma, o que o meu pai me disse diante do “susto” de uma gravidez não planejada poderia ajudar outras pessoas.

O “susto” foi no ano de 2000, quando eu me preparava para minha terceira Olimpíada, que seria em Sidney, na Austrália. Depois de uma sólida e dedicada carreira no vôlei de quadra, o sucesso de uma ida para o vôlei de praia era incerto, mas lá estava eu, começando mais um desafio em mais um ciclo olímpico. Então, um importantíssimo e vital aliado para prosseguir com mais um plano sério de duros treinamentos e muita dedicação apareceu: o patrocinador dos sonhos. Minha equipe e eu teríamos toda a segurança e estrutura para nos dedicarmos intensamente aos duros treinamentos, única chance possível para chegar ao olimpo.

Fogos de artifício sobre a Sydney Harbour Bridge, durante as cerimônias de encerramento dos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália, em 1º de outubro de 2000 | Foto: Domínio Público

Foi quando a vida, sem me preparar, sem me avisar, sem sequer me dar a mínima pista, disse: “Tenho outros planos para você”. Atletas são pagos por meio de patrocinadores enquanto estão em atividade, treinando e competindo, afinal, as marcas que investem precisam aparecer e estar em evidência. Lesões cancelam contratos. Gravidez cancela contratos. E eis que, em um hotel em Gstaad, na Suíça, no meio de uma importante competição para a classificação olímpica daquele ano, o mundo “desabou” em duas linhas verdes numa caneta branca comprada na farmácia: positivo. Eu estava grávida.

Todos sentados à mesa da cozinha, disparei sem rodeios, em uma única frase: “Estou grávida”. Pelo semblante da minha mãe, aquele filme que havia passado na minha cabeça no quarto do hotel na Suíça agora acontecia com ela

Um silêncio inesquecível tomou conta da minha mente, do meu quarto de hotel, do mundo. Era como se eu estivesse em algum tipo de transe. “Não pode ser!”, pensei. Vivendo um relacionamento de idas e vidas (hoje somos grandes amigos!), em três segundos um filme se formou na minha frente… “relacionamento… família… patrocínio… Olimpíada… imprensa…”. Não havia uma ordem nos pensamentos, e eu não conseguia organizar as ideias.

Depois de jogar mais duas etapas do Circuito Mundial (e fazer mais três ou quatro testes que deram positivo), decidi voltar ao Brasil e contar aos meus pais sobre toda a situação. Embora tenha um amor profundo pela minha mãe, desde pequena sempre tive uma ligação muito forte com o meu pai. Sempre vi nele um mestre e um amigo e, por isso, eu estava extremamente nervosa com a reação de quem eu nunca quis desapontar na vida. Eu sabia o que estava no meu coração, mas eu estava com medo de tudo.

Ana Paula Henkel e os pais, Maria Auxiliadora e Paulo Monteiro Rodrigues | Foto: Reprodução

Todos sentados à mesa da cozinha, disparei sem rodeios, em uma única frase: “Estou grávida”. Pelo semblante da minha mãe, aquele filme que havia passado na minha cabeça no quarto do hotel na Suíça agora acontecia com ela. Eu já era uma adulta dona do meu próprio nariz havia algum tempo, mas, mesmo assim, a preocupação de mãe tomou conta da conversa. Muito religiosa, dona Dorinha começou a chorar e repetir: “Mas e o seu relacionamento? Vocês estão juntos? E o patrocínio? Você trabalhou décadas para isso… e a Olimpíada? O que a imprensa vai falar? Como será sua vida?”…

Minha mãe sempre foi muito emocional e protetora e, confesso, já esperava que sua reação inicial seria assim. Meu pai, no entanto, estava em absoluto silêncio, e aquilo me incomodava e me deixava apreensiva. Meu pai era a última pessoa na face da Terra que eu queria deixar triste. Foi quando, entre um suspiro de preocupação e outro, minha mãe, em lágrimas, ficou em silêncio, e meu pai resolveu falar. Eu gelei. Para minha surpresa, ele olhou para a minha mãe, e não para mim, e disse: “Você sabe quantas pessoas no mundo estão chorando neste exato momento, como você, porque alguém que eles amam está partindo? E você chora porque a vida está batendo na porta da minha casa?”. Imóvel e sem sequer piscar, parecia que eu havia entrado em outro estado de transe. E ele continuou: “Não me interessa a condição. A vida está batendo na porta da minha casa, e eu vou abrir, e eu vou celebrar”.

Um amor tão grande e tão divino tomou conta de mim, comecei a tremer. Meu pai, segurando uma cerveja que acabara de abrir, repetiu: “A vida está batendo na porta da minha casa, e eu vou abrir, e eu vou celebrar”.

Ana Paula Henkel e o pai, Paulo Monteiro Rodrigues | Foto: Reprodução

Gabriel, nome escolhido pelo meu pai por se tratar de “um mensageiro de boas notícias”, completa 23 anos em dezembro e é hoje, na ausência do meu pai, que já nos deixou, meu melhor amigo.

De volta a Los Angeles e na ONG Pregnancy Help Center, a frase do meu pai que mexeu com a minha mãe tocou algumas mulheres. A vida foi celebrada e a porta foi aberta para algumas famílias, e o legado do meu pai seguiu tocando almas. Minha amiga estava certa. Ao longo do meu trabalho na instituição, recebi algumas dezenas de fotos de bebês enviadas por suas mães, que relataram que as palavras do meu pai foram um bálsamo, uma luz para a única e possível decisão naquela ocasião. Meu pai, já falecido nessa época, havia se tornado vida após a sua morte. Vi histórias lindas de superação e celebração da vida, mesmo diante de dificuldades bem, mas bem maiores que as minhas. No entanto, também testemunhei o lado da relativização e banalização da vida. Relatos muito impactantes de mulheres que, diante da proteção de uma legislação que favorece o aborto no estado, e a facilidade com que isso acontece, resolveram prosseguir com o procedimento nas clínicas abortivas, porque tudo é muito fácil — “my body, my rules” (“meu corpo, minhas regras”). Passei noites sem conseguir dormir pensando naquelas moças de vinte e poucos anos que, em uma ficha, escreviam que já estavam no segundo, terceiro, quarto aborto. O método demoníaco sendo usado como um “método anticoncepcional”.

A indústria abortiva, que entoa palavras como “amontoado de células” e vende uma “solução fácil” para um “problema”, não expõe, por exemplo, o que as mulheres podem enfrentar diante dessa barbárie com duas vidas. No extenso treinamento ao qual fui submetida na ONG para poder receber essas mulheres, e depois pude constatar ao vivo com algumas delas, aprendi sobre a post-abortion stress syndrome (PASS), uma condição grave que afeta a maioria das mulheres que escolhem um aborto. A síndrome já faz parte, inclusive, da lista de transtornos de estresse pós-traumático (post-traumatic stress disorder — PTSD).

Ilustração: Mary Long/Shutterstock

Independentemente das opiniões filosóficas, religiosas ou políticas sobre o aborto, a verdade é que a experiência real não apenas pode afetar as mulheres no nível pessoal, mas pode potencialmente ter repercussões psicológicas graves. O aborto é um atentado covarde contra a vida humana de um bebê, mas também da mulher — a dor residual do aborto vivenciada através de sentimentos de tristeza, raiva, vergonha, culpa ou outras perturbações mentais ou físicas não é a exceção, mas a regra. Hoje são milhões de mulheres sofrendo — muitas em silêncio! — de depressão, ansiedade, raiva e abandono após um aborto. E, o pior, esses sentimentos podem continuar durante meses ou mesmo anos depois.

Os sintomas descritos na síndrome pós-aborto são semelhantes aos sintomas do transtorno de estresse pós-traumático. Muitas mulheres experimentam sentimentos intensificados de depressão ou ansiedade nos meses de aniversário do procedimento de aborto ou da data proposta para o nascimento da criança que foi abortada. Infelizmente, muitos profissionais médicos e de saúde mental não conseguem reconhecer as dolorosas consequências do aborto como uma condição real, tornando difícil para essas mulheres serem ouvidas ou compreendidas.

Outro ponto que precisamos abordar nessa insanidade é o tal “plebiscito sobre aborto” — proposto nesta semana por senadores e deputados. Acreditando que a vasta maioria da população brasileira seja a favor da vida, o que pode ser verdade, parlamentares enxergam numa “opinião formal” da sociedade, por meio do plebiscito, uma “boa saída”. A intenção pode até ser boa, mas o que pode parecer ser um remédio é, na verdade, um veneno.

Foto: Andre Goldstein/Shutterstock

A derrota da vida já começa no fato da abertura desse “debate” onde só um lado ganha. Mas a questão principal é que NÃO SE DISCUTEM DIREITOS HUMANOS através de plebiscito. Direitos humanos — e o mais SAGRADO deles, o direito à VIDA — são inalienáveis e devem ser protegidos, independentemente da opinião da maioria. A abertura e amplificação de “debates contraditórios” não passam de uma armadilha. Os abortistas detêm a grande e vasta massa da imprensa vendida e corrompida pelo dinheiro, pelo poder e pela agenda globalista que prega a normalização do assassinato de bebês. Ao promover um plebiscito, será promovida uma ampla disseminação de argumentos distorcidos e até falsos a favor do aborto sob o manto da “saúde da mulher”, dando espaço às propagandas de que eles precisam — como foi aqui nos Estados Unidos. O cenário será mascarado por uma polarização que não existe no Brasil em relação ao aborto, e, se a legalização não passar agora, a porta já terá sido aberta para que isso aconteça ali na frente. 

A tática é uma medida estratégica dos movimentos abortistas. Na Califórnia, a atrocidade contra vidas inocentes começou exatamente assim: “com 12 semanas”, e não demorou até que a normalização do inconcebível passasse a ser chamado de “saúde pública”. A maior de todas as hipocrisias reside no fato de que, na Califórnia, uma mãe pode matar seu bebê em seu ventre, mas, se uma mulher grávida é morta, o assassino responde por duplo homicídio!

Para nós, cristãos, em um aborto, acreditamos que a pequena e inocente alma do bebê volta para Deus. No entanto, a culpa e a lembrança do ato cruel ficam impregnados na mulher. Todos, absolutamente todos, perdem com o aborto. Sociedades até então saudáveis passam a se acostumar com a mais violenta das barbáries — o bebê morto, que não se desenvolverá em seu potencial como ser humano, e a cicatriz eterna e violenta marcada como ferro quente na alma de quem consentiu, participou ou realizou o aborto. Será essa pessoa que lidará com as piores consequências desse ato. Legalizar o aborto é também legalizar a barbárie contra mulheres. Cedo ou tarde, a verdade sobre o ato cometido vem à tona, e não pela imposição da verdade por parte de um terceiro, mas pela própria consciência. Impedir o aborto de seguir o seu tenebroso caminho que engoliu 65 milhões de bebês nos Estados Unidos é proteger, primordialmente, a consciência de quem comete essa atrocidade. Uma mulher que aborta jamais deixará de ser mãe. Ela apenas passa a ser a mãe de uma criança morta.

Foto: Andrii Yalanskyi/Shutterstock

Leia também “O dia da infâmia”

31 comentários
  1. Gilson Herz
    Gilson Herz

    Parabéns Ana. Quanto a seu Pai, um ato maravilhoso. Sempre pela vida.

  2. Ana Kazan
    Ana Kazan

    Ana, que historia inspiradora, e que maravilhosa Pessoa foi seu pai. Infelizmente nem todas nós temos essa configuração de almas em nosso entorno. Não tenho dados para dizer se somos maioria ou minoria. Mas existimos e vagamos em desespero suicida tentando encontrar uma soluçao quando ocorre uma gravidez inesperada e, não custa reforçar, completamente abandonada. Talvez 12 semanas seja muito para esperar. Talvez existem mesmo aquelas que em insanidade usem o aborto como metodo anticonceptivo. Mas posso lhe garantir que existimos- aquelas sozinhas, abandonadas, sem recursos de nenhum tipo, que estamos passando por uma durissima lição. A qual, pode acreditar, aprendemos muito bem para não repeti-la. Mas essas precisam poder ser atendidas, sem preconceito, sem ódio, com caridade e compreensão, com lições de vida, para que possamos continuar sobrevivendo, melhorando, e nos tornando capazes para sermos maes preparadas e responsáveis quando pudermos. É mais uma violencia contra mulheres deixarmos de olhar e amparar essas que tropeçaram e caíram, mas que aprendem sua lição e se tornarão mães amorosas e preparadas quando puderem ter uma nova e responsável oportunidade.

  3. Nelson Ricardo Cavaca
    Nelson Ricardo Cavaca

    Parabens Batedora

  4. Rosangela J . Dias
    Rosangela J . Dias

    Os 10 mandamentos da Lei de Deus são úteis para vida das pessoas, já que o pecado deixou a luz da razão obscurecida, e ainda criou desvio de vontade. O quinto mandamento é Não Matar. O aborto é a negação da existencia de Deus.

  5. Carlos Barroso Martins
    Carlos Barroso Martins

    Que texto fantástico!
    Emocionante e esclarecedor!
    Parabéns, Ana Paula!

  6. DONIZETE LOURENCO
    DONIZETE LOURENCO

    As ideologias vem transformando a humanidade em meros objetos de manipulação de todos os meios.
    A sociedade está muito doente e a reversão deste triste quadro será lenta e dolorosa.
    Ana, o seu emocionante relato é a história de muitas mulheres em todos os continentes.
    Que tenhamos sabedoria para separar o joio do trigo, pois já temos legislação sobre o tema que determina em quais situações o aborto é permitido.

  7. CONRADO LIBANORI BARBOSA
    CONRADO LIBANORI BARBOSA

    Eu já te acompanho há algum tempo, já li e ouvi essa história algumas vezes, e todas as vezes eu me emociono. A vida é sagrada. Obrigado por compartilhar essa história e por ser uma luz nessa escuridão que estamos vivendo.

  8. José Luiz Fernandes de Castro Lima
    José Luiz Fernandes de Castro Lima

    Excelente artigo Ana Paula. Parabéns.

  9. Marco Antonio Marcondes Pereira
    Marco Antonio Marcondes Pereira

    Cara e ilustre Ana Paula, apreciei muito seu artigo. Sobretudo por sua história de vida. Sou concorde integralmente com seu artigo, por isso, peço-lhe uma complementação de sua parte. Reescreva e enfrente o argumento usual a favor da descriminalização do aborto: “muitas mulheres praticam o aborto clandestino no Brasil, descriminalizar evitará esse crime e o risco de mortes para essas mulheres.”
    Pense a respeito de enfrentar esse falacioso argumento.

  10. Antonio Carlos Almeida Rocha
    Antonio Carlos Almeida Rocha

    Ana, embora pareça, à primeira vista, que um plebiscito seja um “tiro no pé”, nao acredito que a sociedade brasileira, conservadora como mostram as pesquisas sérias, aprove o aborto. Pode ser, ao contrário, um momento de virada na mobilização, ceifada pelo totalitarismo galopante, chance que falta para mostrar à essa mesma sociedade onde está o joio e onde está o trigo.

    1. Antonio Carlos Neves
      Antonio Carlos Neves

      Sr. Antonio, a sociedade brasileira com certeza não aprovará o aborto, mas quais os instrumentos para votação e apuração desse plebiscito? Depois do que aconteceu recentemente em nosso pais, é difícil acreditar em pesquisas e resultados e poderemos novamente enfrentar graves conflitos.
      Ana Paula tem razão, não há porque discutir sobre o direito a vida.

  11. Ed Camargo
    Ed Camargo

    A legalização da Barbárie, começa assim: O aborto com até 12 semanas é aprovado e passa a ser permitido, sob o pretexto de saúde da mulher.
    Depois de algum tempo se expande para um infanticídio. No estado americano da Virgínia o governador esquerdopata Ralph Northam o qual defende o aborto até o momento da concepção declarou: A criança nasce. A criança seria mantida confortável. O bebê seria reanimado se assim desejasse a mãe e a família. E então haveria uma discussão entre os médicos e a mãe, caso o bebê for indesejado, o médico pode introduzir uma sonda na cabeça do bebê terminando sua vida. Essas são as palavras de um governador esquerdopata defensor do aborto em demanda.

  12. Jayme Malek Junior
    Jayme Malek Junior

    Que lindo texto e testemunho, Ana! As sábias palavras de seu pai continuam a tocar os ouvidos das pessoas e a saldar muitas vidas! Graças por sua vida, e de toda a sua família! É um privilégio ser seu leitor, obrigado.

    1. Jayme Malek Junior
      Jayme Malek Junior

      *saudar

  13. Polyana Xavier Magalhães Silva
    Polyana Xavier Magalhães Silva

    Artigo fantástico!
    Me emocionei demais com a fala do seu Pai. Obrigada por pelo excelente trabalho!

  14. Ronaldo Rodrigues Rosa
    Ronaldo Rodrigues Rosa

    É simplesmente linda essa história de amor e respeito entre Ana Paula e seu Pai.

  15. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Ana você cada vez mais brilhante e eu que estou numa marcha de transformação de valores cristãos. Vim do ateísmo entrei no agnosticismo e hoje sou um novato da fé em Deus estou me sentindo felicíssimo. Isso foi fruto de leitura e releitura e pesquisa abordando sempre a IA pra trazer clareza sob os textos consumidos

  16. Valdir Nogueira
    Valdir Nogueira

    Parabéns pela reportagem. Todas as mulheres que pensam em abortar deveriam lê-la e assim muitas vidas seriam salvas. Trabalho digníssimo.

  17. Custodio Elias Guercio
    Custodio Elias Guercio

    Que texto emocionante! Em especial a reação do seu pai com a sua gravidez.
    *plebicito pra mídia pobre perturbar as pessoas com narrativas?
    * esse é o texto que vou enviar como presente pras pessoas

  18. Silvestre Ferreira Sobrinho
    Silvestre Ferreira Sobrinho

    Ana, acredito que seja a segunda vez que leio seu depoimento, pela segunda vez me emociono. Parabéns.

  19. Teresa Guzzo
    Teresa Guzzo

    Depois desse profundo e emocionante relato apenas dizer que ser mãe e avó mudou minha vida para sempre.Marco fundamental, A experiência de gerar uma criança em seu ventre,com amor e cuidados te faz um ser humano melhor,ser avó foi e é a possibilidade linda de reviver e celebrar sempre a vida.Minha filha foi recebida em nosso mundo com as palavras sábias de meu obstetra:seja bem-vinda ao mundo Paula! e eu repeti as mesmas palavras a minha neta Maya .

  20. NOS
    NOS

    Além do que, quantos gênios estão sendo impedidos de nascer? Meu Deus, o maior capital que temos é o ser humano!

  21. MNJM
    MNJM

    Ana a cada dia se supera. Plebiscito nas sacrossantas urnas do TSE não é recomendado. Como derrotaram o Bolsonarismo aprovarão o aborto.
    O Direito a vida é sagrado. STF não tem que legislar compete ao Congresso colocar esses togados militantes políticos no seu devido quadro de guardiões da Constituição. E SÓ

  22. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    É a segunda vez que desaparece meu comentário. Não sei o que aconteceu. Enfim, fiz um comentário extenso já que tive experiências próximas. Então só agradeço e parabenizo a Ana mulher cristã e humana.

    1. ismael de jesus silva
      ismael de jesus silva

      Parabéns pelo seu artigo ! Uma mãe que aborta seu fiho merece ser presa porque esta matando uma ciança inocente . Mais uma mãe assim nâo ter paz mais nunca na vida dela a culpa é pior que faz um aborto.

  23. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Num momento desses e com tua alma expsota em textos de profunda humanidade cristã, o leitor fica com vontade de conversar. Como é difícil para quem atua na imprensa (existe um código que afasta um pouco o leitor do jornalista) o diálogo com fãs e leitores também tem o problema das redes sociais que dificultam as mensagens e os bate-papos, principalmente para os mais velhos. POr muito tempo estive trabahando em veículos de comunicação, não como ganha-pão, pois tinha outra atividade profissional e não posso aqui neste espaço “público” citar nomes. Mas tive três experiências próximas que apontam para um caminho de lógica e discernimento que envolve conceitos e escolhas pessoais ou coletivas. Duas irmãs estavam com problemas, uma solteira e outra casada com dificuldades de relacionamento com o marido As duas ficaram grávidas no mesmo período. A mãe solteira (sem denunciar o pai) gerou uma filha linda nos dias de hoje. A outra, escolheu o aborto e depois de uns 15 anos tem problemas sentimentais traumáticos e de arrependimento. Vive co calmantes e apoio de profissionais na área de psicologia e psiquiatria. Além disto, o aborto deixou sequelas físicas também, pois não pode ter outros filhos. Vira a página. O voto da Rosa Weber é algo repugnante e infame. Quer dizer que o aboro será permitido legalmente em 82 dias de gravidez (7 semanas são 84 dias) ou com 86 dias e meio? Além do mais, numa escala de contestações, a Rosa não provou que a mãe que escolheu ter o filho não morreu… Quantas desistiram do aborto e não morreram? Se é a vida que deve ser preservada este pergunta, parecendo inocente, é uma questão para ser explicada por ela. Hoje em dia temos consciência (relatada ações como as descritas por ti) de que educação e boa informação conduzem a mulher a decidir pela vida, também pelo acolhimento de parentes, amigos e entidades de proteção a maternidade. Logicamente, os mais radicais tem oportunidade de dizer que decisões judiciais do gênero agora encaminahadas têm um viés que associa ditaduras fascistas, comunistas e nazistas. Para estes sistemas a vida não é importante. Eles não querem que o povo seja espiritualizado ou tenha sua crença que não admite a extinção de princípios seculares enraizados na maioria da população. Sem maldade ou orientação ideológica, digo que o governo atual e o stf não gostam de gente direita. Eu já tinha me emocionado em outra coluna tua quando o teu pai disse mais ou menos isto: “perdeste a olimpíada, mas Deus está te preparando algo melhor”. O outro exemplo que não divulguei está muito relacionado ao íntimo e próximo. E esta história personalíssima me aproximou mais de Deus e do conceito de família. A mulher que diz não ao aborto estará preparada para enfrentar os desafios da vida, dando exemplos e certamente a sua aura estará iluminada e abençoada e não terá pesadelos no futuro. Aqui do fundo sertão, um abraço apertado meu e da minha querida esposa Sandra.

  24. Otavio Lazario de Queiroz
    Otavio Lazario de Queiroz

    Legalização de tudo que não presta. Do crime, do jogo do bicho, do tráfico até 100g por cidadão, da contrabando pela Shein e Shopee…

  25. Wilson Decaris
    Wilson Decaris

    CASO SEJA FEITO UM PLEBISCITO,SERÁ NAS MESMAS URNAS QUE “ELEGERAM LULA” ?

  26. Marcia Juaneda
    Marcia Juaneda

    Lindo e comovente seu relato. Infelizmente, não tive o mesmo apoio da minha família. Conheço bem este sentimento pos aborto. Até hoje, 48 anos depois, ainda sinto aquela dor. Seu pai foi um sábio e disse as palavras certas neste momento doloroso. Parabéns pela coragem!

  27. Marcia Juaneda
    Marcia Juaneda

    Maravilhoso! Comovente e sábia a atitude do pai. É tudo que uma mãe quer ouvir neste momento.

  28. Pedro Augusto da Silva Cunha
    Pedro Augusto da Silva Cunha

    Que história linda, Ana!
    Texto impecável, parabéns!

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