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Edição 53

Os avanços silenciosos

Em meio ao caos jurídico e entre manchetes catastróficas, medidas importantes são aprovadas e economia demonstra resiliência. Tudo sem alarde

Silvio Navarro

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Na última segunda-feira, 22, em meio à enxurrada diária de manchetes apocalípticas no mainstream sobre o marco de um ano do desembarque do vírus chinês no Brasil, um título perdido — que seguramente escapou do olhar do revisor — dizia: “Estamos dando certo, apesar de um problema gravíssimo que enfrentamos desde o ano passado”. Era uma frase do presidente Jair Bolsonaro pinçada durante um evento despretensioso desses no meio da tarde ao lançar o Programa Águas Brasileiras, sustentado por dez empresas do país, para revitalizar bacias hidrográficas — dos rios São Francisco, Parnaíba, Taquari e Tocantins-Araguaia.

Não seria nem preciso relatar que o colunismo histérico reagiu à frase e apressou-se em afirmar que se tratava de mais uma demonstração de descaso do “genocida”, aquele que governa o “cemitério de mortos do planeta” — ou o “epicentro mundial da covid-19”, segundo carta assinada por alguns economistas, majoritariamente tucanos, nesta semana. É esse o pensamento uníssono da bancada de oposição ao governo na mídia — e tudo indica que assim será pelo menos até outubro de 2022. Mas estaria Bolsonaro tão errado ao dizer que, ante um cenário tão desfavorável, o país não perdeu a proa?

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