“A Vale não pode pensar que ela é dona do Brasil, não pode pensar que ela pode mais do que o Brasil. Então o que nós queremos é o seguinte: empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro. É isso que nós queremos”, afirmou o presidente Lula em uma entrevista na RedeTV! nesta semana. Todos sabem que Lula tenta emplacar Guido Mantega, o pior ministro da Economia da história recente, para o comando da companhia.
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A fala revela a mentalidade fascista de Lula. Para a velha imprensa, porém, fascista seria Bolsonaro, que tinha um liberal como Paulo Guedes no comando da economia, tentando reduzir o papel do Estado e defender o livre-comércio. Pode ser pura má-fé, claro, mas também não devemos descartar a ignorância. A maioria dos jornalistas atuais “conhece” o fascismo por slogans, sempre associado a uma “extrema direita” que serve de rótulo para tudo que não é esquerda. Vamos, então, resgatar alguns fatos para ajudar nossos colegas.
Falar em “fascismo” hoje em dia é complicado, pois tudo que não é socialismo virou fascismo na boca dos socialistas. Como Churchill alertara, “os fascistas do futuro chamarão a si mesmos de antifascistas”, e o futuro chegou. Além disso, qualquer grupo violento, agressivo, como até mesmo uma torcida organizada de futebol, é chamado de “fascista”. Mas o que é o fascismo? Qual é a sua origem?
É o que tenta responder James Gregor em Mussolini’s Intellectuals, livro fundamental para quem se interessa pelo assunto. Ele mergulha nas ideias dos principais nomes por trás do fenômeno que surgiu na Itália naquele começo do século 20, para mostrar que havia uma coerência ideológica por trás da coisa, que não se tratou apenas de brutamontes distribuindo pauladas, mas de pensadores, alguns renomados, construindo uma ideologia totalitária com resultados perversos.
A primeira coisa que chama a atenção é que quase todos os líderes intelectuais do fascismo foram marxistas. Houve uma conversão, em muitos casos após a Primeira Guerra Mundial, quando esses pensadores perceberam que o conceito universal de classe não era suficiente para atrair o proletário para a luta, uma vez que o apego à nação falava mais alto. O fascismo trocaria classe por nação, mas manteria inúmeras outras características do marxismo, a começar por seu coletivismo que ignora o indivíduo, meio sacrificável para esse “bem geral”.
Até mesmo Gramsci, um dos principais pensadores comunistas italianos, reconheceu que inicialmente o fascismo fez oposição ao socialismo não porque era antissocialista, mas porque o socialismo oficial da época foi contra a entrada da Itália na guerra. Para Mussolini, ele mesmo um jovem socialista, essa oposição surgiu pelo sentimento antinacionalista equivocado dos socialistas. Mussolini, como outros fascistas, achava que era perfeitamente possível combinar ambos — socialismo e nacionalismo.
Uma confusão comum advém do fato de que os fascistas não desejavam, como os socialistas, derrubar completamente o capitalismo. Para os marxistas, que acreditavam no determinismo histórico, qualquer um que tentasse reabilitar o capitalismo de alguma forma só podia ser um reacionário, ainda que os próprios marxistas reconhecessem a importância do capitalismo como etapa do progresso. Colocar-se contra o “curso inevitável da história” era coisa de gente irracional e contraditória, segundo os marxistas.
Já os fascistas também desejavam fins semelhantes, só que pretendiam usar o capitalismo, ainda que sob o total controle estatal, como instrumento desse progresso coletivo. Pensadores como Giovanni Gentile e Roberto Michels traçaram o arcabouço fascista antes da chegada de Mussolini ao poder, com a mistura de um nacionalismo idealista e um sindicalismo revolucionário.
O pensamento de Lula sobre o papel da Vale revela essa visão totalitária e coletivista de que as empresas são instrumentos do Estado, comandado por ele, o líder, que se confunde com o próprio povo
Os fascistas eram marxistas heréticos, pois achavam que o instrumental marxista não bastava para levar um país pouco industrializado como a Itália rumo ao progresso. Eles queriam “modernizar” a indústria italiana para executar a “revolução proletária” e um programa de distribuição de riquezas mais “justo” e igualitário. O capitalismo industrial de Estado era, portanto, apenas um meio para seu fim coletivista e socialista.
Na economia, a influência seria de gente como o alemão Friedrich List, defensor de um nacional-desenvolvimentismo que condenava o liberalismo e pregava o protecionismo estatal como alavanca para o futuro radiante. O governo era a grande locomotiva do progresso e, por isso, Mussolini resumiu sua ideologia assim: “Tudo no Estado, nada contra o Estado e nada fora do Estado”.
O fenômeno do fascismo é complexo e não pode ser reduzido a uma categorização simplória como direita ou esquerda. Mas com esse breve resumo fica bem claro que, ao menos no aspecto do papel estatal na economia, Lula está infinitamente mais próximo de Mussolini do que Bolsonaro. O pensamento de Lula sobre o papel da Vale revela essa visão totalitária e coletivista de que as empresas são instrumentos do Estado, comandado por ele, o líder, que se confunde com o próprio povo, com o próprio Estado. “O Estado sou eu”, poderia gritar Lula, imitando o monarca absolutista francês.
Raymundo Faoro escreveu sobre “os donos do poder”, uma casta privilegiada que se aproveita do nosso patrimonialismo, da confusão entre público e privado, do clientelismo, nepotismo e capitalismo de laços. Lula, pelo visto, quer ir além. Quer eliminar o plural, e agir como se apenas ele fosse o dono do país. Como ousa uma empresa não se curvar diante dos planos estatais, dos desejos dele próprio, o presidente autoritário?
Leia também “Nazilulismo e seus tucanos amestrados”
Churchill não disse essa frase que você atribui a ele.
Então diga de quem é a frase. Só falar algo sem explicação são palavras ao vento.
Ótimo texto. Aprendi muito, obrigada
Indignação é pouco quando se trata de saber o que essa “carniça” fala, pensa e faz. E sobre tudo o que fala, pensa e faz tem sempre uma reserva imoral e bandida por trás. O cara é pária e desprezível.
Quando se pronuncia, é como se o Brasil estivesse fazendo um elogio à bestialidade e a estupidez. Essa carniça não me representa, ao contrário me insulta o tempo todo.
Torcidas de times de futebol até criaram torcidas ”anti fascistas”. Se não me engano na época do Michel Temer. Um comboio de desorientado abrindo a boca para se expressar e com o fio que liga ao cérebro desligado.
Constantino, a despeito do seu conhecimento nos campos da política e da economia, essa relação comparativa do fascismo entre Lula e Bolsonaro não faz sentido. As ações de Bolsonaro repele o fascismo, enquanto esse Lula, todas as ações abrange não só o fascismo, como o nazismo e o comunismo
Essa gente acha que Mussolini não era fascista tal como acham quenosn udeus são nazistas. São idiotas inuteis
Será o nosso fim.
Me lembrei do Getúlio Vargas lendo esse ótimo artigo do Constantino. O que ele fez no governo criando estatais foi seguir a agenda fascista. No início, ele se posicionou pró Eixo. Depois, recebendo uma devida pressão dos EUA, mudou de lado.
Rodrigo Constantino, esse artigo deve ficar para ser apresentado nas aulas de introdução à economia daqui duas ou três décadas.
Esse pessoal que busca apenas o poder não consegue enxergar que o Estado nada produz.
Os maiores avanços sociais e econômicos ocorreram justamente nas nações que praticam e capitalismo e o livre comércio.
A regra básica é: menos Estado, mais capitalismo, liberdade, respeito às leis e instituições que o consórcio brasileiro representado pelo PT/Satélites/STF/TSE ignora.
Eu tenho uma pergunta para a entrevista: Porque compraste a reeleição com suborno? Fostes picado pelo mosquito do poder? Que mal tal faça cá fez ao Brasil?
Zé ruela quer todos nivelados a sua cintura. Ele, e sua casta de imbecis, impondo suas bizarras visões e vontades a todos. Estamos no século 21 no Brasil?
Vivendo e aprendendo com os artigos do Constantino, Guzzo, Navarro, Nunes e outros gigantes que escrevem para a Revista Oeste…….um dos comentários anteriores cita a entrevista entre lula e kennedy alencar. Escrevo aqui também com letras minusculas (não dá para diminuir mais) pois é o que representam essa dupla. Fim dos tempos??
Constantino, tente entrevistar FHC para nos dizer porque fez o “L”. O ódio ao governo Bolsonaro era tanto assim, de um estadista que esqueceu o que escreveu em seus “diários da presidência”?
Então…
Enquanto um pelego faz o papel de bôbo da corte comuno globalista, a agenda 2030 avança para retirar toda soberania do povo brasileiro, como estão tão certos desse intento nefasto? Recebem apoio institucional da ONU para atropelar todo ordenanento jurídico do país!
Enquanto isso membros do congresso “nassobral” se encantam hipnotizados com as possibilidades do balcão de negócios do estado?
Eu não caio nessa!
Quando a presidência vira um picadeiro, algo muito mais nefasto está rolando nos bastidores, minha bola de cristal me mostra, sangue suor e lágrimas na vida de um povio que nem mesmo ESCRAVIZADO atende à perversão intelectual da classe pensante brasileira.
Congresso de pijamas !
Vamos às ruas !
Lula afinal é a derrota de qualquer tentativa de progresso.
Lula afinal é a derrota de qualquer tentativa de progresso.
Lula, calado, é um grande estadista.
O tempo passa mas parece que a humanidade não aprende. Inacreditável um ser asqueroso e atrasado como esse molusco, ser Presidente da nossa nação!
LULA e KENEDY ALENCAR @#$%&* ?????
Descupa-me mas, você foi generoso com esses dois vigaristas ao citá-los em maiusculo. esse kenedy alencar é mais um jornazista que usa do panfleto onde escreve ou fala, sendo assim mais um transmissor da ideologia dominante.
Aprendo com você!
REALMENTE AS AÇÕES DO GOVERNO ESTÃO NO SENTIDO DE MUZOLINI E HITLER…..
COMPRAM A VELHA IMPRENSA QUE SOBREVIVE COM AS DOAÇÕES DO GOVERNO.
Não existe democracia em país onde o governo quer sempre controle total do estado e demoniza sempre a livre concorrência e não respeita sua constituição. Podem espernear STF,Lula e a esquerda que ama viver de dinheiro público e de fantásticos cabides de emprego.O povo quer liberdade para produzir e promover suas próprias riquezas.Nao deu certo Lula,deu um fantástico tiro no pé.
Estamos a passos largos para ditadura . O povo quer liberdade assegurada na nossa Constituição .
Consta lutaremos sim. A corja q está no poder foi imposta.
Os “donos do poder” estão brincando com fogo. Para manter os seus privilégios vão jogar o Brasil em uma ditadura de esquerda. Se der errado, Paris é logo ali.