Será que agora o pessoal desiste desse surto de desumanidade? Nunca é tarde, né? Ou melhor, às vezes é tarde. Será que já é?
Colocar no playground digital a dilaceração monstruosa de mulheres e crianças inocentes foi demais. Ali o pessoal devia ter dado uma paradinha diante do espelho pra dizer: “Opa… estou virando um monstro”.
Um monstro cheio de desculpas cenográficas, cheio de álibis moderninhos, cheio de purpurina de Instagram e lambidas encorajadoras de gente célebre que se presta a sancionar o festival de abuso dos abusadores chamando tudo de ética. Enfim, um monstro de boa aparência. Mas um monstro.
E essa monstruosidade perfumada ganhou a aliança preciosa dos seus adversários. Eis uma das partes mais sutis do roteiro. Uma boa quantidade dos que repudiaram as atrocidades do Hamas em Gaza não resistiu à oportunidade de subir ao palquinho digital para duelar com seus amados inimigos. Aquilo é coisa de “esquerdista”, dispararam triunfais, dando aos seus oponentes a valiosa oportunidade de alegar estarem sendo insultados por “direitistas”.
Pronto. Todos salvos pela cortina de fumaça ideológica. Por trás dela, intacta e impune, a desumanidade.
Só há dois caminhos possíveis diante de um ato de barbárie contra a humanidade: se unir contra ele ou aceitá-lo
A sensação de que qualquer bravata cola e você nunca terá de prestar contas à sua consciência é inebriante. Vamos ver até onde vai esse seguro. Aparentemente ele não cobria sinistros muito sinistros, tipo banalizar o Holocausto. Mas é sempre cedo para dizer, porque hoje em dia as apólices admitem múltiplas interpretações. Alguém sempre pode encontrar uma cláusula tipificando a barbaridade não intencional, ou a monstruosidade edificante.
Essa brincadeira já foi longe. Se foi longe demais é o próprio pessoal que vai poder dizer. Tem mais uma chance aí. A humanidade precisa decidir se vai assinar embaixo da oficialização do insulto. Gradualmente é o que já está acontecendo — com episódios como o horror do Hamas em Gaza. Só há dois caminhos possíveis diante de um ato de barbárie contra a humanidade: se unir contra ele ou aceitá-lo.
As sociedades já andaram aceitando papéis complicados, como os de rato de laboratório, escravo higienizado e rebanho de tiranete — aceitando ser e estar de acordo com o permitido por meia dúzia de burocratas venais. Agora parece que há um insulto no ar. Vamos ver se os insultados são reais. No Instagram continua tudo bem.
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Amo seus textos , Fiuza, quero muuuuuito ler seu novo livro , li o primeiro capitulo achei bastante diveetido.
Recomendável que todos, especialmente os antissemitas, assistam o filme “A Conferência”, no Prime Vídeo, onde revelada a monstruosidade e a absoluta falta de humanidade os militares nazistas quando debatem os procedimentos que devem ser adotados para o extermínio dos judeus. Na reunião, realizada em Berlim, os monstros estabelecem um protocolo para a chamada “Solução Final”, providência que tem por fim promover o assassinato e 11 milhões de judeus. Mataram, a final, mais de 50%, ou seja 6 milhões. Seria muito que o carniceiro do planalto com toda sua corja, inclusive a esbanja, assistissem esse filme
Realmente a sociedade aceita passivamente cada coisa…
Ditadura light dá em monstros light.
Estamos vivendo sob a ordem da desordem
VERGONHA NACIONAL – DESGOVERNO
Somente o parlamento pode impedir que este senhor e seu sistema nos envie para o caos! Precisamos cobrar uma postura coerente de nossos representantes!
Fiuza, será que Lula e sua corja tem consciência?
Fiuza cirurgico, como sempre!
Para fabricar uma indicação ao prêmio nobel da paz o núcleo ideológico do mal é capaz de tudo?
Vou deixar a dúvida de minha questão para que outra dúvida possa a responder :
O congresso nacional perderá sua legimitade quando manter um governante que transformou seu cargo em turismo de boteco?
Pois é !