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Edição 35

O mal de roupa nova

O Partido Democrata não esconde as intenções: quer mais coletivismo, menos autonomia dos Estados, maior controle exercido pelo Executivo central e intervenção na economia

Ana Paula Henkel
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Há algum tempo venho tentando apresentar por meio de análises e artigos, e direto da Califórnia, um dos maiores caldeirões progressistas dos Estados Unidos, o que grande parte da mídia no Brasil não cobre — e jamais explorará: a preocupante guinada radical para a extrema esquerda do Partido Democrata. E, para entender o motivo de muitos se referirem à última eleição como uma das mais importantes da História, é preciso perceber o que está em jogo além de políticas públicas propostas por democratas ou por republicanos.

A Declaração de Independência e a Constituição Americana, enxuta com suas 27 emendas, não mostram apenas a solidez dos documentos mais importantes da nação mais próspera do mundo. Quando alguns bravos homens das treze colônias britânicas na América do Norte se encontraram no Segundo Congresso Continental e decidiram se unir contra a Coroa britânica, nem tudo foi suave como muitos imaginam. Eram treze colônias independentes, houve muito debate, elas brigaram muito e levantaram muitas questões, mas decidiram colocar seus nomes em um histórico pergaminho que não apenas declarava a independência da Grã-Bretanha mas poderia significar a sentença de morte de cada uma delas.

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Todos estavam cientes dos tempos difíceis que adviriam, mas também era muito claro o que se defendia: independência, liberdade, representatividade no governo, republicanismo. Apesar de serem homens de colônias independentes, eles baseavam suas crenças no brilhantismo ocidental calcado nos valores judaico-cristãos, na força dos indivíduos, nos direitos naturais. Aqueles homens tiveram contemporâneos como Adam Smith e o grande Edmund Burke, com quem estavam completamente familiarizados e a quem fizeram referência em seus escritos e legado.

Aqueles homens, apesar de todas as diferenças entre eles, que não eram poucas, agarraram-se em torno do maior ponto em comum que os unia: o empenho em criar uma grande nação com o maior documento governante que a humanidade já conheceu. E eles foram bem-sucedidos. A Constituição Americana estabeleceu um governo beneficente limitado e protegeu a sociedade civil para nutrir a liberdade, a família e os direitos religiosos. Na Declaração de Direitos (Bill of Rights), também elaborada com empenho e profundidade durante anos, o ponto central, que se tornou o pilar mais sagrado para a nação, não poderia ser outro: a proteção ao indivíduo contra o governo central, a defesa da liberdade de expressão, de imprensa, de associação. E ainda: a garantia da liberdade religiosa, o direito do indivíduo de manter e portar armas contra os inimigos, sejam eles apenas indivíduos ou governamentais.

Os Pais Fundadores dos Estados Unidos ainda fizeram questão de deixar explícito na Magna Carta o devido processo legal, a necessidade de mandados com base em causa provável, julgamentos rápidos, cláusulas pétreas de proteção à propriedade privada e tudo o que é crucialmente importante para uma sociedade civil livre. Nenhum documento na face da Terra é como a Constituição Americana, baseada nas declarações de independência e nos direitos naturais inalienáveis.

O que assusta, a cada dia que passa, com a possível eleição da chapa democrata para comandar a nação mais livre do mundo, não é apenas a retórica de discursos politicamente corretos, globalistas e contra policiais, inflamados para satisfazer a sanha da turba barulhenta — e violenta — da ala mais radical do partido. O mais aterrorizante aparece quando você sai da superfície eleitoral e mergulha na plataforma oficial do partido.

Com parte do país hipnotizada durante quatro anos pela narrativa da mídia de que Donald Trump é o “novo Hitler” e que precisava ser removido a qualquer custo (Reagan, Bush, McCain, Romney… todos eles também foram “Hitler” um dia), forças nada republicanas podem estar em ascendência na sociedade norte-americana. Um mal fantasiado de bom-mocismo e caridoso, mas tão nocivo quanto em qualquer momento da História. Agora com roupagem nova, esse mal atende pelo nome de “Força-tarefa da Unidade Biden-Sanders” (Biden-Sanders Unity Task Force).

Em 110 páginas, o documento que une a ala que já foi moderada no Partido Democrata, representada por Joe Biden, à ala radical, dominante hoje na legenda e com o socialista Bernie Sanders como líder, expõe linhas de deixar os cabelos em pé. Em nenhum lugar há menção alguma à proteção da liberdade individual, ou a direitos sobre propriedade privada, ou a fé religiosa, ou mesmo à liberdade de expressão. O manifesto que celebra a união do novo Partido Democrata é um documento totalmente antagônico à Declaração de Independência, à Constituição Americana e aos valores que fundaram o país.

Os democratas apresentam propostas que parecem ter saído da cabeça de Dilma Rousseff

Não é novidade que já há algum tempo os democratas andam seguindo políticas que são impraticáveis e impossíveis. A maioria, no entanto, continua parecendo ótima no papel. E de onde eles estão tirando essas ideias? Com uma guinada tão radical para a extrema esquerda no espectro político, a semelhança entre a atual plataforma democrata e a Constituição de 1936 da União Soviética, adotada em dezembro daquele ano, chega a ser perturbadora. Mas o que diz a Constituição de Stalin? Vamos lá.

Capítulo X: Direitos e Deveres Fundamentais dos Cidadãos

ARTIGO 118. Os cidadãos da URSS têm direito ao trabalho, ou seja, têm garantido o direito ao emprego e ao pagamento do seu trabalho de acordo com a sua quantidade e qualidade.

O direito ao trabalho é garantido pela organização socialista da economia nacional, pelo crescimento constante das forças produtivas da sociedade soviética, pela eliminação da possibilidade de crises econômicas e pela abolição do desemprego.

ARTIGO 119. Os cidadãos da URSS têm direito ao descanso e ao lazer.

O direito ao descanso e ao lazer é assegurado pela redução da jornada de trabalho para sete horas para a esmagadora maioria dos trabalhadores, pela instituição de férias anuais com remuneração integral para trabalhadores e empregados e pela disponibilização de ampla rede de sanatórios, casas de repouso e clubes de alojamento dos trabalhadores.

ARTIGO 121. Os cidadãos da URSS têm direito à educação.

Esse direito é assegurado pelo ensino fundamental obrigatório universal; pela educação, inclusive superior, sendo gratuita; pelo sistema de estipêndios estatais para a esmagadora maioria dos alunos nas universidades e faculdades; pela instrução nas escolas, ministrada na língua materna, e pela organização nas fábricas, fazendas estatais, estações de máquinas e tratores e fazendas coletivas de formação profissional, técnica e agronômica gratuita para os trabalhadores.

ARTIGO 122. As mulheres na URSS têm direitos iguais aos dos homens em todas as esferas da vida econômica, estatal, cultural, social e política.

A possibilidade de exercer esses direitos é assegurada às mulheres pela outorga de direitos iguais aos do homem ao trabalho, remuneração pelo trabalho, descanso e lazer, seguro social e educação, e pela proteção estatal dos interesses da mãe e da criança, pré-maternidade e licença-maternidade com vencimento integral e oferta de ampla rede de lares de maternidade, creches e jardins de infância.

Poderia parecer apenas o discurso de Kamala Harris, Elizabeth Warren ou do socialista Bernie Sanders, todos lhe pregando um sermão para que não se preocupe pois o Estado vai cuidar de você, de sua vida e, obviamente, de suas escolhas, caso não saiba escolher “o correto”.

Mas não acredite em mim. Mergulhe nas páginas do manifesto do Partido Democrata e leia:

Os democratas se comprometem a firmar um novo contrato social e econômico com o Povo americano um contrato que investe nas pessoas e promove a prosperidade compartilhada, não um que beneficie apenas as grandes corporações e as poucas mais ricas. Um novo contrato que reconhece que todos os americanos têm direito a cuidados de saúde de qualidade. Um contrato que afirme que moradia é um direito e não um privilégio, e que assuma o compromisso de que ninguém ficará sem teto ou passará fome no país mais rico da Terra. Um novo contrato econômico que aumente os salários e restaure os direitos dos trabalhadores para organizar, aderir a um sindicato e negociar coletivamente. Um contrato que finalmente sustente famílias trabalhadoras e a classe média, garantindo salários iguais para as mulheres, férias familiares pagas para todos e o capital próprio.

Faço o convite para que todos leiam esse texto. A quantidade de medidas que poderão ser implementadas por meio de “ordens executivas”, de acordo com o documento do partido, é assustadora e ao mesmo tempo inacreditável para qualquer nação que tenha um Congresso responsável pela atividade legislativa. E o que dizer da nação que tem em suas bases o federalismo, com ampla autonomia e independência dos Estados?

As medidas que seriam resolvidas na caneta democrata são preocupantes: descriminalização da maconha em todo o país, corte de recursos para corporações policiais, aumento de poder e investimento federal em sindicatos — enaltecendo as decisões coletivas, e não as individuais — e revogação da espetacular reforma tributária da administração de Donald Trump, que por meio das Oportunity Zones trouxe enormes benefícios e pleno emprego a mais de 8 mil comunidades negras pelo país. Em um trecho do manifesto, o partido afirma “que os democratas continuam a apoiar a abolição da pena de morte”, mas, na plataforma oficial, assinala comprometimento com recursos federais para as clínicas de aborto em todo o país (verba cortada por Donald Trump), sob a cantilena de “cuidados com a saúde das mulheres”.

Sobre a pandemia, o documento afirma que Donald Trump é responsável pela morte de dezenas de milhares de norte-americanos e pela atual recessão econômica. O bizarro “contrato com os EUA” (parece familiar?) promete uma série de aumentos de salários, benefícios estendidos a todos, como educação gratuita desde o jardim de infância até a universidade, perdão das dívidas universitárias de milhões de pessoas, extensão para licenças-maternidade e paternidade remuneradas — tudo isso sem aumentar impostos da classe média. A conta não fecha. A cereja desse bolo de Halloween? Criar algumas empresas estatais que, segundo os ungidos democratas, trarão enormes benefícios à sociedade norte-americana. Eu conto, ou vocês contam?

Não acabou, não. O ex-partido de John F. Kennedy, que deve estar se revirando no túmulo com o sequestro de sua agremiação pelo Psol ianque, não apoia apenas a criação de mais sindicatos, mas firma compromisso com a obrigação de um minimum wage de US$ 15 por hora para todo o país. O utópico roteiro tragicômico de 110 páginas ainda inclui como as boas almas democratas deixarão o país mais verde e feliz — e sem aumentar um centavo de impostos da classe média: “Democratas vão lançar uma revolução por meio de investimentos históricos em energia limpa, transporte limpo, eficiência energética e fábricas limpas e avançadas. Vamos consertar todas as nossas rodovias, estradas, pontes, portos e aeroportos e lançar a segunda revolução ferroviária no país, investindo em ferrovias de alta velocidade”. Alô, Dilma, é você? Discurso tão bonito que até escorreu uma lágrima aqui.

Eu poderia me estender em mais uma hora de resenha só acerca do manual direto do inferno dos democratas que prega um Estado maior, mais centralizado e mais poderoso, e com menos liberdades individuais — ou seja, tudo o que sempre pregou o marxismo de roupa nova, cabelo cortado e sapato de marca.

A América, o pilar mais sólido na defesa inviolável da liberdade no Ocidente e no mundo, pode estar a um passo de uma perigosa mudança, aquela que vem de dentro para fora. A prosperidade que os desmiolados democratas pregam nesse funesto manifesto não é apenas irreal e inatingível, é perigosa para os norte-americanos e para o resto do mundo.

Embora figuras como Thomas Jefferson e George Washington possam vir mais facilmente à mente quando pensamos no período revolucionário e na fundação da América, o principal defensor da causa da independência foi verdadeiramente John Adams. Ninguém fez mais discursos vigorosos pela liberdade do que o admirável e dedicado advogado de Boston. Por causa disso, ele foi o líder de um comitê de cinco notáveis que redigiram a Declaração de Independência. Adams tornou-se o defensor mais ardente desse documento e de seus princípios.

Em um de seus memoráveis discursos, aquele que veio a se tornar o segundo presidente dos EUA disse: “A tirania dificilmente pode ser praticada em um povo virtuoso e sábio”. Rezo para que as palavras de homens tão fundamentais para a América como John Adams, agora mais do que nunca, sejam redescobertas no inconsciente da nação, e que o povo norte-americano entenda que a América é a nação mais próspera porque é a mais livre. E não o contrário.

Nesta edição, leia também o artigo “O resgate de Tocqueville”, de Rodrigo Constantino

 

38 comentários
  1. Francisco Ferraz
    Francisco Ferraz

    Ana Paula… você já sabe, sou seu fã de carteirinha…mas lá vai: brilhante, congruente, espetacular!
    Para ler e divulgar!

  2. Ivan Simas
    Ivan Simas

    Brilhante, Ana Paula ! Como sempre, aliás ! Obrigado !

  3. Roberto Gomes
    Roberto Gomes

    Querida Ana: para mim o melhor artigo que já escreveste. Pelo conteúdo e pela hora certa e pelo diagnóstico lúcido. Digo que é para mim e afirmo que essa é a minha opinião para evitar a contradita que me provoca engulhos. O que eu gostaria de reafirmar é que é o artigo mais contundente e certeiro que eu li até hoje. Grande e fraterno abraço.

  4. JESUS PEREIRA DOS SANTOS
    JESUS PEREIRA DOS SANTOS

    Nessa história toda, é preciso ainda contabilizar o dinheiro que a China vai investir no eventual mandato de Biden/Harris (produzindo, quiçá, um boom econômico artificial). A China, talvez e provavelmente, “pague” cinicamente o investimento americano de antes e faça alegremente o movimento reverso de capitais para, daqui a 4 anos, reeleger, na América, um governo títere, com maioria parlamentar e perfeitamente sintonizado com a Nova Ordem Mundial.
    Cría cuervos y te sacarán los ojos, dizem os espanhóis.

    1. JESUS PEREIRA DOS SANTOS
      JESUS PEREIRA DOS SANTOS

      Pensemos que a esquerda leva grandes tombos e se recompõe porque não pensa apenas nos próximos quatro anos. Além de impedir que na vitória dos adversários estes retomem posições, a esquerda planeja os próximos 30, 40, 50 (e mais) anos. “Os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da Luz”. E a esquerda é completamente diabólica.

      Além das questões históricas, não percamos a percepção do transcendental e escatológico. Cuidemos de salvar nossas almas. O fim está próximo (ao menos o nosso, em particular).

      Oração e combate!

  5. Livingstone Maynardes
    Livingstone Maynardes

    Parabéns Ana Paula pelo excelente texto.
    Se Joe Pedófilo Biden chegar ao poder o fim dos Estados Unidos está decretado.

  6. Livingstone Maynardes
    Livingstone Maynardes

    Congratulations Ana Paula for the excellent text.
    If Joe Pedophile Biden comes to power, the end of the United States is decreed.

  7. Eric Kuhne
    Eric Kuhne

    Democratas americanos fazendo exatamente o que a esquerdalha faz em todo lugar: prometem o que o povo quer, mas sabem que é impossível fazer (depois jogarão a culpa no Congresso, que não permitirá). E com o povo votando em quem promete mais benesses, seja onde for, ouso dizer que a democracia de voto popular não funciona mais…

  8. Rogério Costa De Freitas Silva
    Rogério Costa De Freitas Silva

    Obrigado Ana por trazer conhecimento calcado em fatos , em meio a tantas trevas. Seria interessante deixar para download o tal novo contrato social, se há em forma documental

  9. Júnior
    Júnior

    ” mais coletivismo, menos autonomia dos Estados, maior controle exercido pelo Executivo central e intervenção na economia” . Isso me parece bem familiar por aqui nos dias de hoje.

  10. Marcio Bambirra Santos
    Marcio Bambirra Santos

    O papel aceita tudo! A comparação entre a Constituição Stalinista e o Manifesto dos Democratas é o estímulo ao paraíso para a velhinha de Taubaté (lembra dela?), agora representada pelas moçoilas capitaneadas pela CNN, NYT et caterva. A realidade dura e inconteste é a Economia, mas é uma pena que suas engrenagens girem tão lentamente. Ótimo artigo!

  11. Nair Ribeiro Da Silva
    Nair Ribeiro Da Silva

    Texto de conteúdo riquíssimo, Ana. Suas palavras brilham aos olhos – e na mente – de qualquer leitor. Enriquece nosso intelecto. Orgulho de fazer parte do seu curso: Política Americana. Minha ótica sobre os USA mudou após suas aulas. Avante nesse propósito de divulgar o pilar da democracia americana: A liberdade. Que querem destruir.

  12. Claudia Bugni
    Claudia Bugni

    Ana, sempre começo a ler a Revista pelo seu artigo. Todos primorosos ! Adoro as pitadas de ironia : “alô, Dilma”, “escorreu uma lágrima aqui”. Genial, obrigada !

  13. ALANO
    ALANO

    Ana, brilhante teu texto.

  14. Marcelo Gurgel
    Marcelo Gurgel

    Ótimo texto e a impressão que se o EUA desmoronarem o resto do ocidente desmorona junto me parece correta.

  15. Estevan
    Estevan

    Parabéns Ana! Excelente texto! *pequena correção – John Adams foi o segundo presidente norte-americano, e seu filho, John Quincy Adams, o sexto.

  16. Fernando Antonio Roquette Reis Filho
    Fernando Antonio Roquette Reis Filho

    E os mais jovens comemorando o Biden e me chamando de paranóico.

  17. Alexandre de Medeiros
    Alexandre de Medeiros

    Ana Paula, ótimo texto. Seria interessante termos o link do documento para lermos na íntegra,

  18. Eurico Schwinden
    Eurico Schwinden

    “Os Pais Fundadores dos Estados Unidos ainda fizeram questão de deixar explícito na Magna Carta o devido processo legal, a necessidade de mandados com base em causa provável, julgamentos rápidos, cláusulas pétreas de proteção à propriedade privada e tudo o que é crucialmente importante para uma sociedade civil livre. Nenhum documento na face da Terra é como a Constituição Americana, baseada nas declarações de independência e nos direitos naturais inalienáveis.”

  19. Eurico Schwinden
    Eurico Schwinden

    Nos meus 50 anos e picos como leitor de “opinião “naquilo que se chamava “jornais” e hoje chamam de “midia” (chupando dos gringo o latim media – meios (pl.) e medium, meio (sing.) nunca mesmo encontrei um texto que possa ser comparado com o que escreve hoje esta pensadora chamada Ana Paula Henkel. O texto, do qual extraímos um parágrafo, como todos que ela publica na Revista Oeste são uma homenagem e respostas às nossa inquietações. Pedagogia, na veia…

  20. Manoel P De Souza
    Manoel P De Souza

    Vou na contra-corrente, aqui. A Ana, como se sabe, tem suas simpatias pelo Partido Republicano, que perdeu as eleições presidenciais.
    O discurso que os Democratas vão implementar o socialismo nos EUA é a ferramenta costumeira para introduzir o medo na população menos informada. A Ana só está batendo o bumbo republicano. Nada mais.
    Introduz-se o bogey man (bicho-papão) pois sabe-se que o americano, em geral, tem aversão ao socialismo.
    Essa estrategia funciona nos meios rurais, tradicionalmente conservadores, mas falha totalmente nos meios urbanos mais bem informados.
    Educação JÁ é grátis na rede publica. Os impostos sobre propriedade (Property Tax) cobrem os custos. Não é perfeita, tampouco ideológica.
    Informe-se: as Empresas já estendem as licenças maternidade e paternidade. Não foi necessário mudar o regime. Óbvio que são políticas de empresas mas a aderência é grande por ser uma vantagem competitiva, no Mercado de trabalho.
    E falar de “espetacular reforma tributária” sob a batuta de um indivíduo que se jacta por NÃO pagar impostos (pagou 750 dólares, reconheço) é ironia fina.

  21. Antonio Carlos Neves
    Antonio Carlos Neves

    Caramba!, em bom momento o mestre Guzzo me convidou a “visitar”, e assinei a revista oeste, que nos permite ler essas aulas de excelentes jornalistas políticos, institucionais e sociais do Brasil e dos EUA, como Ana Paula e Rodrigo Constantino.
    Curiosamente, parece que ambos não tem formação no jornalismo mas nos enriquecem com seus excelentes conhecimentos políticos, econômicos , jurídicos e sociais, sempre atualizados, e nos livram da tradicional e ridícula imprensa, que diariamente e até em editoriais nos infestam com versões dos fatos, essas sim verdadeiras Fake News do ódio.
    Parabéns Ana Paula

  22. Arys
    Arys

    Parabéns, para variar. Os seus artigos são sempre informativos, primorosamente redigidos, e mostram FATOS, documentos, e não essas narrativas hediondas da esquerda. Você é uma pesquisadora incansável, e apresenta o que coletou para seus leitores. Além das alegrias que nos deu no tempo do vôlei, nos inspira com seus textos e sua atuação diária nos Pingos. Não conhecia a Revista Oeste, depois da covardia perpetrada contra o Constantino, vim a conhecer. Gratíssima surpresa foi ver você e toda a turma que pode carregar, com honra, o titulo de JORNALISTA. Prossigam assim.

    1. Edmundo Baracat Filho
      Edmundo Baracat Filho

      Totalmente de acordo, prezado Arys.

      1. Erico J Pereira Da Veiga
        Erico J Pereira Da Veiga

        . . . e eu também, endosso o comentário de Arys.

  23. João Felipe Sampaio Barbosa
    João Felipe Sampaio Barbosa

    Ótimo artigo que relembra a formação da nacionalidade americana e nos leva a entender a razão pela qual a mais próspera e livre Nação do Mundo esteja a caminho de um possível “desastre”, com reflexos indesejáveis para o Brasil. Parabéns Ana Paula

  24. José Josué Nunes
    José Josué Nunes

    Parabéns Ana. Me orgulho de você. Boa cidadã brasileira.

  25. Marcus Vinicius Pinho De Matos
    Marcus Vinicius Pinho De Matos

    Muito bom! Por isto que digo que os mercados reagiram bem no pós eleição não pela vitória do Biden, vitoria esta que pelas “pesquisas” já era dada como certa, mas sim pela forte perspectiva, dado que ainda não está sacramentado, da manutenção do controle do Senado pelos Republicanos pois é este que vai impedir as medidas radicais de esquerda que podem vir!

  26. Marcelo Hort
    Marcelo Hort

    Ótimo texto! Homens libertinos podem até serem inteligentes, mas falta-lhes sabedoria. Por ser a condução de uma nação algo muito complexo, os dois são requeridos numa mesma medida. Sabedoria e inteligência.

  27. Rodrigo Kairys Soares
    Rodrigo Kairys Soares

    Ana, mais um belíssimo texto! Estou fazendo seu curso sobre Política Americana e curtindo mais a cada módulo. Parabéns. Recomendo a todos!
    http://www.cursology.com.br

  28. João Antonio Chiappa
    João Antonio Chiappa

    Acredito que as instituições dos EUA não permitirão essa doideira.

  29. Érico Borowsky
    Érico Borowsky

    Muito bom, Ana !
    Para passar essas barbaridades eles teriam
    que conseguir aprovação no Congresso,
    onde enfrentarão maioria republicana.

    1. Edmundo Baracat Filho
      Edmundo Baracat Filho

      Não conseguirão porque muitos desses artigos tem possibilidade de serem inconstitucionais , e lá na Suprema Corte, felizmente, Republicanos 6, democratas 3. E mesmo se não fosse, lá existem 09 juizes de verdade !!
      Por outro lado, é importante que as 02 vagas da Georgia, no senado, sejam vencidas pelos republicanos, na eleição de 05 janeiro. Hoje está 50 x 48 , republicanos. Já na camara ,
      os democratas que atraves suas fantasias afirmavam que passariam a ter 255 deputados, contra 188 republicanos, amargaram a perda de 10 cadeiras, e o resultado final devera ser 228 a 210. somente 10 acima da maioria.

      1. Teresa Guzzo
        Teresa Guzzo

        Únicas palavras :sinto muito pelo que ocorreu nos EUA nas últimas eleições,estou estarrecida,indignada.O que esperar?

  30. Igor De Oliveira Carvalho
    Igor De Oliveira Carvalho

    Excelente texto

    1. Roberto Ducco
      Roberto Ducco

      Amo voce ana continue sua lute . Apoiamos voce daqui.
      Roberto ducco

      1. Gustavo Dafico Bernardes De Oliveira
        Gustavo Dafico Bernardes De Oliveira

        Excelente texto!
        Muito triste por concordar integralmente.
        Ocaso do ocidente!

      2. Rosely M G Goeckler
        Rosely M G Goeckler

        John Fitzgerald Kennedy deve estar se debatendo no túmulo.

        E Hugo Chávez batendo palmas!

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